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quarta-feira, 20 de maio de 2015

ABA ESPECIAL: RECORDAR É VIVER

                                               
     RECORDAR É VIVER por Raimundo Nonato Costa


Caros amigos EASISTAS, ultimamente não tenho visto muita movimentação em nosso blog e para fazer uma rápida agitação, surgiu-me a ideia - enquanto não se fala no VII Encontro - de darmos uma ligeira mexidinha. Que tal se abrirmos uma aba para recordarmos um pouco de coisas que nos proporcionaram alguns momentos divertidos, gostosos e por vezes também constrangedores; no caso agora, as aulas de declamação. Aqui poderemos contar casos lembrados  das declamações feitas por nós ou por outros companheiros, que nos remetam a casos engraçados para uns e vexatórios, geralmente, para o declamador, que nos divertiram muito naquela época.  Poderemos também enviar para o blog aquelas poesias que gostávamos de declamar; mandar as poesias mais lindas que achávamos ou as mais declamadas. Vamos lá, movimentemos este blog, não custa – RECORDAR È VIVER.

Para começar vou transcrever aqui três poesias do meu repertório, se vocês toparem depois transcreverei outras que tenho contidas no meu caderno nobre de poesias. Eu peguei a mania do Prof . Ibiapina e para tudo eu fazia  um CADERNO NOBRE.

- Esta deve ter sido a primeira que declamei; derretia-me de saudades do meu lar.

                                                   

 VISITA À CASA PATERNA

                                                                                                     ( Luiz Guimarães Junior )



Como a ave que volta ao ninho antigo,

Depois de um longo e tenebroso inverno,

Eu quis também rever o lar paterno,

O meu primeiro e virginal abrigo.


                                                         Entrei. Um gênio carinhoso e amigo,

                                                         O fantasma talvez do amor materno,

                                                         Tomou-me as mãos  - olhou-me grave e terno,

                                                          E, passo a passo, caminhou comigo.


Era esta sala... ( Oh! Se ma lembro ! E quanto! )

Em que da luz noturna à claridade,

minhas irmãs e minha mãe...  O pranto
                                                                       Jorrou-me em ondas.. Resistir quem há-de ?
                                                
                                                                        Uma ilusão gemia em cada canto,

                                                                         Chorava em cada canto uma saudade.


Esta outra, além de mim, acredito que a maioria dos colegas declamou:




                                                    S A U D A D E
                                                                                  ( Bastos Tigre )


Saudade, palavra doce,                                          Uma palavra tão breve,
Que traduz tanto amargor !                                     Mas tão longa de sentir;
Saudade é como se fosse                                        E há tanta gente que a escreve
Espinho cheirando a flor.                                         Sem a saber traduzir.


Saudade, ventura ausente,                                        ''Gosto amargo de infelizes''
Um bem que longe se vê,                                         Foi como a chamou Garrett.
Uma dor que o peito sente,                                      Coração, calado, dizes
Sem saber como e por quê.                                      Num suspiro o que ela é.


Um desejo de estar perto                                         A palavra é bem pequena,
De quem está longe de nós;                                      Mas diz tanto de uma vez;
Um ai, que não sei ao certo                                       Por ela valeu a pena
Se é um suspiro ou uma voz.                                     Inventar-se o Português.


Um sorriso de tristeza,                                              Saudade - um suspiro, uma ânsia,
Um soluço de alegria,                                               Uma vontade de ver
O suplício da incerteza,                                             A quem nos vê à distância
Que uma esperança alivia.                                         Com olhos de bem querer.


Nessas três sílabas há-de                                           A saudade é calculada,
Caber toda uma canção:                                             Por algarismos também :
Bendita a dor da saudade,                                          "Distância'' multiplicada
Que faz bem ao coração.                                            Pelo fator ''querer bem''



Um longo olhar, que se lança                                       A alma gela-se de tédio,
Numa carta ou numa flor,                                            Enchem-se os olhos de ardor.....
Saudade – irmã da esperança,                                     Saudade – dor que é remédio,
Saudade – filha do amor.                                             Remédio que aumenta a dor!


E para lembrar as aulas de canto e do coral do Padre Marino, quem ainda sabe cantar :


A  CANÇÃO DO ESTUDANTE :

Segunda -feira                                                   A sexta-feira
É dia de preguiça                                               É um dia consagrado
Assim já não se atiça                                          Na cama sossegado
Vontade de estudar                                            Nem sonho com estudar

Na terça-feira                                                    Sábado pois,
O dia vai depressa                                             Que é dia de vigília,
Mas eu não tenho pressa                                    Seria maravilha
Pras aulas começar.                                            Eu por-me a estudar

A quarta-feira                                                     Domingo, enfim
É dia de mercado                                               Que é dia de preceito,
Seria baté pacado                                               Eu cristão perfeito
Se  houvesse de estudar.                                     Não devo estudar!...

A quinta-feira
É dia de sossego
Nos livros eu não pego
Não quero estudar.




Aí amigos, quero ver manifestação nesta página, tenho mais.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Entrevista com Raimundo Nonato

Entrevistado: Raimundo Nonato Costa  (67)
Período no seminário: 1958-1964
Formação acadêmica: Curso de Formação de Oficiais
Países onde fez cursos de aperfeiçoamento: Portugal, Espanha, França, Holanda, Alemanha, Suíça, Itália, Estados Unidos e Guiana Francesa

Apresentação
Ele galgou os degraus da escada íngreme na vida profissional, chegando ao posto máximo dentro de sua carreira e aponta os caminhos para os mais jovens. Fala afetuosamente de sua esposa, Nazaré, e é evidente a felicidade do casal, na medida em que se observa que os dois, sempre juntos, demonstram a grande alegria das pessoas que conhecem os atalhos para o sucesso na vida conjugal.
Demonstra sua gratidão pelos padres do tempo do seminário. A disciplina aprendida naquela casa abençoada, onde tudo era realmente cronometrado, deixa sua modéstia aflorar, ao agradecer a oportunidade de ter sido seminarista.
Nazaré e Nonato: a alegria
de um casal que conhece
o atalho para o sucesso
da vida conjugal.


Sua profunda preocupação com o ser humano o fez escolher ser um salvador de vidas. Por ser, entre outras qualidades, estudioso, religioso, pontual, rigoroso no bom sentido e competente, iniciou no Corpo de Bombeiros como soldado e chegou ao posto máximo de coronel. Atingindo esta patente, tornou-se Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros do Estado do Pará. Diante desta constatação, vemos que nosso entrevistado é um verdadeiro vencedor.
Quando fala do Pará, percebe-se claramente seu amor por sua terra, pelo povo, pela cultura, pela riqueza moral e natural do seu torrão. Traçou diversos projetos em prol da sociedade. É um dos responsáveis por estes magníficos encontros dos ex-seminaristas que acontecem anualmente. Nós nos orgulhamos de ter colegas do quilate do Raimundo Nonato Costa e muitos outros. Grande colega, nosso entrevistado é um exemplo de vida para qualquer cidadão de bem.

I – PERFIL

Cheguei ao Seminário no dia 23 de março de 1958, com 14 anos de idade, e saí em outubro de 1964, com 21 anos, período em que cursei a antiga admissão, todo o ginasial, indo até o 2º científico, como era chamado naquela época.
Adriano, Andrei, Nonato e
Artur

FAMÍLIA: Sou filho do meio de uma família de sete irmãos, sendo duas mulheres e cinco homens. Destes, dois já faleceram, e meus pais também. Meu pai era um simples artesão que fazia sapatos, profissional de primeira linha. Minha mãe cuidava da família em casa. Ambos conseguiram criar e educar muito bem todos os filhos, porém com muito sacrifício. E graças aos exemplos, à dedicação e ao amor de ambos, todos os seus filhos se formaram, constituíram belas famílias que estão bem e moram todos em Belém. Casei-me, em janeiro de 1972, com Nazaré de Fátima, esposa, amiga e companheira. Graças às suas virtudes, seu amor e dedicação, hoje contamos com 39 anos de muitas felicidades em nosso lar.

 Nonato e Nazaré e os netos: Antônio José, Andrei Nonato,
Andra Helena e Adrielle Cilena
Temos três filhos: o Andrei que é tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, casado com Adamilena. O casal tem quatro filhinhos, todos lindos e sapecas: Adriele (6 anos), Andra (3 anos), Andrei Nonato e o Antônio José, ambos com um ano, são gêmeos, portanto já sou avô. O Adriano é engenheiro civil e está noivo. O Artur, ainda solteiro, é administrador de empresas, fez o mestrado e é professor universitário. Estes dois ainda moram conosco. Todos são bons filhos, constituem um presente que Deus nos deu.



De pé: os noivos - Adriano e Juliana,; assentados: Nonato e Nazaré

Colagem: a partir da esquerda: de pé - Andrei, Artur, Adriano, assentado -Nonato e Nazaré; de pé - Andrei, Adalmilena, assentados:  Nonato e Nazaré e os netos: Antônio José, Andrei Nonato, Andra Helena e Adrielle Cilena; Nonato e os netos: Antônio José, Andrei Nonato
ESPORTE PREFERIDO: Meu esporte preferido sempre foi o futebol, mas hoje tenho a frustração de não poder jogar mais por causa da vista. Gosto também de natação, mas atualmente meu esporte preferido mesmo é viajar de carro com a família, especialmente viajar com a Nazaré por esse Brasil afora. Assim, temos feito muitas viagens fantásticas.

FILMES E LEITURA PREFERIDA:Aprecio bons filmes, de preferência de humor e bangue-bangue.
Por leitura não tenho preferência, leio de tudo, mas não gosto muito de leitura de autoajuda, que está empesteando o comércio. Sou viciado em palavras cruzadas. Curto boas músicas e adoro o canto gregoriano. Adoro levantar cedo, respirar o ar puro da manhã, ouvir os pássaros, cantar e cuidar do jardim.

"Creio em Deus, como o Ser Supremo e Criador de todas as coisas. Acredito em todas as religiões, cujo objetivo seja louvar a Deus e servir como meio para conduzir o ser humano ao bem e à felicidade ".        

FILOSOFIA POLÍTICA, RELIGIÃO E PESSOAS QUE O INSPIRAM:

Como todos os seres humanos, sou um ser político na acepção da palavra, gosto e vivo em sociedade. Não participo de política partidária, mas lamento muito que hoje no Brasil não existam partidos políticos com ideologia própria, uma filosofia ou um programa pelo qual possam lutar para implantá-lo, são incapazes de formar uma oposição responsável ou de brigar por uma causa digna e patriótica.
RELIGIÃO Creio em Deus, como o Ser Supremo e Criador de todas as coisas. Acredito em todas as religiões, cujo objetivo seja louvar a Deus e servir como meio para conduzir o ser humano ao bem e à felicidade eterna para a glória de Deus. Sou católico apostólico romano e entendo que esta Igreja não é, sempre, só o dom de Deus. Mas também é muito humana.
PESSOAS QUE O INSPIRAM:Uma pessoa que sempre me inspirou e me inspira até hoje, apesar de já ter falecido, foi meu pai, por sua vida exemplar de humildade, muita sabedoria, abnegação e perseverança. Era um batalhador incansável, amante e temente a Deus. Também me inspiro em minha mãe, por seu amor e toda a dedicação à nossa família. Inspirei-me muito nos meus mestres, tais como os padres Jorge Cursters, Marino Verkuylen e Humberto Nienhuis. Com este último, apesar de polêmico e controverso, aprendi muitíssimo. Padre Justino e o nosso inesquecível Professor João Dias Ibiapina.  Uma pessoa que nunca esqueci e sei que teve muita influência em meu comportamento foi a catequista que me preparou para a primeira comunhão e que nos monitorava na Cruzada Eucarística, chama-se Maria Araújo, hoje bem velhinha. O Cel. Oliveira,militar de postura ilibada e com firmeza de caráter. Hoje me inspiro muito nos meus filhos, e a grande inspiração de minha vida   é a minha querida esposa.
CITAÇÕES QUE ASSINARIA EMBAIXO:Poderia citar várias frases bonitas e bem elaboradas, mas nenhuma diria nada perante estas duas: "Ama o próximo como a ti mesmo" e "Não faças aos outros o que não queres que façam contigo". Estas são a base de tudo, de todos os princípios, da filosofia, da moral e da ética, da conduta do bem viver e até da política.


Coronel Nonato Comandante
 Geral do CBMPA de 1988
 a 1991 e de 2003 e 2004

"Acredito ter cumprido a missão que Deus me destinou como profissional bombeiro e a Ele sou totalmente
agradecido".        


VIDA PROFISSIONAL:Abracei a carreira militar. Alistei-me no Corpo de Bombeiros, fiz o Curso de Formação de Oficiais, galguei todos os postos de Aspirante a Coronel. Fiz todos os cursos regulares para percorrer esta ascensão funcional. Para meu aperfeiçoamento profissional tive que fazer vários cursos de especialização e viagens de estudos, não só por alguns estados da federação como também pelo exterior, como Portugal, Espanha, França, Holanda, Alemanha, Suíça, Itália, Estados Unidos e Guiana Francesa. Entendi que, para ser bombeiro, tinha de ser eclético, pois a profissão o exigia. Na verdade foi o que aconteceu: como bombeiro combatente, desenvolvi tarefas na área de engenharia civil, química e hidráulica, não só no combate a incêndio, mas principalmente na área de prevenção; nas tarefas da área de saúde, às vezes como paramédico e socorrista; na área de resgate, fui alpinista, mergulhador, atuando no ar, na terra e no mar; na área de ensino, fui instrutor, professor, pedagogo; na área de direito, fui advogado e juiz como comandante em vários níveis e como Coordenador de Defesa Civil no Estado, fui administrador, psicólogo, assistente social, conferencista, estrategista, contabilista, economista e relações públicas. Na formação acadêmica civil sou Administrador de Empresas, com Curso de Especialização em Organização e Métodos. Por dedicação à bombeirística, abandonei no fim do terceiro ano a Faculdade de Farmácia e Bioquímica, como deixei também de fazer o Curso de Educação Física, depois de ter passado no vestibular. Acredito ter cumprido a missão que Deus me destinou como profissional bombeiro e a Ele sou totalmente agradecido.

Padre Humberto
"O nosso famoso e, por que não dizer, estimado Padre Humberto que, quando me chamava a atenção em razão das minhas inflexibilidade  e rebeldias, sempre me aconselhava".

II – PERGUNTAS GERAIS

Blog – Fazendo uma retrospectiva da vida, o que a EASO significou neste contexto?

Nonato – As circunstâncias da vida no Seminário são responsáveis pelo que sou. Lá vivi dos 14 aos 21 anos, exatamente todo o período em que um jovem se desenvolve. Adquiri um perfil físico, moral, comportamental e de conhecimentos básicos, ou melhor, a educação para a vida futura. Apesar dos conflitos que eram próprios da época, para mim tudo foi muito positivo. Saí de lá embasado para qualquer curso acadêmico, disciplinado, de modo que não tive problemas de adaptação na vida militar. Nesse quesito, há um particular muito especial que vale ser mencionado: o nosso famoso e, por que não dizer, estimado Padre Humberto que, quando me chamava a atenção em razão das minhas inflexibilidades e rebeldias, sempre me aconselhava com as sábias palavras: "Meu filho, as coisas não são assim, você tem que ser mais flexível, mais humilde, precisa ter disciplina; em todo lugar, para se dar bem, há que se ter disciplina de ações, tanto para consigo como para com os outros". E, nesse diapasão, falava como se estivesse prevendo o meu futuro: na vida militar, por exemplo, muitas vezes se tem que fazer o que não se quer, mas é preciso obedecer, senão há consequências... Muitas vezes na minha vida profissional, quando surgiam certos conflitos, naturalmente tinha que refletir e aceitar o conselho basilar do Padre Humberto. Cada passo daquela vivência me marcou muito, a disciplina com os horários, para as aulas, para as refeições, para rezar, para dormir e para o recreio. Acredito que, em função desta disciplina, me acostumei a obedecer aos horários especialmente para as refeições até hoje! Foram tantas as influências, especialmente na convivência com os colegas, o respeito que se tinha pelos mais velhos e a amizade com todos.

Blog - Quais as lembranças que você tem da EASO e das pessoas com quem conviveu?

"... meu amigo e irmão José Rafael".

Foto à esquerda: Rafael e Nonato nos anos 60
Nonato – Eu sou um saudosista contumaz e as lembranças vêm e voltam, dependendo de cada momento. Lembro-me dos lugares, como por exemplo, aquela subida sinuosa para se chegar ao Colégio, passando pelo nosso campinho de peladas, da sala de recreios, ali embaixo, ao lado esquerdo do prédio, do primeiro dormitório, com a janelinha para o quarto do Padre Marino, por onde um colega sonâmbulo passou e foi assustar o Padre. Da hora das refeições e do tempo em que eu e alguns colegas coletávamos pedrinhas do arroz, a ponto de encher uma caixinha de fósforos em apenas uma semana. Da sala de estudos, das épocas de provas próximas das férias, das férias em Santana do Jacaré e das viagens que se fazia para lá, em cima de um caminhão cheio de colchões por aquela estrada que era só poeira. Das visitas às fazendas de onde trazíamos sacos de laranjas, das caminhadas no sol quente para a piscina no clube da cidade. Das peladas no nosso campinho na frente do colégio, dos domingos à tarde, quando fazíamos as preliminares para os jogos do Comercial Esporte Clube. Por derradeiro, das férias em Belo Horizonte com a família à qual passei a pertencer. 
Todas as lembranças são boas. Das pessoas não se pode esquecer, da Sá Luca com seus biscoitos duros e seu bolo de milho que, aos domingos à noite, a gente roubava para comer escondido com alguns colegas na hora do recreio. E claro, da sua dedicação pelos seminaristas. Do Padre Marino ensaiando o nosso coro e jogando bola de óculos, e da conversa particular em sua sala, o que acontecia periodicamente. Do Padre Humberto, não só pelas suas piadas e "cutucadelas" com o cotovelo, mas também pelas aulas de Declamação e Matemática. Do grande professor de Português, João Dias Ibiapina, com sua peculiar didática, do "caderno nobre" que ele sabia que ia nos ser muito útil. Porém, sempre avisava: "Se este caderno de nada servir para vocês agora, pelo menos guarde-o para, quando nele olharem, sentirem saudade e se lembrarem de mim." Ele nem imaginava o quanto este caderno iria valer-me, como de fato aconteceu.
Nonato (à esquerda) com os colegas, nesta foto a presença
de Eustáquio, Padre Agostinho e Max (de chapéu) 
Lembro-me dos colegas com os quais convivi, um aprendizado para conviver com as diferenças. Lembro-me em especial do Edson, que teve a coragem de me escalar para o primeiro time, do Bessa, único padre daquela turma, meu irmãozão e às vezes confidente, do Reginaldo, o craque do futebol e o melhor jogador do colégio, do Carraro, meu rival, do Antônio de Ázara, outro irmãozão, do João Henrique, o homem que sabe fazer churrasco, do Benone, do Alfredo e do Renato Fideles meus amigos de turma, do Marcos Rocha, o nosso ponta esquerda, do Tião Coelho, o nosso goleirão e a patota das traquinagens e peraltices, tais como Tião Rocha, Aloísio, Geraldo Lemos, Pedro Afonso e o meu amigo e irmão José Rafael. Enfim, lembro-me de todos e tenho muita gratidão por terem me suportado e terem colaborado na minha formação de cidadão.

Blog – Para você o que é ser bem-sucedido na vida?

"... olhar para o passado e ver que tudo
 o que fez foi com amor... ".

Anos 60, Padre Lucas condecora
Nonato
Nonato – Em princípio, dificilmente o homem será bem-sucedido enquanto ele aspirar a mais alguma coisa. Contudo, olhando pelo ângulo das realizações na fase da vida em que o homem desenvolve suas atividades produtivas ou profissionais e, ao chegar à idade como a nossa, já aposentado de qualquer atividade, pode fazer-se uma avaliação de sua vida e de seu espírito, se ele se sentir tranquilo e satisfeito com tudo o que fez e sem nenhum arrependimento, sentir que agradou pelo bem que fez com sua atividade, pelo menos à maioria daqueles com quem conviveu, sentir que uma grande parcela deles lhe devota admiração e apreço, olhar para o passado e ver que tudo o que fez foi com amor e se tivesse que refazer, ou começar tudo de novo, ter convicção de que faria tudo do mesmo jeito, sentir a sensação do dever cumprido e recompensado pelo reconhecimento de tudo o que fez, este homem pode dizer que é bem-sucedido.

Blog – O que o levou a se incorporar no Corpo de Bombeiros?

Quartel do Comando Geral   do
Corpo de Bombeiros Militar
do Pará (CBMPA).
Nonato – De uma coisa tenho certeza: não foi um ideal sonhado. Nunca pensei em ser bombeiro, mas tão logo me incorporei e conheci a profissão, adotei-a como meu ideal e passei a vivê-la com dedicação total. Na verdade, o que me levou para o Corpo de Bombeiros (CB), primeiro foi a necessidade, depois a oportunidade. Necessidade porque estava procurando emprego que, na época, era o que mais precisava; oportunidade e até exclusividade, porque foi a única coisa que se me ofereceu e achei oportuno. Acho que o interessante não foi o que me levou a incorporar e sim, o que me fez permanecer no CB. Quando resolvi incorporar-me, a minha intenção era "passar uma chuva" até arranjar uma coisa melhor, mas logo senti que aquela era a melhor coisa. Quando tomei conhecimento do que se fazia na corporação, a partir do lema "vidas alheias e riquezas a salvar" e a filosofia de vida "servir bem sem olhar a quem", aí não tive dúvidas de que Deus não me quis como salvador de almas, mas sim como salvador de vidas e bens materiais. A essa altura dos acontecimentos, minha inclusão no CB não seria mais um simples emprego, mas sim uma bênção e uma graça divina.

Blog- Como foi sua trajetória, desde o início na carreira até se tornar Comandante Geral do Corpo de Bombeiros do Estado do Pará?

Nonato – Não foi tão fácil, porque exigiu de mim muita dedicação, muitas renúncias e acima de tudo muita perseverança. Também não foi tão difícil porque gostava de tudo o que fazia e fazia com prazer e nada foi além da minha capacidade. Incorporei no CBMPA como Soldado Bombeiro, depois fiz o Curso de Formação de Oficiais e saí Aspirante a Oficial, depois fui galgando todos os postos, fui a 2º Tenente por merecimento, a 1º Tenente por antiguidade e depois todas as minhas promoções até Coronel foram por merecimento. Ainda como Tenente-Coronel, em 1988, quando o CB ainda era incorporado à Polícia Militar, assumi o comando do CB, subordinado ao Comandante-Geral da PMPA- Polícia Militar do Pará; em 1991, quando fomos desvinculados da PMPA, passei a ser Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará.

"... e a implantação do Serviço de Prevenção e Proteção contra Incêndios, em 1974, ..., hoje Belém quase não tem mais incêndio"

Blog - Que realizações foram mais marcantes ao longo de vitoriosa carreira?


Concurso público em 2003. Imagem
de parte do documento (clique e abra
o documento para  vê-lo  na íntegra)
Nonato – Sei que não sou muito modesto, por isso não gosto de falar das minhas realizações, prefiro que outros falem... Contudo, se vocês me perguntam, me aguentem: quando entrei para ser bombeiro, senti que aqueles homens com um ofício tão nobre, pareciam não ter uma autoestima. Gostavam do que faziam, mas tinham vergonha de ser bombeiros, parecia-lhes uma profissão sem qualificação e por isso pejorada pela sociedade. Firmei o propósito de reverter o quadro e, ao longo dos anos, trabalhei juntamente aos colegas oficiais contemporâneos para melhorar o padrão de vida de cada um, dando-lhes o entendimento da grandeza do nosso trabalho em benefício da sociedade, ensinando-lhes novas técnicas, incentivando-os a estudar, cobrando uma boa apresentação, enfim proporcionando-lhes meios para sentirem-se com dignidade.
Minha satisfação foi imensa quando o Corpo de Bombeiros foi desvinculado da PMPA e assumimos o Comando-Geral. Trocamos  de uniforme e pude sentir realizado o objetivo desejado. Aqueles que tinham vergonha até de sair vestidos com o uniforme da corporação, agora, desfilavam pelas ruas uniformizados, cheios de orgulho, com brio e autoestima lá em cima. Considerei isso uma realização marcante. Podemos citar outras realizações: a estruturação organizacional e a implantação do Serviço de Prevenção e Proteção contra Incêndios, em 1974, que fez com que o número de ocorrências, no espaço de um ano, fosse reduzido consideravelmente e, com a continuação deste serviço, hoje Belém quase não tem mais incêndios.
Fui o primeiro bombeiro especializado em perícia de incêndio do Pará e criei o Setor de Perícia no Serviço de Prevenção, o que colaborou em muito para a redução dos incêndios. Fizemos um trabalho junto à Assembleia Constituinte do Estado em 1989, para desvincular o CB da PMPA e com sucesso, em 1990, conseguimos efetivar a desvinculação, criando uma nova corporação O CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO PARÁ.
Quando voltamos a comandar a corporação em 2003, conseguimos para o Estado, junto à Aeronáutica, novas instalações para o Comando-Geral do Corpo de Bombeiros, e hoje podemos dizer que temos um dos quartéis mais bonitos e mais bem localizados estrategicamente para proteger a cidade, se fizermos a comparação com outras cidades do Brasil.
Com mais de trinta anos de serviços prestados, foi oportuno desenvolver algumas realizações com dedicação e amor e hoje com a consciência do dever cumprido, tenho a satisfação de gozar da estima e ser recebido de braços abertos pelos atuais membros da corporação e ouvi-los afirmarem que, nos últimos tempos, cada momento importante da corporação teve a participação, a marca e a chancela do Coronel Nonato. Isso me deixa muito orgulhoso.

Blog- Que recomendações você daria para os jovens que desejam entrar para o Corpo de Bombeiros? Que oportunidades a corporação oferece?

Nonato – A primeira recomendação que faria é que estudem e se preparem bem, porque a concorrência é grande, atualmente são mais de 50 candidatos para uma vaga. Muitos querem ser bombeiros porque, desde a infância, sonharam com isso por causa da figura do bombeiro-herói. Isso é muito gratificante para nós, como motivo de relações públicas, mas se o jovem quer ser mesmo bombeiro, esqueça-se esse negócio de ser herói, herói é o homem morto. O CB precisa é de homens vivos, técnica e moralmente bem preparados e que sejam corajosos, altruístas e desprendidos, a ponto de renunciarem a qualquer coisa para efetivarem com sucesso qualquer missão. Preparem-se para executar algumas vezes ações extraordinárias, sem necessariamente se tornarem heróis. Finalmente quero dizer que a vida de um bombeiro é um constante exercício de amor ao próximo e vale aqui repassar as palavras de Santa Tereza d'Ávila: "Jamais podemos amar perfeitamente ao próximo se não existe em nós um grande amor a Deus", o que muitas vezes me foi ensinado.
Quanto à oportunidade que a corporação lhes oferece, é a satisfação de se tornarem úteis à sociedade, um ambiente sadio para trabalhar e um serviço do qual eles só vão se orgulhar.

Blog - E o Estado do Pará, como você descreve no cenário nacional, em termos de economia, cultura, crescimento social, etc.? Que espécie de atividades o Corpo de Bombeiros mais desempenha por lá?


"Apregoam um desenvolvimento sustentável que nada mais é do que condenar o estado a voltar ao extrativismo e a população a voltar para as ocas".


Nonato – A economia paraense vem desempenhando um papel destacado na estratégia nacional para o equilíbrio das contas externas do país, figurando entre os maiores estados exportadores do Brasil. As principais atividades econômicas estão voltadas para o mercado externo, figurando com destaque na pauta de exportação. Os principais produtos exportados pelo Estado do Pará são: entre os minerais, hematita, alumínio e derivados, caulim, alumina e óxidos, ouro, bauxita, ferro-gusa, manganês e silício; produtos tradicionais: madeira, pasta química de madeira, pimenta, camarões congelados, castanha-do-pará, palmito em conserva, dendê, peixes, móveis e artigos de madeira, couros e peles, sucos e frutas. Devo ressaltar que o Pará é um estado com uma população muito pobre, com um índice de analfabetismo muito alto, portanto, um estado pobre, mas potencialmente rico. Vale notar que o Pará é detentor das principais jazidas minerais do país e do mundo, dentre as quais se destacam o minério de ferro, bauxita e cobre. Também com grande potencial de minerais não metálicos, como a gipsita, quartzo, caulim e muitos outros como o petróleo, urânio e mais. Não sei por que razão, não se pode nem falar que tudo isso existe no Pará. É importante destacar que o Estado do Pará concentra em seu território cerca de 34% de toda a Bacia Amazônica, ou seja, mais de um milhão de quilômetros quadrados, sendo incalculável seu potencial hidrelétrico que está sendo subutilizado com a Usina Hidrelétrica de Tucuruí.
A fisiografia do Estado do Pará, como toda região amazônica, condicionou fortemente o processo de ocupação econômica do seu território até meados do século XX, tendo por base o extrativismo animal e vegetal. Com abertura de grandes eixos viários, tanto no sentido norte-sul, através da rodovia Belém-Brasília, como leste-oeste, com a Rodovia Transamazônica, essa tendência natural alterou-se radicalmente nas décadas de 1960, 1970, 1980 e 1990, dando origem à implantação de grandes projetos agropecuários e industriais, desencadeando um intenso fluxo migratório que fez proliferar numerosos núcleos urbanos, especialmente no sul do estado. Esse processo foi induzido pelo governo brasileiro a partir da década de 1960. Tornou-se ainda mais acelerado na década seguinte, através de políticas de desenvolvimento regional com o objetivo de integrar o Pará à economia nacional. Ao final desse período, o estado chegou a absorver cerca de 40% das migrações interestaduais, revelando o caráter polarizador que passou a assumir na região.
Hoje o Pará sofre um descompasso, é o inverso, as políticas públicas direcionadas para cá são feitas sob ideologia terrorista de devastação da Amazônia, aquecimento global, agora mudanças climáticas, falta d'água no planeta e outras baboseiras, afetando a economia do estado, onde é proibido plantar soja, cana-de-açúcar e até criar gado. Não se pode fazer pasto. Apregoam um desenvolvimento sustentável que nada mais é do que condenar o estado a voltar ao extrativismo e a população a voltar para as ocas.
Quanto à cultura, um traço marcante do povo paraense é a hospitalidade. Somadas a esta afetividade que prende, no bom sentido, e cativa os visitantes, temos as comidas regionais, como o pato no tucupi, o tacacá, a maniçoba, o vatapá, o caruru, o pirarucu e uma variedade de pescado com o sabor especial da terra paraense, sem contarmos com a variedade de frutas com as quais são feitos sorvetes e outras delícias com sabores diversos, não se esquecendo do açaí. Na arte cerâmica temos a cultura marajoara, tapajônica e outras. Temos o Círio de Nazaré, que é a maior festa religiosa do povo paraense. Mas também não deixa de haver os costumes, como também o seu folclore; deleitamo-nos com as danças como o carimbó, o síria, a lambada, e agora o brega. A propósito: venham nos visitar, o Pará terá um enorme prazer em recebê-los, assim poderão sentir o que não sei, ou não consigo descrever.

Blog – Que espécie de atividades o Corpo de Bombeiros mais desempenha por lá?

Nonato – O Corpo de Bombeiros desenvolve várias atividades, além de combater incêndios, que podemos dizer que é a sua principal razão de ser. Por sinal, hoje é o que menos se executa no CB, em função do eficiente serviço de prevenção, a sua principal atividade. Esse serviço de prevenção é executado diariamente através de vistorias nas edificações, aprovação de projetos de segurança contra incêndio e educação, através de cursos e palestras. Quanto aos serviços de socorro, o que mais se destaca é o serviço de salvamento, principalmente nas ocorrências de acidentes de trânsito.

Blog – Após ter chegado ao posto máximo no Corpo de Bombeiros, a que atividades você se dedica atualmente?

Nonato – Atualmente a minha atividade... Bem, já tive outras atividades depois que aposentei, mas atualmente mesmo a minha atividade é a mesma de quando era moleque: faço o que quero e o que bem entendo e às vezes nada, além de brincar com meus netinhos, cuidar do meu sitiozinho, viajar com minha esposa e tudo mais o que Deus me permite, a Quem rendo muitas graças.

Blog – Em que pontos a sua formação como seminarista ajudou no sucesso de sua profissão e de suas atividades atuais?

"... saber conviver com diferentes tipos de comportamentos...".

Nonato – Como já citei, tudo que aprendi no tempo de seminarista e as circunstâncias daquela vida, são responsáveis pelo que sou. Os pontos de maior relevância daquele aprendizado são a disciplina, o cumprimento dos horários, o respeito que se tinha para com os mais antigos, isso me ajudou muito no trato com a hierarquia. O amor ao próximo que nos era ensinado, saber conviver com diferentes tipos de comportamentos, isso foi o maior prodígio para nossa vida.  Uma coisa que inegavelmente foi de muito grande valia para mim, foi  lá que aprendi a estudar, e a outra foi que ao deixar o seminário saí com base de conhecimentos para enfrentar qualquer curso de graduação.

Blog – Há algum fato pitoresco ou interessante que ocorreu com você naqueles velhos tempos?

Nonato – Fato pitoresco ou interessante que tenha ocorrido comigo, no momento não me ocorre nenhum. Sempre fui um cara comum que vivia e vivo o dia a dia da maneira que se apresenta, procurando viver da melhor maneira possível. Entretanto, se porventura a minha rebeldia e o meu espírito de aventura tenham extrapolado algumas vezes... Mas isso quem sabe contar são meus colegas e meus antigos mestres, eu não me lembro.


Blog – Há algum outro esclarecimento que queira oferecer aos nossos amigos do blog?
Em 2007, Rafael, Nonato, Benone e
Alfredo reunidos em Juiz de Fora,
tema: organização do I Encontro.  
Nonato – Quero dizer da minha satisfação de poder estar me comunicando com vocês, depois de quase 50 anos, e até poder me reunir anualmente com alguns. Este foi um sonho que almejei por todos estes longos anos e só foi possível depois que o meu estimado amigo José Rafael se juntou a mim com o mesmo sonho. Gostaríamos de ter conseguido isto bem antes, quando ainda não fôssemos, alguns carecas, outros de cabelos brancos e a maioria barriguda, para podermos jogar aquela pelada. A satisfação é grande, principalmente, em sentir que todos ainda guardam as boas lembranças daquela época e que todos formaram belas famílias e estão bem felizes.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

LISTA DOS EX-SEMINARISTAS DA EASO por Raimundo Nonato Costa



Clique nos links para ver fotos, entrevistas e crônicas relacionadas a cada pessoa. Linha do tempo: 1953 a 1968 Ajuda
FNome/link para biografia resumidaLinkEntrevistaO RCArtigos195319541958a19581959196019611962196319641965196619671968
Adelino de Melo Freire
Adrianus Lambertus M. Pinning 1965
Afonso Celso 1954
Afonsinho 1965
Alberto Gonçalves Medina 2010
Alfredo Dias da Costa 1959 1960 1961 1962
Aloísio (... Cristais) 1959 1960 1961 1962 1963
 X Aloísio Sequeira Santos  1962
X Anselmo Nunes Foto 13 1959
Antônio Avimar de Almeida
Antônio Cândido (Tartagura, Candeias) 1967
Antonio Carlos (Carlinhos, de Leopoldina) Foto 81 1960 1961 1963
Antônio Conceiçâo 1954
Antônio Custódio de Assis  Foto 81 Crônicas 1961 1962 1963
X Antônio de Araújo Bessa, Crônicas 1958a 1958 1959 1960 1961 SM65
Antônio de Azara Maia 2008 Crônicas 1958a  1959 1960 1961 1963 SM65
X Antônio de Azevedo Grossi Foto 81 1961 1963
Antônio Delduque Alvarenga
X Antônio Edes Carraro 1960' Crônicas 1958a 1958 1959 1960 1961 1963 SM65
Antônio Gripaldi
Antônio José Ferreira  2008 Viagem 1961 1962 1963
Antônio Justiniano Silva
Antônio Muniz (1956)
Antônio Ramos de Lima Foto 81 1959
Antônio Souza de Oliveira
Antônio Wagner Alvarenga Lopes 1962
Antônio Pinheiro Pereira  ?adm
Argentino Conceição da Silva 1953 1954
Arnaldo Costa (1956, Juiz de Fora)
Artur de Melo Freire
Benone Fernandes Bilheiro 2008 1958 1959
Caio Milagres 2010
Candido de Carvalho Coelho
Canguru....(lafaiete)
Carlos Alberto Carneiro Loureiro
Dimas Foto 112 1965
Dirceu de Paula Cruz Foto 35 1960 1961
Djalma de Assis Carvalho 1958a 1959
Djalma Francisco Carvalho
Edésio Tadeu Guimarães
Edgard Miranda Alfenas 2010 1962
Edison Júlio da Silva Crônicas 1953 1954 1958a
Edmundo Antônio Dutra Vale Foto 111 1960 1961
Esterling ....
Eustáquio Azevedo da Silva 2010 Entrevista
Francisco Afonso Pinto 1959 1960 1961 1962
Francisco Sales de Paula 2010 Crônicas 1959 1960 1961 1962
Francisco (Pelé) 1967
Gabriel Neves de Sousa 1965 1967
X Geraldo Antônio Lemos 1961 1963 1967
Geraldo Helcio Rodrigues Seoldo Foto  Entrevista Crônicas 1958a 1958 1959 1960 1961 SM65
Gerson de Sousa Teixeira Crônicas 1958a 1959 1960
Giovani de Carvalho
Gumercindo Alves de Oliveira Neto
Ildeu de Souza 2008 1961 1962 1963 1967
Ivair Vasconcelos Crônicas
João Batista  Foto 114 1965 1968
João Cristelli Neto Crônicas 1958a 1959
João Francisco Foto 112
João Henrique dos Santos Foto 105 Crônicas 1958 1959 1960 1961
João Luiz (...1956... BH)
João Moreira de Oliveira 2008 1953 1954
João Pereira Pinto 1968
João Saturnino Miranda 1960 1961
Joaquim Ivanir Gomes ?adm
Joaquim Macabeu Foto 47 1966
José Agnaldo Silva Araújo 1961
Jose Ataliba (Cristais ou Campo Belo)
José Aureliano da Silva 2010 Crônicas ?adm 1960
José Carlos Santos Foto 112 1965 1966 1968
X José Cesário Sousa Lopes Foto
José Crispaldi Rodrigues
José de Lourdes de Oliveira  Foto 57 1962 1963 1965
José Engrácio de Souza 2008 1960 1961 1963
José Eustáquio Staling Crônicas
José Firmino Rodrigues
José Gabriel Foto 112 1965 1968
José Geraldo (anos 1965...) 1965 1966 1968
José Geraldo Freitas de Oliveira Crônicas 1958a 1959 1960
X José Márcio de Oliveira 1967
José Maria Coelho (Sra de Oliveira) 2008 1965 1968
José Maria de Carvalho Coelho Crônicas 1953 1954 1958a
José Maria Fontes  2010 1963
José Maria Gaetho 2010 1962 1963
José Maria  1965 1968
José Milagres Silva Araújo 1962
José Nicodemos Costa 2011
José Oliveira Neiva
José Orlando Baliza 2008Entrevista 1954
José Rafael Cabral 2010 1960 1961 1962 1963
José Tadeu Suives Gonsalves 1960
José Tito Gonçalves 1965 1968
Luiz Henriques Alfenas Foto 16 Crônicas 1959 1960 1961 1962
Lydio Costa Reis Filho Foto 13 Crônicas 1958a
Manoel Clarete Pinto Foto 81 ? 1962 1963
Manoel Farias
Marcelo (...1956...de BH
Marcio Mendes de Paula Foto 81 ? 1959 1962 1963
Marco Aurélio Santos Foto 116 1962 1963 1966 1967
Marcos Antônio Rocha 2008EntrevistaCrônicas 1958a 1958 1959 1960 1961
Marcos Cardoso de Paula 1954
Marilton Fragoso Broges Foto ext 1954
Mauro (irmão do orten)
Mauro Renato Pimentel (1964 a 1967) Foto 114 1967
Max Ordonez de Souza 2008 Crônicas 1958a 1958 1959 1960 1961 1962
Melchior  1965 1966 1967 1968
Moacir Borges Beleza Crônicas
Ney Silva Tavares
Oiser Mário Milagres 1961 1962
Olímpio José da Silva 2008
X Orten
Pacu (... 1956... Campo Belo)
Paulino Sampaio dos Santos
Pedro Afonso de Paiva Marques 1961 1962 1963 1966
Rafael 1965 1968
Raimundo ....  Foto 115 1965 1968
Raimundo Antônio da Costa Bezerra 
Raimundo Célio da Costa 2010 1968
Raimundo Nonato da Costa 2010 1958 1959 1960 1961
Reginaldo Antônio Maia  Crônicas 1958a 1958 1959 1960 1961
X Renato Botelho  1959 1960 1961
X Renato Magalhães Fidelis Foto 13 1958 1959 1960
Rinaldo 1954
Rogério Luiz Pinheiro Foto 81 1962 1963
X Romeu Foto 13 1959 1967
Rosalino José Miranda 2008 1959 1960 1961
Rosevet 1954
X Rubens..... ( Juiz de Fora )
Sebastião Anselmo Nunes Pandeló Foto 13 Crônicas 1958a 1959
Sebastião de Carvalho Coelho Foto 38 1959 1960 1961
Sebastião Rocha Foto 35 Entrevista Crônicas 1963
Sebastião da Silva Filho ?adm
Siovani Rodrigues Moreira Foto 110
Tupinambá Pedro Paraguassu Amorim da Silva Foto 01 Casos SM65
Valdir 1965 1967
Vicente de Paula Furtado
Walter Caetano Pinto 
Weliton de Oliveira Crônicas
Wilton Caetano Cardoso de Miranda
Créditos Crônicas 1953 1954 1958a 1959 1962 1963 1965 1966 1967 1968