quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

NONATO E NAZARÉ RETORNAM A MINAS


Nazaré e Nonato,f oto de 29 jan/2015
Esteve em Minas o casal que coordenou o último Encontro realizado em Belém em 2014.  Veio em missão familiar e para contatos com amigos easistas. Nonato e Nazaré aproveitaram a oportunidade para conhecer um pouco mais o roteiro do próximo Encontro em Morretes.  Os dois easistas chegaram a Belo Horizonte no dia 20 e voltaram a Belém do Pará no dia 30 de janeiro de 2015. Pouco tempo, mas, como são dinâmicos e bem relacionados por aqui, conseguiram fazer milagres em termos de contatos e passeios. Nonato é um bom interlocutor para assuntos de encontros: tem sangue de aventureiro, gosta de ir e vir, e traz  na bagagem a vantagem do pioneirismo (foi um dos mentores dos Encontros easistas) e, além disso, teve  excelente atuação no VI Encontro.




Dona Iraci

Dona Iraci, entre Nonato e Nazaré, 
no dia 21 de janeiro de 2015
Um bolo e três velas  marcam um
 século de vida proveitosa.
Nonato e Nazaré passaram o dia 21 com Dona Iraci, a razão primeira dessa viagem, queriam comemorar os seus 100 anos. Dona Iraci, a quem Nonato considera como mãe, pois era quem o acolhia em suas férias quando o ex-seminarista estudava na EASO de Campo Belo, está em pleno vigor: esbanja  saúde,  simpatia e a tranquilidade de quem pela vida tem distribuído nada menos do que amor e alegria. Na casa de Dona Iraci, Nonato tem irmãos e irmãs, sobrinhos e sobrinhas e chega a ser até tio-avô. Quando fala de Dona Iraci, parece que a memória se lhe abre um grande livro de recordações e velhas emoções pousam sobre o experiente "Comandante".  Só não conhece cada paralelepípedo da Rua Bauxita, em Santa Tereza, porque a modernidade da cidade os substituiu pelo asfalto. Lembra-se das peladas na rua e dos amigos que ali fez.   Razões tem para ser tão grato, esta senhora, nos anos 1960, não apenas abriu sua casa e deu-lhe guarida durante as férias escolares, mas o tornou um membro da família, como ele diz: "ela me tratava como se eu fosse realmente um filho e dava-me de tudo que um menino precisa. Eu me sentia em casa". Assim, aquela casa fez de Nonato um filho; e dos filhos de Dona Iraci, seus irmãos. 

Pampulha


Nazaré e Nonato na frente  da igreja
da Pampulha
No dia 22, pela manhã, o casal e Lulu  foram a passeio pelo  entorno da Lagoa da Pampulha. Nada mal para uma esticada pelas margens da lagoa e posar para fotos na frente da famosa igrejinha de São Francisco de Assis, contornar  a lagoa de carro - são 18 quilômetros - e dar um paradinha no Museu de Artes da Pampulha - MAP só para apreciar algumas obras de arte e conhecer um pouco da história da construção da lagoa, desde o prefeito Otacílio Negrão Lima (1936) até JK (1943),  Por ali veem-se a Casa do Baile, o Mineirinho, o Mineirão, o Iate Clube, o pórtico do zoológico e a entrada da famosa Toca da Raposa. A lagoa, apesar de ser ainda muito poluída, não tem mau cheiro e, nas suas margens,  pode-se respirar a beleza das obras curvilíneas de Oscar Niemeyer e apreciar os paneis de Portinari, especialmente na Igrejinha de São Francisco,  com seus  motivos cravados ao lado do altar, onde os animais se achegam ao culto.


Jantar árabe

Serra do Mar Paranaense, vista a partir  do trem que
 vai de Curitiba até Morretes
À noite do dia 22,  o casal reuniu-se  com alguns amigos de BH num restaurante de comida típica árabe. Com a presença do Lua (leia-se coordenador do próximo Encontro) e o reforço de Siovani e Rose, José Geraldo Assunção e Lulu, Nonato e Nazaré foram o centro das atenções. Nessa reunião, o Lua apresentou suas ideias básicas sobre o próximo Encontro e mostrou fotos da região de Morretes. O Encontro foi assim esquematizado: Plano inicial do VII: dia 22 de setembro de 2015, chegada a Curitiba; dia 23, ida de trem de Curitiba para Morretes. A partir de Morretes,  o grupo fará vários passeios pela região, que é rica em motivos turísticos e belezas naturais. Dia 26, retorno (ainda não muito bem definido). Essa programação inicial deverá ser confirmada pelo Lua para que cada um dos encontristas possa antecipar sua programação e conseguir comprar passagens aéreas a preços de promoção, a exemplo do que aconteceu no Encontro de Belém. Quando houver a confirmação das datas e dos pontos de embarque de ida e volta, todos serão informados por e-mail e pelo Blog. Por enquanto, com essas informações, os interessados já podem ir conciliando a agenda de 2015 e nela encaixando as Serras Paranaenses.

Os dias 24 e 25 foram reservados para os compromissos sociais com irmãos, igreja e outros passeios em Belo Horizonte.

Zona da Mata Mineira

A partir da esquerda: Benoni, Manoel, 
Chiquinho, Alfredo, Marina, José
Maria Fontes, Marcos, Nazaré, 
Nonato, Rafael e Alberto
Medina (foto de 28 jan/2015)
Do dia 26 a 29, o casal realizou uma viagem que o levou a  Juiz de Fora, a Argirita, a Leopoldina e  Recreio. Em todo o trajeto, esteve sempre rodeado por amigos. Juiz de Fora conta com  um grupo de easistas  que sempre mostra presença nos pequenos e grandes Encontros, e dessa vez não foi diferente. Aos easistas Nonato, Rafael, Benone e Alberto Medina, os quais podemos chamar de pioneiros, juntaram-se outros que gozam de grande prestígio entre todos os ex-seminaristas, como Chiquinho, Manoel, José Maria Fontes e Marcos Cardoso Paula (clique no nome para ver uma foto de 1954).
A partir de Juiz de Fora, o casal e os easistas Benone, Rafael e Alberto Medina foram até Leopoldina/Recreio e no caminho passaram por Argirita. Neste trajeto,  outros easistas foram contactados:   Lídio (Leopoldina),  Edison  e José Firmino (Recreio).


Esta viagem foi assim relatada pelo Nonato:

Juiz de Fora

"Na verdade, minha ida  a Juiz de Fora tinha como objetivo convidar o Rafael para que fosse comigo a Leopoldina para que eu pudesse me encontrar com o Lídio,  também colega de seminário, que lá viveu nos anos de 1957 a 1959, se não me falha a memória, e que nunca participou de nossos Encontros porque não tinha condições de ir por se achar doente. O gostoso foi que, não só o Rafael, mas também o Benone e o Alberto Medina, o Barata, no dia 27 de janeiro, nos acompanharam nessa aventura. 

Argirita


Antônio Medina e Argentina Gonçal-
ves Medina 
Alberto Medina, Benone e Nazaré, em 
pé. Antônio Medina, Rafael, Nonato
e Argentina Gonçalves Medina, assen-
tados.
Antes de chegarmos a Leopoldina, passamos por Argirita, onde fomos até a casa dos pais do Barata, o senhor Antônio Medina e a senhora Argentina Gonçalves Medina,  e tivemos a felicidade de conhecê-los: ele com 97 anos e ela com 94, ambos sofrendo com o peso da idade, mas muito felizes. O senhor Antônio, apesar da idade avançada, está lúcido e vibrante como ex-combatente da 2ª Guerra mundial.  
Alberto Medina ao lado da foto do
pai, Antônio Medina, a quem reve-
rencia com justo orgulho. .

Num papo bem descontraído e animado, nos relatou alguns lances de sua vida lá pela Itália, nos idos de 1944 /45, em seguida nos mostrou suas condecorações e quadros alusivos àquela época.







Leopoldina


Nonato, Fátima e Ldio Costa Reis Filho
Em Leopoldina, aproveitamos não só para encontrar o Lídio como também para visitar o antigo convento onde funcionou o nosso Seminário Maior e a Igreja de São José. Procuramos também o nosso colega José Maria Gaetho, o Quadrado:  fomos até à casa dele, num bairro bastante distante, mas, infelizmente, não o encontramos. Por volta de meio dia, depois de procurarmos bastante por estes nossos companheiros, fomos a um restaurante para almoçar quando, finalmente, tivemos a satisfação de nos encontrar com o Lídio, que atendeu nosso telefonema e veio até ao restaurante e nos convidou para irmos até a sua casa, onde fomos bem recebidos e tivemos o prazer de conhecer a sua distinta família. Graças a Deus, este nosso  amigo não está tão doente que não possa participar de nossos Encontros, talvez tenha uma pequena síndrome de pânico, que o impeça de viajar, mas nos prometeu que estará presente no próximo Encontro que vier a ser realizado  em Campo Belo. (clique aqui para ler uma crônica do Lídio escrita em 1959)




Recreio

A rara presença de Edison Júlio da 
Silva, ex-seminaristas da velha
guarda, ao lado de Nonato e rodeado 
pelos easistas. 
Edson em 1953, destaque.
Depois de Leopoldina, fomos até a cidade de Recreio, onde visitamos o colega Edison, que foi um dos seminaristas da primeira turma, em 1953. Em 1958 era o goleirão de nosso imbatível Santa. Cruz. Edison está bastante debilitado, sofre do Mal de Parkinson e vive só em companhia de uma enfermeira, que cuida dele. Nessa cidade, encontramos também  o nosso colega, ex-seminarista,  José Firmino Rodrigues; este é o maior de todos os ex-seminaristas tanto em longitude como em altitude, como a figura de um ''Asterix'', grandão e que, com muita simpatia, nos acompanhou até a casa do Edison e depois nos levou ate sua residência onde conhecemos sua distinta esposa e seu filho (Clique aqui para ler uma crônica do  Edison escrita em 1958).

Na volta, ficamos até às 19 horas em Leopoldina, tentando nos encontrar com o Quadrado, agora em um restaurante onde supostamente trabalhava, mas lá não apareceu para nossa frustração. 

Benoni fala aos convidados do 
jantar dos Medinas (Alberto e 
Maria Conceição). Foto de 28
 de janeiro de 2015
Voltamos a Juiz de Fora, onde no dia 28 , na residência do Barata que com sua simpática e querida esposa , Dona Conceição, nos proporcionou um espetacular Jantar regado a Cerveja com um delicioso tira-gosto. Estando presente neste pequeno encontro: O Medina e sua esposa Conceição, Alfredo e Marina, eu e a Nazaré, Benone, o José Maria Fontes , o Cutia, o Manoelzinho e seu irmão, o Francisco, e o Marquinho  que pela primeira vez nos abrilhantou com sua presença. Neste pequeno Encontro, tratamos de vários assuntos sendo o principal deles o VII que será este ano em Morretes no Estado do Paraná.

O RESULTADO foi que todos ficamos ansiosos,  esperando a programação e a avaliação de quanto serão os custos".




Jantar de despedida em Belo Horizonte

Cebola gigante 
O casal voltou a  BH no dia 29 e, à noite, juntou-se a um grupo de amigos e foi jantar num badalado restaurante de comida típica australiana. Depois de enfrentar uma fila de espera de mais de uma hora, finalmente o grupo de nove pessoas  conseguiu um lugar privilegiado e  com aconchego apropriado para tanta amizade.
Quem foi pela primeira vez aguardou ansioso o petisco inicial: a famosa cebola gigante temperada com pimenta, alho e sal e muitos condimentos; dizem que é frita depois de dois dias de geladeira para o entranhamento de tanto ingrediente.



No sentido horário: Marina, Tupy,
Toninho, Ciléia, Cláudio, Lulu,
Maria José, Nazaré e Nonato 
Toninho e Ciléia.
Estavam presentes nessa "steakhouse": os visitantes, Nonato e Nazaré; o casal Toninho e Ciléia, ele um dos irmãos que o Nonato tem aqui em BH, mais precisamente na casa da Dona Iraci; o casal Tupy e Marina; e o casal Lulu e Maria José acompanhado do filho Cláudio. (duplo clique nas
fotos para ampliá-las)


No dia 30 se despediram de Minas, mas logo voltarão.

16 comentários:

  1. In felizmente, não sou tão corajoso e disposto como Nonato e Nazaré para viagens, o que me deixa bem frustrado. A verdade maior, porém, é que cheguei a me arrepiar e emocionar ao ver foto do Lídio e do Edson. Uma constatação é gritante: como estamos mudados!!! Eu não os teria reconhecido, pois ainda guardo nitidamente sua fisionomias de 1958... e quanta saudade. Mas, de qualquer forma, fiquei muito contente e espero ansiosamente poder reencontrá-los e abraça-los... pessoalmente.
    Um abraço fraternal a todos vocês.
    JHS

    ResponderExcluir
  2. É sempre um prazer ter notícias do Grupo. Até Morretes. Abraço. Max

    ResponderExcluir
  3. Ufa! finalmente consegui postar um comentário!!!! kkkkkkk

    ResponderExcluir
  4. Um dos poucos seminaristas de nossa lista que nunca foi fotografado é o José Firmino Cardoso, pelo menos ainda não foi identificado nas fotos antigas. Quando da visita a Recreio, supõe-se que alguma foto dele tenha sido batida, mas até agora não nos foi enviada. Então, passo o bastão (ou pau de selfie, rsrsrs) aos presentes naquela cidade, Benone, Alberto Medina e Rafael, caso algum de vocês tenha essa foto, favor nola enviar para que possamos reeditar esta postagem e torná-la mais informativa.

    ResponderExcluir
  5. Boa lembrança Lulu ! Se bem me lembro, o Raimundo e o Rafael tiraram fotos na casa do Firmino. Será que estou enganado ?

    ResponderExcluir
  6. Raimundo Nonato da Costa14 de fevereiro de 2015 às 09:35

    Tantas vezes tenho ido a Minas Gerais, algumas vezes para rever a minha família mineira, outras, para ver meus amigos e o colégio em Campo Belo durante os encontros ou a passeio com a família, mas desta vez, este retorno a Minas Gerais tinha um objetivo e um significado especial: a Dona Iraci, a minha mãezinha Mineira, estava, no dia 21 de janeiro, completando 100 (cem) anos de idade. E eu tinha que ir lá dar o meu abraço filial àquele anjo abençoado por Deus que me suportou e muito me ajudou durante a minha adolescência e muito contribuiu para a minha formação e a quem eu amo muito.
    Além deste principal objetivo, com o tempo bastante disponível, aproveitei para contatar os meus colegas EASISTA de BH e de Juiz de Fora e, abusando destes, aproveitei para rever alguns colegas de seminário que, pelas suas informações de que não podiam ir aos encontros, eu julgava que não iria mais vê-los e por isso contando com o apoio dos amigos de Juiz de Fora, Rafael, Benone e Alberto Medina, fomos a Leopoldina ver o Lídio e a Recreio ver o Edison, e por lá visitamos o José Firmino outro ausente de nossos Encontros
    É inegável que as coisas acontecem na vida da gente e não achamos uma explicação ou um por que elas acontecem. Tenho vivido experiências inusitadas desde quando me entendi por gente até os dias de hoje e tenho a pretensão e ouso dizer que sou um sujeito abençoado porque sinto que vivo sempre entre pessoas que são anjos para me proporcionar sempre a bem querença e regalo na vida .
    E o comentário feito com bastante erudição feito pelo nosso grande escritor e redator de quem tenho o orgulho de ser seu amigo, o Luiz Alfenas, (o Lulu) retratou com bastante clareza e elegância a Viagem que eu a Neném fizemos por Minas Gerais, do dia 20 a 30 de Janeiro, a qual ele deu o título de '' Nonato e Nazaré retornam a Minas''.
    (continua no próximo comentário)

    ResponderExcluir
  7. Raimundo Nonato da Costa14 de fevereiro de 2015 às 09:39

    MINHA FAMÍLIA MINEIRA:

    Talvez alguém queira saber por que tenho uma família mineira se sou paraense, então vou lhes contar:
    Quando fui para o Seminário de Campo Belo, o Padre Martinho, que me levou para Minas, acertou logo com meus pais que eu não viria todos os anos passar férias em casa e que talvez eu só viesse a Belém de dois em dois anos, e que eu gozaria minhas férias em Belo Horizonte na casa de uma família e foi o que aconteceu. Ganhei uma família em BH, ganhei, porque as saudades que sentia dos meus pais e meus irmãos eram supridas. D. Iraci foi sempre uma verdadeira mãe para mim, com seu carinho, sua bondade, sua atenção, sua dedicação e preocupação, eu não sentia distinção, a mesma que era dispensada a seus filhos era dedicada a mim também. Sempre calma e carinhosa, nunca a vi aborrecida, mesmo quando eu aprontava junto com o Toninho. Ela tinha um jeito muito especial de nos chamar a atenção: se o tempo esfriava, se preocupava e fazia com que eu usasse um agasalho; se chovia, pedia para levarmos um guarda-chuva, se tivesse que sair á noite; quando não nos via lanchar, ia bater na porta do meu quarto para saber se eu já havia merendado, ela gostava que coméssemos algo antes de dormir. D. Iraci é o Anjo que ocupou o lugar da minha Mãe durante sete anos. O Sr. Cleto, seu esposo, homem sério de poucas palavras, muito trabalhador e muito católico (era vicentino), preocupava-se em ajudar os outros, era também muito atencioso para comigo. Eu o respeitava muito e gostava quando conversávamos. Seu Cleto não tinha o braço direito e usava uma prótese. Eu tinha muita curiosidade de saber como o perdera, pareceu-me que ele não gostava de falar muito sobre isso, mas certa vez me contou, muito rapidamente, que fora militar do Exercito e que quando fora designado para fazer parte da Força Expedicionária Brasileira, em um treinamento, sofreu um acidente, parece-me que com a explosão de uma granada. Ele também foi um pai para mim.
    As minhas irmãs, a Marilda e Marli, com fina educação, sempre muito gentis e atenciosas para comigo. A Marilda já estava casada com o Milton Guariento, mas moravam perto e sempre estavam conosco, ele sempre foi um cara altivo e, naquela época, firmava-se como um empresário de sucesso. Milton é hoje ainda um grande companheiro e de bom papo, eu o admiro muito.
    (continua no próximo comentário)

    ResponderExcluir
  8. Raimundo Nonato da Costa14 de fevereiro de 2015 às 09:40

    Meus irmãos: o Francisco, para nós o Chiquinho, era o mais velho dos homens e foi sempre um cara legal, embora pouca convivência tivesse comigo porque em 1958 ele estava deixando o CPOR, depois passou a trabalhar no Banco do Brasil e foi destacado para o interior, e só nos encontrávamos quando as férias dele coincidiam com as minhas e vinha para BH. O Roberto e o Antônio Carlos, a quem ainda chamo de Toninho, apesar de hoje ser quase duas vezes maior do que eu, ambos eram os meus parceiros mais próximos e ambos estudavam no Colégio Militar. O Roberto (o Betão) as vezes entrava nas nossas brincadeiras, era mais compenetrado e muito estudioso, muito disciplinado tinha horário para tudo, fixava na porta do quarto uma grade de horário e um aviso de NÃO PERTURBE, para se prevenir de nossa perturbação e se fechava para estudar, por isso era sempre o 1 de sua turma. No desfile militar de seu colégio, era sempre o porta-estandarte, local de destaque para os mais estudiosos. Eu, de vez em quando, transgredia e invadia o seu quarto de estudo e ia bagunçar com ele, muitas das vezes me punha para fora, mas outras vezes anuía ao papo, e eu gostava porque ele me ensinou muitas coisas, inclusive um método de estudar, estabelecendo tempo para cada matéria, o horário para os estudos, como fazer anotações do que fora entendido e resoluções de problemas de física e matemática e nisto o cara era bom, foi o meu exemplo de perfeccionismo, ensinou-me a ser ''Caxias''. O Toninho, esse era o meu irmão camarada, topava tudo, identificava-se muito comigo; lembro-me que no tempo dos bondes saíamos para passear, e o gostoso era apanhar e saltar do bonde andando. Gostávamos de ir ao parque municipal para remar nos barquinhos no lago, ficávamos sempre na gozação e a rir de tudo; também era meu colega de peladas, jogávamos pelada descalços na ladeira calçada de paralelepido da Rua Bauxita, naquela época ele já dava indício de que ia ser altão, porque vez por outra estava com o pezão e o ''dedão'' machucado, os paralelepípedos não resistiam em ver aquele dedão e tiravam uma casquinha. Este era o meu amigo de estripulias, motivo pelos quais às vezes D. Iraci nos chamava à razão. Saudades, quantas saudades, dos tempos que não voltam mais...
    (continua no próximo comentário)

    ResponderExcluir
  9. Raimundo Nonato da Costa14 de fevereiro de 2015 às 09:41

    MEUS AMIGOS EASISTA;

    Nesta viagem, a B H , também tive a oportunidade de encontrar alguns colegas da EASO, o nosso colega Luiz Alfenas, aproveitando a oportunidade de eu estar por BH, convidou vários colegas que moram lá, para um jantar, como já foi citado em seu artigo, só aparecendo os encontristas de BH mais assíduos. Nesta oportunidade, quero agradecer ao prezado e distinto Lulu e a sua distinta e digníssima esposa Maria José, que foram muito gentis, adoráveis e agradáveis companheiros, pessoas simples, atenciosas e de um grande coração, não mediram esforços para nos proporcionar, a mim a Naza, muitos momentos agradáveis e prazerosos, passeando conosco e nos levando em vários locais como descreveu; e, muito amavelmente, nos deixou no aeroporto na madrugada do dia 30 para regressarmos a Belém.
    Queremos agradecer também ao Tião Coelho e a Cibele, que gentilmente mandaram nos apanhar em BH, no dia 24 de Janeiro, para irmos almoçar em sua residência, em Sete Lagoas, e nos surpreenderam com as presenças dos nossos amigos Sete-Lagoanos que participaram do nosso último encontro em Belém, o Eduvaldo e Cristina, Everaldo e Ana Maria, João Bosco e Eliana e o Jorge, pessoas alegres e simpáticas. Ficamos muito felizes, muito obrigado mesmo.
    Não poderia também deixar de agradecer aos amigos de Juiz de Fora, em especial ao meu antigo companheiro e irmão José Rafael que atendeu o meu convite de irmos a Leopoldina e a Recreio para realizar o meu desejo de visitar o Lídio e o Edison, como também ao Benone, que caso o Rafael não pudesse nos levar ele já estava disposto a me atender e ao companheirão Alberto Medina que também nos acompanhou ajudando na realização do meu propósito e proporcionando-nos momentos mais agradáveis na nossa viagem. O Medina nos proporcionou um lauto jantar em sua residência, ocasião em que pudemos realizar mais um encontrinho. Que Deus abençoe a todos.

    (fim do bloco de comentários de Nonato)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nonato, não se i se mereço, mas agradeço suas palavras elogiosas. Seja sempre bem-vindo a Minas e ao nosso meio.

      Excluir
  10. Raimundão:
    Se nossos Encontros acontecem, nós os devemos, em grande parte, a você. Por isto, você não tem que agradecer, nós é que agradecemos, a você e a Naza, esta pessoa maravilhosa, sua companheira e nossa amiga. Estaremos sempre prontos para receber vocês aqui em Minas. Sejam, sempre, muito bem-vindos. Esperamos que vocês venham a Minas comemorar o aniversário de sua mãe, ainda muitas vezes.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nonato e Naza, mais uma vez,
      Saúde e Paz.
      Seu longo relato da visita a Minas revela seu amor por esta terra e pelas pessoas com as quais você conviveu.
      A devoção à sua família mineira procede. Conheci todos os seus membros e com eles passei bons, saudosos e agradáveis momentos. Portanto a sua gratidão a ela revela um faceta de sua vida: a Gratidão e a amizade imorredoura.
      Marina e eu lamentamos não termos estado aqui no início. Mas nossos amigos "Easistas" mais próximos, pudemos ver pelo relato além de gentis cumpriram bem o valor e a tradição mineira de bem acolher.
      Ainda bem que chegamos à tempo de nos abraçarmos e foi em um dia muito especial: aniversário de casamento deste ilustre casal. Agradecemos por podermos fazer parte do seu rol de amigos e privar da consideração e apreço que vocês têm por nós.
      abraços afetuosos - Até breve - por lá ou por cá.
      Tupy - Marina - 15/02- 2015 - 04;26min.

      Excluir
    2. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
  11. Caro irmão Raimundo Nonato:
    Ver a sua alegria ao reencontrar Lidio e Édison e tb. Jose Firmino, valeu por toda a viagem. Senti-me num nosso Encontro em Rcreio e em Leopoldina. Foi uma pena não termos encontrado o Jose Maria (Quadrado). Toda associação necessita de um Elo de ligação, alguém que exerça uma liderança dentro do grupo. Raimundo Nonato exerce este papel. Quando você, Raimundo, vem a J.Fora, ficamos mais do que felizes, nos integramos com sua presença. Tenha certeza irmão, você, neste retorno à Minas, fez muita gente feliz, além, é claro, de sua querida mãezinha. Volte sempre.

    ResponderExcluir
  12. Corrigenda: nosso grande Editor Lulu Alfenas, não erra nunca ! No máximo, no máximo, comete um pequenino engano. Abraços

    ResponderExcluir
  13. Comentário correto - perfeito
    Assino por baixo - Tupy - Sabará -18/02 - 17h58min.

    ResponderExcluir