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domingo, 16 de janeiro de 2011

ANCHIETA

O REPÓRTER CRÚZIO
Escola Apostólica Santa Odília.
Campo Belo. Minas Gerias          
Ano I                                           Outubro de 1958                             No. 6 
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ANCHIETA    
ANCHIETA
   No século XVI vieram para o Brasil muitos Jesuítas, e, entre eles, vemos o Pe. José de Ancheita. Veio ele com o segundo governador geral do Brasil, em 1553.
   Anchieta nasceu numa das ilhas canárias, que, desde alguns séculos antes, pertenciam à Espanha.
   Os primeiros estudos do futuro missionário foram feitos em sua terra natal, tendo por mestgre seu próprio pai. Depois de alguns anos, foi ele conduzido a Coimbra, onde foi matriculado no colégio dos jesuítas.
   Lá na famosa cidade portuguesa, famosa devido principalmente à Universidade, uma das mais célebres, o jovem canarinho continuou sua vida calma e recolhida de moço muito crente e inclinado ao sacerdócio.
   Anchieta veio para o Brasil, principalmente por causa de seu estado de saúde e também para catequizar os índios. Pouco antes dele, outros missionários jesuítas tinham vindo para o Brasil com o mesmo fim e tendo como superior geral o Pe. Manuel da Nóbrega.
   Anchieta era disposto a tudo, por amor de Deus; não tinha mêdo de nada. Quando veio para o Brasil, foi surpreendido em alto mar por tempestades, furacões e ondas que atiravam o barco para perigosos estreitos; salvou-se por milagre. Quando chegou ao Brasil, Anchieta logo pagou o benefício de Deus, mandando ao céu a alma de um indiozinho que ele batizou.
   Era um heroísmo viver naquele tempo entre os índios: ter sempre os mesmos costumes, mesmo modo de viver, mesma comida, etc. Eram incalculáveis os trabalhos dos jesuítas na defesa da liberdade dos índios e nos combates aos seus usos e costumes, como, por exemplo, a antropofagia, praticada por certas tribos. A vida dos selvagens lhes causava dó, não só pelo atraso em que se achavam, como também pelo modo com que eram explorados pelos colonos.
   Tudo isto era preciso ser combatido, para se implantar aqui, na nova terra, a civilização. Mas era preciso combater com jeito, apelando para a razão, dando bons conselhos e exemplos, procurando abrandar o coração daqueles infelizes. Seria uma grande luta, mas os jesuítas sabiam lutar.
   No dia 25 de janeiro de 1554, inaugurou-se festivamente o Colégio de São Paulo, fundado pelos jesuítas. Como era penoso para Anchieta e seus companheiros, nos primeiros tempos de vida, o colégio de Piratininga! Anchieta era, porém, a alma do colégio, a alma de Piratininga.
   Passados alguns anos, os jesuítas começaram a correr grandes perigos. Certas tribos selvagens e os mamelucos das proximidades não viam com bons olhos a nova povoação. O que eles queriam era o progresso da vida deles e, por isso, tentavam prejudicar a aldeia onde se achava o colégio. Mas os jesuítas defenderam-na, sendo protegidos pelos próprios moradores.
   Não demorou muito e estava novamente em perigo a nova aldeia: os Tamoios , índios terríveis como só eles mesmos, tramavam atacar a nova aldeia. Porém, Anchieta e Nóbrega os enfrentaram, sem uma arma sequer e vencera-nos só com a fé; sua arma era a Cruz de Cristo.
   Anchieta bem compreendia o perigo que o rodeava; qualquer coisa serviria de pretêxto para exasperar os índios. Mas Anchieta era habilidoso e apenas com palavras, fêz com que os Tamoios se esquecessem da vingança contra os colonos. Nenhum dos índios tinha coragem de apenas encostar nele. Êste acontecimento bem merece ter o nome de milagre.
   Êste santo homem não parava; ia de aldeia em aldeia, de palhoça em palhoça, de taba em taba, para converter os índios e catequizá-los.
   Anchieta era muito devoto à Maria Santíssima. Certa vez fêz um grande poema que dedicou a Ela. Que poema! Inspirado e belo, e, além disso, todos em latim!
   Foi nesse tempo que o Brasil foi invadido pelos franceses. Êstes se estabeleceram em Guanabara, mais fortes do que nunca. Estácio de Sá não dispunha de recurso para derrotá-los e expulsá-los definitivamente do Brasil. Era preciso pois, incumbir uma pessoa de confiança de ir à Bahia pedir reforços.
   Quem poderia desempenhar esse cargo? Estácio de Sá consultou o Pe. Nóbrega e êste  não teve dúvidas: mandou ordens a Anchieta para que fosse à Bahia tratar do grave caso, junto ao Governador Geral.
   Anchieta aceitou o encargo e foi à Bahia. A viagem foi penosa, sem conforto e muito incerta, quase sempre cheia de perigos. As viagens eram nesse tempo ainda muito grandes. Esta durou seis meses. Chegando à Bahia, o missionário foi muito feliz no desempenho do encargo. Depois desse sérviço que Anchieta nos prestou, reunia ainda muitos índios para lutar contra os franceses.
   Passados anos, Anchieta encontrava-se na aldeia de Iriritiba, situada cêrca de quatorze léguas da vila de vitória. O missionário, doente, alquebrado, contando com sessenta e nove anos de idade, sabia que sua morte não podia tardar. Anchieta queria morrer aqui no Brasil, aquio no Novo Mundo, aqui na sua pátria, pátria não de nascimento, mas pátria de sua vida.
   Na data de 9 de junho de 1597, morreu o grande jesuíta; seu corpo foi levado à Vila de Vitória, para ali ser sepulado.
          LÍdio Costa Reis filho
                    2ª. Série.
HONRA AOS HERÓIS DA FÉ NA INGLATERRA.
   Há pouco realizou-se uma solenidade interessante na Inglaterra.
   No século XVI, em 1535, 17 Cartuxos foram vítimas de assassinato por causa de sua fidelidade à Igreja Católica.
   Inauguraram agora um monumento que foi bento pelo arcebispo anglicano de Canterbury, na presença da Rainha Isabel II. Neste monumento lê-se: “Lembrai-vos, perante Deus, dos dezessete Cartuxo que sofreram o martírio por causa de sua fidelidade a sua consciência.”