terça-feira, 13 de março de 2012

Fotos enviadas por José Maria Coelho

As fotos abaixo foram gentilmente cedidas pelo nosso colega José Maria Coelho, natural de Senhora de Oliveira (a naturalidade grifada procura destacar este do José Maria de Carvalho Coelho, natural de Belo Horizonte).

Todas as fotos estão a espera de legendas que serão acrescidas tão logo recebamos as contribuições dos membros e leitores deste blog. A numeração também é provisória e segue a sequência sugerida pelo remetente.

Foto 1

Na foto 1 esquerda para a direita no alto
NI, Pelé,, José Maria,,NI, José Geraldo, João Batista, João Pereira, Jose Gabriel (o Mirinda)
entre os baixinhos
NI:NI:José Maria (pimentinha), Clayton
Sentados
Raimundo Rocha (Juiz de Fora), Rafael, José Carlos Santos (caneta), Adrianus (Holandes) Jose Alirio

Foto 2
Foto 2 - Colégio Dom Cabral

Foto 3

Foto 3 Em pé, da esquerda para a direita: João Pereira, Raimundo, Afonsiho, José Maria, João Batista. Agachados da esquerda para a direita, o quarto é o Dimas
 Primeiro agachado a partir da esquerda é o Rafael Cardoso. Ao lado do Dimas(4) estão Cotia(?) e Zé Afonso Aguiar (Estes foram identificados pelo Rafael Vilela, filho de Dona Marina Vilela que aparece na foto 5)


Foto 4
Foto 4, da esquerda para a direita: José Maria, Carraro (este é mais novo) Joaquim, José Carlos Santos (Caneta) NI, José Geraldo (este é de Campo Belo) Agachados o ponta esquerda é o Raimundo.

Foto 4: Em pé, a partir da esquerda: José Maria Coelho, ni, Joaquim Macabeu de Souza (Quinzinho)...

Foto 5

À esquerda, Dona Marina Vilela professora de trabalhos manuais do Colégio Dom Cabral, Campo Belo MG nos anos 1960. À direita, José Maria Coelho (Identificação feita pelo  próprio José Maria, vide comentário abaixo desta postagem. Posteriormente, Rodolfo Rodarte confirmou e completou a identificação de Dona Marina Vilela, isso no facebook, grupo Campo Belo nos anos 60 a 80 cliaque para o link com facebook)













Créditos: Edgard identificou 2 ex-seminaristas na foto 4.
Tito fez a identificação de 13 ex-seminaristas da foto 1, 6 da foto 3 e 6 da foto 4

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Entrevista com José Orlando Baliza

Perfil:
           Nome: José Orlando Baliza (68)
           Família: casado com Maria José Aparecida Baliza com quem tem  2 filhos e 4 netos.
           Formação: Técnico em Contabilidade
Realização profissional: alfaiate, 1958/61; auxiliar de  contabilidade de 1962/63;  escritório da cerâmica São Judas Tadeu Ltda (1964/76); Sócio da empresa Trasavante Ltda (1974/76); representante comercial da Coreminas (1977/78);  Lajes Improcil Ltda de Santo Antônio do Monte (1979/82); Lajes CBL Ltda de Campo Belo (1983/2000);Proprietário de ponto de Táxi em Campo Belo desde 1990.
Foto de 1972 - 1º caminhão - José Orlando Baliza e Antonio Marcos
Filantropia: Tesoureiro da Vila Vicentina de Campo Belo (2005/07); Presidente da Vila Vicentina de Campo Belo (2007/11).
Apresentação       
Ele é da turma de 1954, chegou ao seminário um ano após a sua fundação completando uma turma de uma dúzia. O pouco tempo que ali permaneceu foi suficiente para marcar sua existência a ponto de afirmar: "a EASO - Escola Apostólica Santa Odília foi tudo na minha vida". Esse técnico de contabilidade soube valorizar e multiplicar os talentos recebidos do Criador: fez-se sobre os alicerces da família, do trabalho e de obras sociais. Muitos de nós já sabiam que ele construiu uma bela família, pois fala dela com indisfarçável orgulho, outros que é artesão, motorista de taxis dede 1990, mas poucos, que fora alfaiate, empresário, caminhoneiro e comerciante no ramo de cerâmica e, para aprender a defender suas metas, goleiro do São Luiz Futebol Clube.

Em nossos encontros, sempre traz algum artesanato para nos presentear nos sorteios de sábado à noite: terços de arame a nos instigarem para a oração; e, para nos vender a preço de banana, uma pinga envolta em símbolos da história que compartilhamos nos anos de seminário, gravados por jatos de areia: a vida laica engarrafada pelas lembranças do tempo da inocência, da aplicação nos estudos, dos prazerosos recreios, dos passeios nas redondezas, do futebol diário, do comedimento e da meditação religiosa. Parece sacrilégio beber uma cachaça tão barata protegida por lembranças tão caras e pela cruz dos Crúzios, muitos a têm, ninguém dá notícia de seu gosto, germanamo-nos sob os efeitos de outros líquidos.

Apenas um de seus colegas de turma tem frequentado nossos encontros periódicos, o Janjão, mas Baliza goza da amizade dos ex-seminaristas Crúzios de todos os tempos e turmas: é que os encontros fazem surgir novos elos de camaradagem que vão se construindo, naturalmente, sob o elmo de memórias, valores e princípios comuns. No caso particular dele, agrada-nos sua presença tranquila (quase tímida) e participativa em todas as ocasiões importantes. Nas mensagens trocadas para compor esta entrevista, ele revela alguns traços de seu jeito mineiro arrematado de falar: frases curtas, algumas concisas, outras nem tanto. Isso é notório em suas respostas ao questionário da entrevista e nos memorandos, num deles, para afirmar que gosta de estar conosco, ele diz : "no próximo encontro, em Nova União, estarei presente". Essa predileção por estar junto com os amigos já se revelara muito antes dos encontros dos ex-seminaristas da EASO: é assíduo às romarias que partem de sua terra, poderíamos medir sua fé pelo tanto de sola de sapato que já gastou indo a pé de Campo Belo a Aparecida do Norte.

Baliza tem feito pela Vila Vicentina o que muitos de nós gostariam de fazer por aquela instituição de caridade ou por outras semelhantes em nossas comunidades. Não há como ficar insensível à sua participação nessa obra social incrível que se destaca, há anos, como modelo para outras cidades. Paira um sentimento de esperança e conforto espiritual na atmosfera suave daquelas ruas frequentadas pelos humildes, necessitados e assistidos, e por almas generosas que os amparam e lhes dão a vida digna que merecem. Aquele chão que, ainda jovens, pisamos tantas vezes e que sabemos testemunhar, de um lado, a mais triste carência e, do outro, o melhor que há nos seres humanos: o amor incondicional ao próximo, pois é nesse chão que se assentam as razões por sermos gratos ao nosso entrevistado e a todos aqueles que ali aplicaram parte importante de suas energias e de suas vidas. 

 Aspectos da vida esportiva:
Colagem de fotos comemorativas de campeonatos do São Luiz Futebol Clube de Campo Belo. Na foto da esquerda (1970), Baliza é o goleiro (segundo em pé da direita para a esquerda). Na foto da direita (1976), Baliza com seus filhos Lisley e Wesley.


Perguntas gerais
Blog: fazendo uma retrospectiva da sua vida e do ser humano que você é atualmente, o que a EASO - Escola Apostólica Santa Odília significou nesse contexto? Qual a importância que ela teve para você?
Baliza: a EASO foi tudo na minha vida, foi a única escola que frequentei, de 1953 a 1954, quando tinha cerca de 10 anos, educando-me de forma que sobrevivo até hoje baseando-me na religiosidade, respeito mútuo e honestidade como estilo de vida.

Blog: quais as lembranças que você tem da EASO e das pessoas com as quais conviveu lá que são as mais marcantes e significativas para você?
Turma de 1954 - José Orlando Baliza em destaque
Baliza: do João Moreira de Campo Belo; do Adelino de Melo Freire de Santana do Jacaré; do Edson de Recreio; e do José Maria Carvalho Coelho de Belo Horizonte. Como éramos poucos, todos me marcaram de uma forma ou outra.
.
Blog : para você, o que é ser bem-sucedido na vida?
Baliza: ter conseguido atingir meus objetivos e formar minha família.
Blog: por que você entrou no seminário e por que você saiu?
Baliza: entrei pela oportunidade de estudar e saí porque não encontrei ali a realização do objetivo de tornar-me sacerdote.
Perguntas enviadas pelo Antônio José Ferreira, o Santana.

Blog (Santana): durante que período você passou no seminário, quais foram seus contemporâneos e que lembranças você tem desses colegas ou que fatos pitorescos você pode nos contar daquela época?
Baliza: lembro-me de todos porque nossa turma era pequena. No quarto dia de seminário, fomos nadar no ribeirão São João, nos fundos da Vila Vicentina. Na euforia de sair, passear, pois não estávamos acostumados com aquele regime, em frente à cadeia, na rua João Pinheiro, tropecei e foi aquele tombo. Padre Marino me deu a primeira lição com as seguintes palavras: "Abra o olho meu filho".

Blog (Santana): você se lembra de algum caso interessante do Padre João Batista de quem você foi coroinha em Santana do Jacaré?
Padre João, força incomum.
Baliza: Sim, de muitos. O mais interessante foi que ele comprou um Chevrolet ramona verde para ir celebrar nas comunidades. Certo dia, com chuva, ele caiu num mata-burro, como nós estávamos sós, ele me mandou dirigir e levantou o car-ro. Tiramos o carro do buraco e continuamos a viagem.
Perguntas enviadas pelo José Gonçalves Tito:

Blog (Tito): qual a sua comparação entre a vida de "seminário" e a sua primeira profissão?
Baliza: Nenhuma. Quando saí do seminário fui trabalhar de alfaiate.
Blog (Tito): Qual a sua perspectiva para o atendimento social no Brasil, no contexto atual do governo?
Baliza: vejo que vem melhorando e precisa mais e mais.
Perguntas enviadas pelo José Rafael Cabral:

Blog (Rafael): quantos filhos você tem? Fale um pouco deles.
Foto de 1974 - Aniversário dos filhos
O casal Maria José Aparecida e José
Orlando Baliza com os filhos Wesley
e Listey. No canto direito, alguns
amiguinhos.
Baliza: tenho dois filhos e quatro netos. Lisley (45), que é professora graduada em Letras e pós-graduada em Educação e Análise Ambiental, exerce a profissão de professora há 25 anos, sendo os 10 últimos no Colégio Dom Cabral e demais segmentos do Estado e do Município. É casada, tem uma filha com 18 anos, Rafaela, que cursa Agronomia na UFLA, em Lavras.
Wesley é Técnico de Contabilidade e exerce a profissão de Representante Comercial. É casado, tem três filhos: Bruno, com 24 anos, que é formando de Engenharia Elétrica na UFSJ em São João Del Rey; Karolinne, 21 anos, cursa Fisioterapia em São Paulo, onde reside; e Matheus, 15 anos, que iniciará o Ensino Médio neste ano.
Blog (Rafael): vejo que você, Baliza, é um homem trabalhador e batalhador, uma vida de trabalho, sendo assim, pergunto:  o que mais o realizou e por quê?
Baliza: trabalhei em diversas empresas e em diversas funções. Minha realização profissional advém da minha capacidade de me entregar à função que desempenho naquele momento, portanto, todas foram importantes.
Blog (Rafael): como você vê as chances de trabalho para os nossos jovens nos dias atuais? Antigamente era mais fácil encontrar emprego? O país está no caminho certo?
Baliza: A oferta de emprego é grande, mas é necessário que o jovem se encontre bem preparado. Antigamente era mais fácil. Começava-se a trabalhar ainda crian-ça, adquiria-se experiência antes mesmo da escola. Minha fé diz que o país está no caminho certo.
Blog (Rafael): você já participou várias vezes de uma romaria a pé, que a cidade de Campo Belo faz anualmente à Aparecida do Norte. Fale um pouco dessa expe-riência.
Foto de 1978, caminhada a
Aparecida do Norte.
Baliza: em 1978 fomos a pé à Aparecida do Norte pela primeira vez. Ataíde da Silva, Anézio Ribeiro Rosa e eu. Foi a melhor caminhada. Nos anos de 1979, 1980 e 1981, tornei a fazer a mesma caminhada com outros companheiros, no máximo seis. Foi muito bom também. Em 2006 tive a experiência de ir na Romaria com aproximadamente 200 pessoas e retornei nos anos de 2007 e 2008. É muito bom, embora seja difícil de organizar.
Perguntas de Luiz Alfenas, o Lulu:

Blog (Lulu): depois de tantos empregos e tanta experiência, o que você diria para a juventude atual?
Baliza: que estudem para ter capacidade e diploma, perseverança, confiança no que fazem, humildade, fé, esperança e caridade.
Blog (Lulu): o que tem alicerçado sua vida e a tornado tão útil para sua família e para o próximo?
Baliza: a escola EASO ensinou-me os princípios básicos para a minha formação como cidadão: respeito, integridade, fé, caridade.
Blog (Lulu): o taxista encontra muita gente em seu dia a dia, escuta muitos casos e histórias diversas. Qual o caso mais engraçado que você já ouviu dentro do seu táxi? Baliza: o taxista às vezes é um confidente. O mais engraçado são as piadas, espe-cialmente a do português que comprou um táxi em sociedade e passeava o dia todo, pois o táxi era de graça.
Blog (Lulu): em que consiste o seu trabalho na Vila Vicentina e como você conse-gue conciliar tantas atividades?
Baliza: consiste em ajudar aos que lá residem, pois já fizeram muito por alguém, cada um tem sua história. Dedicando toda capacidade ao que faço em cada momento.
Blog (Lulu): você se considera um homem caridoso?
Baliza: sim, considero-me caridoso.
No Encontro de 2011, os ex-seminaristas foram recebidos, na Vila Vicentina,
pelo então presidente José Orlando Baliza. Foto em frente da Igreja local.
Blog (Lulu): para você o que é amar ao próximo?
Baliza: amar ao próximo é amar a todos num só momento não discriminando. Evidente. Para mim sem amor e caridade não existe vida.





segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Os 60 anos do Lua

Por Siovani

A manhã parecia abrir um belo sorriso para nós, ainda que encharcada com as marcas da chuva da noite, quando chegamos ao hotel onde nos esperavam Rafael e o Nonato. Um tímido sol procurava espaço entre as nuvens, mas coloria o ambiente cansado de chuva de Belo Horizonte. Era sábado, nove horas do sétimo dia deste janeiro de água. Estacionamos, a Rose me acompanhava. Abraços de reencontro prazeroso, Rafael, Nonato, Nazaré. Abraços de apresentação dos filhos de Nonato e Nazaré, Artur e Adriano. Logo em seguida, o Eustáquio também estacionava acompanhado da Cida, mais abraços e muito prazer.

Seguimos em dois carros para Nova União pela BR-381 que nos forçava a seguir com calma por causa dos buracos e pela longa fila de carros que se formou. Lá procuramos pelo nosso Lua, que ninguém conhecia, mas, o Waltinho, até o asfalto nos dizia: siga-me até que eu acabe. E lá chegamos, um casarão estilo sede de fazenda colonial que espantou os nossos olhos.E o Waltinho apareceu, segurando a surpresa para não verter lágrimas ao ver que o Nonato saiu mesmo lá de Belém para abraçá-lo em seu aniversário e, ainda, com um séquito que não temia a ameaça da chuva.Foi mais ou menos assim que, mais tarde, durante a festa, uma funcionária dele relatou para a Rose e a Nazaré sobre o seu estado emocional.
A partir da esquerda: Siovani, Walter, Rafael, Nonato e Eustáquio.

Tivemos que interromper a azáfama da Shirley, esposa do Walter, que coordenava a arrumação para a festa, e foi com muito carinho e alegria que ela e seus funcionários nos receberam. Fomos conhecer o casarão. O Rafael comentou que ele devia ter mais de cem anos e foi surpreendido pela resposta de que tinha apenas três. Ele foi, e ainda está sendo, construído com material de demolição de casas antigas e está destinado a uma futura pousada. As surpresas sucediam-se, as camas...! Os pés das camas eram feitos quase que de toras. Coitadas das camareiras, pois o Lua dizia que iria jogar pedaços de papel debaixo das camas para testar a boa limpeza. Tomara que existam por lá mulheres bem fortes.

Subimos o morro para conhecer a capela. Que charme! Um ambiente impregnado com o espírito sacro da mãe do Walter, que ele venera como santa. E ele nos contou, então, a história da pedra que erige o altar: quando o local foi trabalhado para a construção, deparou-se com a pedra ali enterrada e pronta como uma mesa, e, no mesmo local e posição, foi erguido o altar, torcendo um tanto a capela para preservar a pedra do jeito em que foi encontrada. Descemos o morro e voltamos ao casarão, e para ninguém dizer que conto mentiras, o Rafael fotografou o Walter com um copo de água. Quem disse que o homem não sabia mais para que serve esse líquido é mesmo intrigante!



Pegamos os carros e fomos para a fazenda Germana, onde se fabrica a tão famosa cachaça, quase escrevi “marvada”, mas isto seria um sacrilégio, pois ela não é para o
Vista da fazenda Germana
Cida e Eustáquio em frente à sede
bico de qualquer pinguço, para poder sustentá-la o pinguço tem que ser de muito nobre linhagem. E como disse a Rose, descrevendo a fazenda para minha filha: “Lá tem muita cachaça”! São seis rótulos diferentes, com diferentes envelhecimentos. Tem a Germana, a Brasil, a Caetanos, a Pracaip, e... ufa! Os vapores me pegaram, não consegui lembrar-me das outras duas.



O Waltinho nos presenteou com uma estupenda aula sobre o processo de fabricação, entremeada sempre com a sua histriônica maneira de ser e de falar, desde a moagem do fubá, que é utilizado para fermentar a garapa, até o processo de embalagem e expedição para o Brasil e o mundo. O galpão de envelhecimento foi o que mais atraiu a atenção de todos,o cheiro de carvalho e umidade nos deu já um certo entorpecimento e a sessão de degustação coroou a visita. O Waltinho nos ensinou a apreciar a cachaça: o odor tomando ação no paladar, o leve roçar dos lábios no líquido, o formigamento da língua anestesiada, e o espanto das mulheres que nunca haviam provado ao reconhecer que era até gostosa. Fiquei com receio de estar levando para casa mais um problema, por isto na lojinha da fazenda nem pensei em adquirir alguma garrafa. O Nonato, bombeiro que é, surpreendeu-se um tanto com a escassez de equipamento de combate ao fogo, o profissional não desgruda do amigo.



Acho que os apetites foram exacerbados pelo aperitivo e a hora era tardia quando voltamos para a casa do Waltinho, onde nos esperava uma galinhada bem ao estilo mineiro, com tempero perfeito. Lá conhecemos um pouco mais da alegre família do Walter, especialmente o filhinho caçula, com cerca de cinco anos que segue escarrado, como diz bem o mineiro, os traços do pai. Ele tem um sobrinho um pouco mais novo, e, quando este chegou, teve que cumprir o beija-mão do pedido de benção. Eu vi!... Engraçado foi também perceber que o pai cruzeirense só criou filhos atleticanos. Mineirice pura, esperteza velhaca que não quis correr risco, é melhor não arriscar em matéria de macheza! O menino ganhou do Eustáquio um cofre-bola do Atlético, que quando ganha uma moeda ainda toca o hino do Galo. Acho que o cofrinho vai ficar meio vazio porque o pai não vai querer comprar o hino. E para terminar bem o almoço, doce de leite e queijo, produtos de lavra própria, impossível de serem apreciados longe daquela família, servidos em pires de queijo para preservar os pratos limpos: uma boa fatia de queijo, uma colherada do doce e toma! Inigualáveis os dois!



Papo cheio, as mulheres foram repousar, e o Eustáquio também. Ficamos por lá na pousada conversando sobre o país, consertando os erros impossíveis, fazendo hora e aguardando a festa. E a chuva não deu trégua, fez um concerto extra para a festa dos sessenta anos do Walter, caiu durante toda a noite. E, além da chuva, uma dupla de cantantes animou o rega-bofe que fez a alegria do Eustáquio, que parecia movido a pilha. Antes dos parabéns, o Waltinho nos chamou, aos seus queridos amigos de infância, e apresentou-nos a todos, fazendo questão de chamar a atenção pela distância percorrida pelo Nonato e, não tanto quanto, pelos demais. Depois dos parabéns ele cismou de cantar, alertando que para parar exigia quinhentos reais. Bem que eu tentei, mas ele não aceitava cheque.



O filho do Walter nos vendeu pedras como lembranças, um real por pedra, mas se não tivesse o real, levava a pedra assim mesmo. Para mim, ele vendeu também um churrasco, assim:

-- Você quer comprar um churrasco? Um real.

-- Quero.

-- De que país?

-- Anh... Da Argentina.

-- Ih! Eu trouxe um brasileiro, espera aí que eu vou buscar um da Argentina.

Ele lá foi, e pouco depois retornou com um punhado de papel torcido:

-- Toma, da Argentina. Um real.

E fiquei eu a apreciar o meu belo churrasco de chorizo.



E a noite foi se aprofundando e cinderelas calçadas tiveram que molhar os pés para atravessar a enxurrada que não parava de correr na rua. Meia-noite e meia fomos descansar, deixando para trás os filhos do Nonato que ficaram tentando tocar um berrante de belotorneado, mas não fiquei sabendo se conseguiram.


Domingo de manhã. Debaixo de chuva retornamos a Belo Horizonte. Deixamos o Nonato e família no hotel, o Rafael na rodoviária. O Eustáquio seguiu para Campo Belo e voltamos para casa. A chuva fazia acentuar a saudade que já sentíamos dos momentos alegres que passáramos. Que alegria podermos contar com uma família como esta nossa dos ex-seminaristas.



Aguardaremos setembro esperando contar com uma grande presença em nosso próximo encontro. Nova União com certeza fará um encontro brilhante.

Homenagem prestada à mãe do Walter

Nova União Sediará o IV Encontro dos Ex-Seminaristas Crúzios

Segundo Rafael


 
Foi pensando no IV Encontro que Rafael, Nonato, Eustáquio e Siovani estiveram em Nova União neste início de 2012. Mas havia um propósito na escolha de uma data coincidente com as comemorações do aniversário do Walter Caetano Pinto: eles queriam homenagear o aniversariante. Embora convidados pelo Rafael, nem todos da coordenação dos encontros e Conselheiros do Blog puderam comparecer: as férias das crianças e dos netos, as atividades profissionais de rotina dos que ainda estão no mercado de trabalho, as praias e outros passeios já programados talvez sejam algumas das razões para as ausências, mas, tenham certeza, todos os ex-seminaristas foram bem representados por esse quarteto e suas esposas.

As impressões registradas no belo texto do Siovani (vide postagem neste blog)  não deixam dúvidas quanto ao acerto na escolha do local para um inesquecível encontro de amigos e quanto à generosidade da família do Walter: são peritos em receber bem. (Parabéns, Lua! E muito obrigado!).

Rafael nos trouxe, em breve e preciso relato, sua boa impressão dos locais para passeios e hospedagem, inclusive ele demonstra sua preocupação, por justa razão, com a questão dos custos com a estadia.

Localização: a cidade de Nova União faz parte da grande Belo Horizonte e fica a aproximadamente 50 quilômetros da capital. A zona urbana está a poucos quilômetros do antigo Seminário do Caraça, no município de Santa Bárbara, e também próxima  de Catas Altas, de Caeté, onde fica a Capela da Serra da Piedade (1.751 metros de altitude),   de Barão de Cocais   todos esses municípios considerados pontos turísticos de relevância, com suas atrações históricas e suas reservas ecológicas.Tamanho: o município é pequeno, com aproximadamente 6 mil habitantes.

Rafael descreve os locais mais indicados para a hospedagem, inclusive com fotos, e nos dá uma ideia de preços relativos (entre uma pousada e outra). Sobre o local para reuniões, diz ele: "Lua nos mostrou a
Fazenda onde poderemos realizar as reuniões do IV Encontro, nela existe um enorme salão que comporta muita gente. Aliás, a festa do aniversário do Lua, no sábado à noite, foi realizada nesse salão, e havia muita, mas muita gente".

Durante o encontro a se realizar em Setembro de 2012, segundo Rafael, está prevista uma visita ao Caraça, conforme programa já alinhavado. O Caraça fica a pouco mais de 40 quilômetros de Nova União (uma viagem de aproximadamente 40 minutos).

Mais precisamente, com relação ao próximo encontro, o Rafael informa: "Fizemos uma reunião (em Nova União) visando sugerir a data e o programa para o nosso próximo encontro, ficando assim a proposta:

DATA DE REALIZAÇÃO DO ENCONTRO: 14/09/2012 (SEXTA), 15/09/2012 (SÁBADO) E 16/09/2012 (DOMINGO).

SEXTA-FEIRA: apresentação na Fazenda em Nova União às 18:00 horas. Após as apresentações de rotina, haverá um jantar de recepção, com direito a moda de viola e dança.

SÁBADO: pela manhã, visita à Fazenda (da Zona Rural), onde é fabricada a Germana. Em seguida, de ônibus, iremos para o Caraça. Lá, almoçaremos e visitaremos todas as dependências do antigo seminário do Caraça e a reserva existente em seu entorno, que tem cachoeiras e locais para nadar. No Complexo do Caraça, outras duas atrações que os conhecedores do local recomendam com entusiasmo: o célebre quadro “A Última Ceia”, do pintor barroco Manoel da Costa Ataíde, o mais importante do Ciclo do Ouro em Minas Gerais, e a Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, de arquitetura singular e com vitrais maravilhosos.   Retorno ao final da tarde para Nova União, onde haverá um Jantar à noite com brincadeiras e bate-papo.

DOMINGO: visita à Serra da Piedade, de onde se tem uma vista cinematográfica de toda a região e onde há uma belíssima capelinha. Haverá uma missa para quem se interessar. Lá, almoçaremos e retornaremos, em seguida, para Nova União. Aqueles que desejarem retornar às suas casas poderão fazê-lo à tarde.

Rafael nos enviou diversas fotos com legendas, algumas já foram mostradas na crônica do Siovani e outras seguem abaixo:

Casarão no centro de Nova União

Capelinha dentro da sede da fazenda

Salão dentro da sede da fazenda

Alambique

Hotel Zeta

Pousada da Dadinha.

Nonato e Nazaré dançam na fazenda
Capela da fazenda

Loja com produtos da fazenda


Vista muito parcial de Nova União a partir da capela

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Aniversário de Marina e visita do Tupy a Juiz de Fora

Este editor recebeu o seguinte e-mail do nosso colega José Rafael Cabral:

Caro Luiz :

Gostaria que você noticiasse no nosso Blog, duas notícias importantes :

01 - No dia 27/11/2011 foi comemorado o aniversário de Marina, esposa do nosso colega ALFREDO.
      Ele fez um grande almoço para comemorar a data. Todos os nossos colegas encontristas estiveram representados no almoço por mim, pelo Alberto Medina (barata) com esposa e filhos e o Tupy que estava numa cidade aqui perto de Juiz de Fora e veio até Juiz de Fora, especialmente para o almoço. 
O almoço foi ótimo, o Alfredo nos deu muita atenção, no final teve "parabéns prá você", bolo e docinhos.  Mais uma vez, parabenizamos à Marina que estava muito elegante.

02) - Tupy e sua esposa Marina estiveram aqui em Juiz de Fora, de passagem, no início deste mês. Na oportunidade convidamos a turma de Juiz de Fora para um mini encontro na cobertura do Alberto Medina. Estiveram presentes : Rafael, Benone, Nei, Alfredo e esposa, Alberto Medina e esposa, Tupy e esposa. Foi uma noite muito agradável, para variar falamos muito da década de 60 e do nosso seminário.  Discutimos também o nosso próximo Encontro, algumas sugestões foram apresentadas, como a confecção de uma camisa ou um boné com gravação ref. ao IV Encontro.

Foi sugerido também que o Programa do nosso IV Encontro, que se estenderá até o final do  domingo, seja publicado com certa antecedência e que, os itens do Programa sejam realmente cumpridos.
Eu, particularmente, acredito que a turma de BH, que organizará o próximo Encontro, cuidará bem destes detalhes.

Embora a visita do Tupy e de sua esposa Marina, em Juiz de Fora foi muito rápida, pois, eles chegaram na sexta à tardezinha e foram embora para Leopoldina no sábado às 10 hs. da manhã, a mesma foi muito proveitosa, Tupy é uma pessoa muito agradável e inteligente, sem contar a amabilidade de Marina, sua esposa. 
Gostaríamos que outros colegas venham a Juiz de Fora, nossa turma os receberão muito bem.
Anexo algumas fotos dos eventos: as quatro primeiras fotos são da visita do Tupy a Juiz de Fora no dia 03 e 04/11/11.  As demais são do aniversário da Marina, esposa do Alfredo.
Foto 1010344 - Alfredo, esposa e filhos, acompanhados de Tupy, Alberto Medina  e Rafael.
Foto 1010346 - Alfredo, esposa e filhos.
Foto 1010348 - Alfredo, Rafael, Tupy, Alberto Medina, esposa e filha.

                                          Atenciosamente.   Rafael.

Visita do Tupy a Juiz de Fora
Visita do Tupy
Visita do Tupy


Visita do Tupy



Aniversário da Marina. Na foto Alfredo, Rafael, Tupy, Medina e Maria da
Conceição e filha
Alfredo filhos com Tupy, Medina e Rafael

Alfredo, esposa e filhos

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fotos enviada por Rodolfo Leão Rodarte & Júlio Martins

Fotos inéditas cedidas por Rodolfo Leão Rodarte e Júlio Fernandes Martins, de Campo Belo, Minas Gerais, mostra alguns ex-alunos do Colégio Dom Cabral com os ex-seminaristas Tupinambá Pedro Paraguassu Amorim da Silva, Antônio Edes Carraro e Raimundo Nonato Costa.

Em pé, a partir da esquerda, Carraro e Tupy.
Em baixo, não identificados

A partir da esquerda, em pé: Avilmar, Tupy, Carraro, Raimundo Nonato e
Elimar. Agachados: Júlio Martins, Paulo Alípio, Pepita e Ronaldo Gibran.
Foto cedida por Rodolfo Rodarte