domingo, 14 de dezembro de 2014

VI – EASO – BELÉM DO PARÁ RECORDANDO-REVIVENDO-REPORTANDO

Por Tupy e Marina


I-                  RECORDANDO

Campo Belo com vista do Colégio Dom Cabral ao fundo
(Clique para ampliar ou abra em link próprio)
Campo Belo - Santana do Jacaré – Minas Gerais.
Após uma exaustiva caminhada, eis que saímos de Campo Belo e nos dirigimos à Santana do Jacaré. “Já passamos por aqui muitas e muitas vezes”. “Que poeirão que era!” e assim ia o velho caminhão. “Tamo chegando?” “Nossa, que fazendão!” e, por aí foram as mais diversas exclamações. Grande e maravilhosa recepção. “Fiquem à vontade! A casa e todo o terreno é todo de vocês!”. Pronto! Lá se foi a cambada toda a correr, percorrer e aproveitar de tudo quanto a terra lhe proporcionava. Bons tempos. Grandes recordações! Até o Bessa foi lembrado. 
            Muito tempo se passou. O rio, apesar de sem muita água, é o mesmo e com o mesmo nome “Jacaré”. Jacaré, não vimos um sequer, mas as estórias de quem pegou alguns pelo rabo foi lembrada. “É mentira Terta?”. A rua é a mesma (corrijam-me, caso esteja errado), a casa passou por reformas, tal como aconteceu com a praça, que é a mesma, “os mesmo bancos, as mesmas flores, no mesmo jardim”; a vista do cemitério ficou até mais bonita. Do coreto da praça, vislumbramos a bela Igreja e de lá mesmo presenciamos e participamos das manifestações da cultura da terra. Tudo maravilhoso. 
            Então, o tão esperado “churrascão” à beira do Rio Jacaré. Papo vai, papo vem. Uma geladinha aqui, uma pinguinha acolá. Laranja à vontade. Tudo farto. Lembranças florindo, fotos para a posteridade. 
            Por fim, enquanto as mulheres e crianças conversavam ou “tiravam uma pestana”, os varões da família EASO reuniam-se para decidir onde e em que data seria realizado o VI Encontro. Algumas propostas foram apresentadas. Todas analisadas com muito carinho até chegar a uma unanimidade. Onde? Onde? BELÉM DO PARÁ. Quando? Quando? 19 a 26 de setembro de 2014.

PRONTO. ESTÁ RESOLVIDO – BELÉM DO PARÁ – 19-26 DE SETEMBRO

Belém do Pará em setembro de 2014
Uma vez que o local escolhido foi Belém do Pará, nada mais coerente que a programação ficasse aos cuidados dos paraenses. Os lá residentes: Nonato+Nazaré – Chicão+Dita. Os de lá, mas residentes em Minas: Tupy+Marina, e o casal Relações Públicas: Lua e Shirley. Tudo resolvido. Responsabilidades aceitas. Tudo sacramentado. A farra continuou até a hora da partida e despedida de cada e de todos com um ATÉ BREVE.
Marcos Rocha, foto de 15 de feve-
reiro de 2010. Local: Parque Ecoló-
gico  Vale Verde, Betim, MG
E assim, o Grupo indicado para coordenar o VI Encontro arregaçou as mangas (da camisa, é claro) e partiu para a “Cidade das Mangueiras” (mangueiras e mangas de verdade) para receber os ex-frequentadores da já extinta Escola Apostólica Santa Odília.
Lamentavelmente, neste intervalo de tempo, perdemos o muito querido “easista”,  MARCO ROCHA, o Marquinhos.






II-               VIVENDO / CHEGADA



18 de setembro – Aeroporto de Confins  – Tupy e Marina fazendo check-in. Eis que, de repente, na sala de embarque, surgem duas personalidades muito distintas. Edmundo e Maria vieram para ver e sentir o calor da terra: “Salve, ó terra de ricas florestas, fecundadas ao sol do Equador. Teu destino é viver entre festas, do progresso, da paz e do amor...” (trecho do Hino do Pará) e participar ativamente do VI Encontro. Foi o princípio. 
19 de setembro – chegada dos demais participantes.
            Parafraseando o “Peguei um Ita do Norte” todos podem cantarolar os versos abaixo.
            l-  “Vindo do Arizona, do Rio e Minas Gerais
            A turma toda chegou em Belém do Pará.
                        Ai, ai, ai, ó linda Belém do Pará (bis) 
            2- Já no aeroporto: Nonato e Nazaré
Marina e Tupy - Xicão e Dita também.
Dizendo: bem-vindos à nossa Belém.
3- Uma rajada de vento; chuva sem parar.
Assim foram recepcionados em Belém do Pará.

A chegada foi movimentada: “easistas” de todos os lados. Cada um querendo abraçar os antigos companheiros, esposas e filhos. Busca de bagagens. Forma de condução: táxi pra todo mundo.
EPA! Entrou gente nova no pedaço! Quem? Quem? OS SETELAGOANOS.

            Sejam bem-vindos, olé, olé!
            Sejam bem-vindos, olá, olá!
            Paz e bem pra vocês. Que vieram participar.

A chuva continuava, enfim todos para o hotel:
4- Maria e Edmundo, não ficaram pra trás.
Com muita, muita alegria, esperavam-nos no “Grão Pará.

Hotel’. “Grão Pará”. Digno nome para todos se hospedarem. Tudo reservado. “cada macaco pro seu galho

Mas, “nem só de pão vive o homem...” não é. Lá fomos nós! Destino? Basílica/Santuário de Nossa Senhora de Nazaré. No ônibus, já fomos ensaiando: “Vós sois o lírio mimoso, do mais suave perfume, que aos olhos do santo esposo, a castidade resume. Ó Virgem Mãe amorosa. Fonte de amor e de fé. Daí-nos a benção, ó bondosa, Senhora de Nazaré”.
Que maravilha! Que templo! Fomos agraciados com uma Celebração Eucarística. O celebrante foi simplesmente especial. Chegou até a nos saudar, dizendo que, mesmo que não tenhamos aceitado o sacerdócio, ali estavam verdadeiros cristãos, bons pais de família e propagadores do Plano de Deus em nossas vidas. Também deixou uma maravilhosa mensagem para as mulheres. Ai de nós homens se não fossem as mulheres, criadas por Deus, que a exemplo de Maria, são verdadeiras parceiras dos homens na construção deste mundo tão desumanizado. Ficamos maravilhados.
Coração pleno de fé e de santidade. Assim saímos da vetusta Basílica/Santuário de Nossa Senhora de Nazaré. Foi ou não foi? Se estiver errado, por favor, corrijam-me.
Todavia – Contudo – Mas – Porém – era possível ouvir o “roncar de alguns estômagos”, pedindo algo mais substancial, mais pesado para “tapar o buraco” e matar a sede. “É mentira Terta?”.
Lá fomos nós para um Buffet especialmente reservado para abrigar os romeiros-easistas.
Para variar uma chuvinha nos acompanhava. Quem se incomodou? Ninguém.
A equipe de recepção se esmerou. Cerveja gelada, água, sucos, caipirinha, humm... Humm!
Saudações daqui, palavras dali, todos acomodados. Coube ao Nonato e à Nazaré proceder a saudação oficial. Belas palavras. Muitos aplausos. Todos agradecidos.
Não houve concordância quanto a se referir ao local como apertado, acanhado. O calor da terra foi superado por bons condicionadores de ar. O calor humano foi superior. A alegria era contagiante.
Uma zoeira só. Todos queriam conversar e matar saudades.
Os petiscos servidos antes do fabuloso repasto foi ímpar.
O ambiente foi agraciado pelas mãos de um organista, pela poesia do Chicão, pela voz imponente do Edgard, pela maviosa voz da Dita e pelo coral dirigido por este relator.
Barriga cheia, cabeça liberada, “pé na estrada”. Todos para o Grão Pará ou para suas residências, como era o caso do Tupy-Marina. Chicão-Dita, Nonato-Nazaré. Afinal o dia seguinte seria longo e cheio de expectativas sobre o que iria acontecer. Boa noite, bons sonhos com um ou dois travesseiros e sem carapanã.
Ausências sentidas: Rafael, Benone, Lua, Liane.
è“Boa noite. Diga ao menos boa noite. Abra ao menos a janela, pois eu canto é pra você...”

É“Amanhã barco vai zarpar. A Sirituba vamos chegar. Se Deus quiser, ninguém vá vomitar.
 O balanço é pra aquecer. E meus amigos não esquecer (Minha jangada vai sair pro mar).


III-            SIRITUBA (20/09)

Só alegria
Nossa! Que marzão besta, sô! Que água mais esquisita! Nem verde nem vermelha!
Coitado do guia. Como explicar que estávamos na Baía de Guajará. Longe do Oceano Atlântico e que esta baía é fruto da junção de três grandes e imensos rios: Pará, Acará e Moju.
Viagem tranquila. Ninguém vomitou como alguém esperava dado ao balanço, pois “o mar estava sereno. Sereno estava o mar. O mar estava sereno, sereno estava o mar”.
A viagem continuava. Que maravilha! Um grupo cantava e outro dançava sob a letra do Carimbó, Sirimbó, Siriá:
“Dona Maria que dança essa que a gente dança só (bis). É carimbó. É carimbó....
“Vou ensinar Sinhá Tereza a dançar o meu Carimbó. Carimbó... é gostoso em Belém do Pará.
Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá. As aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá!”

Uma alegria só. Alguns até ensaiaram uns passos. A Liana fez par com este escriba. Imaginem.
Atrás destas matas, o Oceano 
Atlântico.
- Observem à esquerda (o guia chamou a atenção). Após vencidas todas as águas, tudo parece um continente compacto. Enganam-se. Ali são centenas e centenas de ilhas separadas por “igarapés”, que são as vias de acesso de uma para outra.
- Ohem só aquelas casas! São “palafitas”. (procurava ensinar o guia)
- Vejam aquelas palmeiras! São os açaizeiros. Fonte de energia, alimentação e renda para os habitantes dessas áreas. Aqui todos se alimentam do açaí, servido com farinha d’água e peixe.
- Lá naquele infinito se encontram as águas do Oceano Atlântico.
Ouvidos atentos. Muitas explicações. Nem o Seoldo conseguia registrar todas as informações. Por fim, chegamos à ilha de Sirituba. Desembarcamos. Maré alta. Uma passarela toda de madeira para conduzir os visitantes ao local indicado.
Comida boa e barata na Ilha de Sirituba
“Se esta ilha, se esta ilha fosse minha; eu mandava, eu mandava ladrilhar”, com pedrinhas, com pedrinhas lá de Minas, para a Cibele passar!”Por quê? Porque a distinta Sra. Setelagoana, por infelicidade “trupicou” e torceu o pé. Lamentável. Mas nem isso abalou seu ânimo alegre.
Fome. Tudo no fogão. Petiscos. Cerveja gelada. Açaí com farinha de tapioca, com ou sem açúcar. Barriga cheia. Sono. Preguiça. Enfrentar a volta assim foi um sacrifício para todos menos para Cibele e alguns privilegiados que ganharam uma carona até ao local onde se encontrava a embarcação que nos reconduziria à Belém. TARDE LIVRE.  E assim se passou o 2º dia. (fotos?)


IV-            SÍTIO ESPÍRITO SANTO (21/09)

            - Bom dia. Saudaram nossos anfitriões – Nonato e Nazaré – Esperamos que todos tenham
dormido bem e se refeito da maratona de ontem. Hoje nosso dia será bem longo e um pouco diferenciado (disseram).
Na frente da casa onde morou Bessa, no 18
Por uma questão sentimental, afetiva e saudosista (continuaram), antes da chegarmos ao “Sítio Espírito Santo”, vamos passar por Santa Maria do Guamá, até chegarmos à Vila São Jorge - KM l8 – município de Igarapé Açu, onde nasceu e foi criado nosso saudoso Antônio de Araújo Bessa. Bessa foi contemporâneo do Seoldo, do José Maria Carvalho, de alguns outros mais antigos e conterrâneo meu, do Tupy, do Max e do Raimundinho. Fez Seminário Menor em Campo Belo, na Escola Apostólica Santa Odília/Colégio Dom Cabral. Noviciado em Leopoldina; foi completar seus estudos em Filosofia e Teologia em Roma. Ordenado como primeiro Sacerdote brasileiro da Ordem da Santa Cruz – Padres Crúzios – nesta Vila que vamos visitar. Ali mesmo exerceu seu ministério sacerdotal até sua morte prematura (completaram).
Nesse momento até parecia que se ouvia este canto: Me chamastes para caminhar na vida contigo. Decidi para sempre seguir-te não voltar atrás. Me puseste uma Brasa no peito e uma flecha na alma. É difícil agora viver sem lembra-me de Ti. Te amarei, Senhor. Te amarei, Senhor. Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de Ti!
Tupy e José Geraldo dentro da Igreja do 18
Certamente, Bessa já encontrou a paz e a alegria bem perto de Deus e de lá do seu cantinho, ele estará vendo-nos, rezando por todos nós e junto a um coro celestial cantando (afinadamente, sem sua voz rouca e sem melodia): “Amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito. Assim falava a canção...”
Uma longa viagem! Mas, chegamos até lá. Povoado pequeno. Pouca gente na rua. A Igreja em obra, mas fechada. O mesmo se pode dizer da Casa Paroquial. A turma não se dispersou. Muitas fotos foram tiradas. Interessante: não vi o casal Chicão-Dita, onde estariam? Um pouco tempo depois, alguém trouxe a chave da Igreja e nós pudemos entrar, rezar e ouvir comentários.(fotos?)
MISSÃO CUMPRIDA  =====RUMO AO SÍTIO ESPÍRITO SANTO.

SÍTIO ESPÍRITO SANTO

Alô! É de Nova União? ... Manda mais 
Germana porque a turma daqui enxuga 
muito. Manda logo 18 garrafas em 
homenagem ao Bessa. 

Localizado no município de Santa Maria.
Propriedade do casal anfitrião Raimundo Nonato-Nazaré e seus familiares.
Os convivas estão chegando - Abra-se a porteira - Toquem o berrante – Cuidado com o pomar. Tomem conta da mesa.

OS EX-SEMINARISTAS ESTÃO ENTRANDO (com suas esposas, filhos, netos e aderentes)
(Isso é só uma sutileza do “escriba” para não deixar fugir da memória os velhos tempos das visitas à fazenda do avô do Santana, lá em Santana do Jacaré).

“Melou!”. O quê? O que aconteceu? Não é aqui?
Calma, gente. É aqui mesmo. O que ocorre é que o ônibus não pode passar devido à sua altura. Suspiros: “Ah! Bom. Um gaiato lá de trás grita: “Quem manda vocês não rezarem a oração do Espírito Santo!”. Um outro responde: “Ô palhaço! Desde que saímos rezamos sim. Você não ouviu o Tupy puxando a oração para nós?”
Educadamente, lá fomos nós caminhando para a sede da fazenda. Todos não. Alguém teve que ir de caminhonete. Quem foi? Quem foi?
Vamos cantar (letra de Bat Masterson)_:
 
Casa do Espírito Santo, onde a realidade suplantou
 o  sonho.
            “Lá em Belém ele nasceu./ Na Perebebui, no Marco, ele cresceu.
            Com os Crúzios conviveu. Logo em Campo Belo apareceu.
            Em toda estória falava:/
            De Belo Horizonte e sua Belém amada”.

”Eu sonhei com esta terra e um ranchinho à beira chão.
 Com belos arvoredos e muita água em profusão.
Quando chega a madrugada, lá arto a passarada principia um barulhão”.

Um sonho! Um sonho realizado. Graças a Deus. Parabéns pelo Sítio Espírito Santo
A Naza com sua contagiante alegria a todos recebia e junto com Marina, Chicão e Dita assim se expressavam:
è”Sejam bem-vindos, olê, lê. Sejam benvindos, olá, lá
Paz e bem pra vocês, que vieram participar.
Paz e bem pra vocês, que vieram nos alegrar!”.
Dá para imaginar a emoção, a alegria (e até mesmo a apreensão dos anfitriões) da Naza e do Nonato.
O resto todos já sabem. Correria das mulheres para chegar ao banheiro.
A mesa do café toda preparada: café - leite do próprio curral - queijo produzido no local – tapioca – sucos de sabores diversos, etc., etc...
A sede do sítio toda pintada de azul e branco. Seria por causa do Papão? Seria por causa do Cruzeiro? Nada disso. Foi uma homenagem, muito especial à sede da fazenda do saudoso avô do Santana (disse-nos, mais tarde o Nonato a este escriba).
Bexiga liberada. “Papinho lotado”. Explorar o terreno.
A admiração era plena. Curral, fábrica de queijo, criações de aves e, por aí vai!
Alguns mais saudosistas iniciaram um leve “bate-bola”, relembrando os velhos tempos
Os mais espertos não deixaram o igarapé  passar
 em vão.   
Maior descoberta: um bosque maravilhoso, muito verde. Água corrente. Uma piscina natural. Que maravilha da natureza e “ajeitada” pelas mãos do homem. Bendito seja Deus! A germana correu muito pouco. Teria sido à distância?
A água fria da piscina natural não tirou o gosto da cervejinha bem gelada distribuída no local. Camarão vermelhinho, salgadinho, hummm! E a caranguejada? Até quem não conhecia gostou e se lambuzou ao degustar esse molusco próprio da região. Conversa vai. Conversa vem. A fofoca foi geral. E o entusiasmo de todos maior ainda.
“O almoço está na mesa!”. Parecia que ninguém estava a fim desta refeição. Hummm! Foi só impressão. Ninguém resistiu aos pratos regionais, como ao tradicional “churrasquinho”. Barriga cheia, calor equatorial = sonolência. “Descanso merecido”. Rede para alguns.
Que pena! “Já chegou a hora de ir...”. Todos para casa, quer dizer para o Grão Pará. Noite livre. Muita gente aproveitou para conhecer a noite de Belém. Ficaram maravilhados. Para outros, melhor foi descansar, dormir e preparar-se para um passeio à Vila de Icoaraci. 


V-               ICOARACI (22/09)

O oleiro conta sua história de vida
enquanto mostra sua arte no trato 
da argila de Marajó. 
Em Icoaraci uma visita ao Centro de Produção de Cerâmica Marajoara, Tapajônica e Maracá.
Valeu! Foi visto como o oleiro, manualmente, usa as mãos e os pés para produzir sua obra de arte. Peças maravilhosas: grandes, pequenas, motivos diversos. Quem gostou e pode, comprou e levou. Os comentários foram os melhores possíveis. Almoço. Onde? Foi bom? Ficou caro? O Seoldo reclamou de quê? - Tarde livre. 




VI-            CITY TOUR CULTURAL – (23/09)


Até que enfim veio o tão esperado “City Tour”. Passeio pela cidade. Ficou muito a desejar, pois não se parava para ver e conhecer quase nada. Muito corrido. Assim, após esse passeio, cada um buscou local para almoçar. Tarde livre. 

VII-      VISITA À ILHA DO MOSQUEIRO – (24/09)  

O Paraíso fez-se praia no Mosqueiro
Como sempre saída atrasada – 60 minutos de “onibusada”.
Mosqueiro? Não é mosqueteiro. Nem um punhado de moscas voando por sobre um prato com restos de comida. Trata-se de uma forma de assar (ou cozer) peixe colocado sobre folha de bananeira e levado ao fogo em brasas sobre uma grelha feita de uma madeira muito resistente ao fogo. É o “moquém”, depois “mosquem” e mais tarde “mosqueio” e finalmente “mosqueiro”. Gostaram? Se não ficaram satisfeitos, favor pesquisar no “gooogleee”. Técnica muito utilizada para conservar alimentos já defumados (carnes, peixes, perecíveis devido ao calor).
Bem, Mosqueiro é uma ilha, situada às margens do Rio Pará. Viagem longa. Passagem obrigatória pela Avenida Almirante Barroso, seguiu pela BR 316 e PA 391. No trajeto pode-se ver um prédio arquitetônico muito bonito, antes se chamava Instituto “Lauro Sodré”, ali o pai do Tupy, um homem quase analfabeto, porém artista nato, ministrava aulas de desenho, pintura, desenho artístico e escultura.
Por todo o tapete rodoviário, tanto à esquerda como à direita, via-se muito, mas muito mesmo, culturas imensas de açaí, carnaúba e dendê, imensos coqueirais e criação de gado leiteiro e de corte.
De repente surge uma longa ponte. É a que liga Belém à ilha do Mosqueiro: Ponte “Sebastião R. de Oliveira”, situada sobre o “Furo das Marinas”. Maravilha da natureza: Mosqueiro situada em frente à Baía de Guajará. Finalmente chegamos a um local turístico chamado “Paraíso”. O dia estava maravilhoso.
A maré estava “cheia”, batendo até nas beiradas do alicerce do restaurante. Visão bonita. Como sempre “estômago roncando" de fome. Uma bebidinha. Vários tipos de peixada. Uns gostaram, outros não. Uns se aventuraram em chegar ao “mar”, mas foram muito poucos. Marina, Tupy, Judith e uns outros (?). acredito que nem todos ficaram muito satisfeitos com o passeio dado às circunstâncias do tempo, do atendimento e do... preço elevado. Vamos pra casa, quer dizer, para o “Grão Pará”. Amanhã: DIA LIVRE.VII-      


    DIA LIVRE (25/09) – PRAIAS DE OUTEIROS“Vamos a La praia...”? 

Vamôôô! Mas como faremos pra chegar lá?
Na Praia Grande do Outeiro 
Chicão foi no seu carro. Arranjou uma van para os que se propuseram a ir. Uma van que, normalmente “acondiciona” doze a treze, ao dizer do motorista dava para acondicionar até 20. Credo! Não sabemos quantos foram, mas foram assim mesmo, e o pior é que a já citada van nem ar condicionado tinha. Chegaram, sãos e salvos, os que nesse veículo foram.
Tupy, Marina, Zé Geraldo, Alberto e..........  foram de ônibus da linha, desceram no ponto e depois caminharam a pé (não sem tomar uma gelada no caminho e saborear um bom frango assado na brasa) até chegar à praia onde todos já estavam aproveitando dessa maravilha da natureza. Frango assado, peixe frito, camarão, cerveja, pinga (cachaça), sol maravilhoso, água morna da praia, o cenário foi completo.
Marina e Tupy se retiraram mais cedo, pois foram preparar o arroz doce para o Seoldo e para a Judith. Uma passagem na “casa de verão” do Chicão e da Dita encerrou o passeio aos que foram. Os que não foram perderam uma bela, saudável e já saudosa passagem por Outeiros (pequena elevação do terreno – colina – lombada). Tarde livre e preparação elegante para o “Jantar de Despedida”.

VIII-       JANTAR DE DESPEDIDA

O jantar em alto estilo: requinte e qualidade da 
comida.
Não de despedida. Outrossim, de “até logo!”. Aos poucos fomos chegando. De táxi, de ônibus, de carro próprio. Chegando aonde? No local do jantar. Sim, mas aonde?
Na mansão ou, como disseram alguns, “na fortaleza” dos anfitriões: Nonato e Nazaré.
Como sempre a hospitalidade foi a tônica. Família reunida. Isso foi muito bonito.
O local foi estrategicamente preparado. Mesas e cadeiras ao ar livre. Bebidas à vontade, podia-se escolher. Couvert sensacional. Música ambiente. Importante: “sejam todos muito bem-vindos. Sintam-se à vontade. A casa é nossa, de vocês também. Voltem sempre”, foram as palavras do Nonato e da Nazaré. “Foi quebrado o gelo”. O burburinho tomou conta do local. Vieram os discursos. Elogios e agradecimentos aos anfitriões foram rasgados.
Os amigos setelagoanos sentiram-se muito à vontade e, como se fossem velhos amigos, logo entraram no clima. Foram tão gentis e agradecidos que ofertaram lembranças aos casais Nonato e Nazaré, Chicão e Dita, e a Tupy e Marina. Encerraram dizendo que, “se deixarem, não perderão nenhum de nossos Encontros”. Obrigado pessoal. Estejam sempre conosco. Alguém trupicou de novo. Quem foi? Nossa, mais uma vez! Nós é que bebemos e ela que fica tonta.
Nonato e Nazaré,  anfitriões muito elogiados
Gente, a música continuava. Alguns dos nossos, mais uma vez se aventuraram a colocar o gogó pra fora. Todavia, o som mais esperado, servindo como aviso foi: “O jantar está na mesa!”. O Mestre Cuca foi o mesmo do coquetel de abertura e do almoço no sítio Espírito Santo”. Mesa maravilhosa. Pratos frios e quentes. Sabores regionais. Indescritível. Nada seria melhor e mais saboroso. Parabéns.
E AGORA JOSÉ! A festa acabou? Faltou alguma coisa? Porque os homens (easistas) foram chamados para um cantinho? Calma pessoal! É a hora da decisão. Onde será o VII Encontro? Imaginem. Bebida (... desce pra barriga, depois sobre pra cabeça.) – Comida na barriga – Estômago lotado. Tem jeito de discutir com calma uma questão dessa?
Nonato, Lulu e Rafael, decisão por maioria na falta de 
consenso. 
Ânimos exaltados. Todos querendo palpitar. Sabedoria e Discernimento para quem conduziu a reunião. Parabéns Rafael e Lulu. Por fim, após calorosa discussão, mesmo sem a aprovação total, foi escolhido o sul do país.  Argumentos contrários: a) ainda não se formou o ciclo de locais onde os Crúzios se fizeram presentes, faltam Juiz de Fora e Leopoldina e em decorrência, Astolfo Dutra-Miracema e Rio de Janeiro; b) não formamos uma associação ou agência de turismo; c) não temos em outros locais a serem indicados pessoas, como foram Nonato+Nazaré – Chicão+Dita – Tupy+Marina, para se responsabilizarem pela total realização do evento; d) os custos serão muito altos.
Resposta: Pra que sobrecarregar casais como estes e como os outros dos encontros anteriores? Formar uma comissão específica para o VII Encontro e planejar com a devida antecedência. Posição definitiva? Foi. 50%+01, não recordo se assim foi, ou se foi por aclamação simples. O assunto ainda poderá ser discutido? “alea jacta est!”. Nem por isso a sobremesa deixou de ser gostosa, pois, além de gostosa, era muito variada e com sabores bem tropicais. 

“Tudo que é bom dura pouco!”. Está chegando a hora de ir...
O VI Encontro chegou ao seu final.
Nesta noite mesmo ou de madrugada alguns já partem para suas casas. Na manhã seguinte, partem os demais. Ficaram apenas os encontristas locais.
Abraços efusivos. Choros. Agradecimentos. Despedidas. Uma prece final.
“Quem parte leva saudades de alguém....” (cantaram os easistas)
Nós que ficamos, agradecemos. Pedimos desculpas por algumas falhas e cantamos para vocês:
Quem vem a Belém do Pará, desde a hora em que está, não se esquece de cá, quer voltar. Lembrar o açaí e o tacacá, que saudades que dá de Belém do Pará. Orar na Matriz de Belém. Conversar com alguém, como é bom recordar. Jesus em Belém foi nascer. Eu quisera morrer; em Belém do Pará”.
OBRIGADO, GENTE.
BOA VIAGEM A TODOS.
VOLTEM SEMPRE
ATÉ O VII ENCONTRO (SEJA ONDE FOR).

Amigos e amigas encontristas. Companheiros de caminhada
Saúde e Paz para todos.
Custamos a nos manifestar sobre nosso VI Encontro.
Que bom que muitos já se pronunciaram!
Buscamos, em nossa já frágil memória, relatar cada passo deste nosso VI Encontro.
Propositalmente, preferimos não mencionar muitos nomes e algumas passagens ficaram despercebidas. Perdoem-nos. Podem completar com fotos e outros comentários mais.

ABRAÇOS A TODOS – SABARÁ – DEZEMBRO DE 2014 - Tupy e Marina.



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

ENTREVISTA COM EDGARD MIRANDA ALFENAS

Parte 1 
Entrevistador: Seoldo


  
                      
 
O entrevistador ver contexto
1 Seoldo: Edgard, a editoria do blog dos Encontros dos Easistas o escolheu para ser o próximo entrevistado. Todos sabem da situação atual de sua saúde. Você optou pela luta... Nada de entrega. Testemunhamos isso. Então, gostaríamos de ter conhecimento de sua biografia, desde bebezinho/moleque até o atual senhor de terceira idade, barbudinho e fogoso, com esta voz estridente, ao interpretar "Cancione Per Te" e "La Malagueña", que muito nos encanta.

Edgard: Fico muito feliz em ter sido escolhido para ser entrevistado por você, o membro internacional do nosso Encontro. Além de um baita amigo, é uma pessoa sincera e joga limpo. Você e a Judite sempre nos emocionaram. A Cátia e eu nos tornamos grandes amigos de vocês, e o grande fator que permitiu esta aproximação foi a sinceridade que está constantemente desenhada em seus rostos.
Edgard rodeado de amigos, á direita
 o casal Judith e Geraldo Seoldo, à
 esquerda,  Maria José e Cátia.
Cátia e Bianca, foto dos

anos 1980
No que diz respeito à minha saúde, decidi por não deixar nada velado, pois a verdade não tem medo da luz. Claro que não seria necessária tanta divulgação, mas o interessante é que isto só me veio acrescentar inúmeros benefícios, ao receber ajuda das pessoas que amo. Omitirei nomes, com receio de esquecer alguém, pois isto seria um desastre. É o caso dos parentes em Senhora de Oliveira, que se desvelaram em todos os sentidos, desde o tratamento médico alopático, até o alternativo, natural, chás etc. Destacando o campeão, o chá de pariri, esse é o nome popular. Sucumbir jamais, nem mesmo eu sabia da coragem que permanecia, até então, adormecida, esperando para ser desafiada. Hoje, a Cátia e ela são minhas companheiras diletas, sem mencionar a grande fé em Deus. Neste caso, o medo seria um enorme contraditório.

Fazenda da Vargem, onde Edgard 
nasceu e viveu até 1954
Quanto à minha trajetória de vida, desde bebezinho, conforme sua indagação, não há muita coisa a contar: uma criança pobre, nascida numa modesta casa da roça, onde a dificuldade convivia conosco.
Edgard, no canto superior à esquer-
da, no tempo em que mal conhecia
 a luz elétrica
Éramos oito irmãos: sete pessoas maravilhosas e eu, que era o caçula. Infelizmente, os dois primeiros já faleceram. Conheci luz elétrica somente aos sete anos de idade. Rádio, nem pensar, nossa casa era iluminada com lamparina, aquela que deixa o nariz preto de fumaça e a casa cheia de monóxido de carbono! 







Depois que mudamos para a “cidade”, onde havia na época dois mil habitantes, nossa vida teve um progresso considerável.Tínhamos energia elétrica, privada com descarga, etc. Um fato curioso: minha irmã mais velha puxou a corda da descarga e tomou o maior susto; nunca vira antes aquele aguaceiro. Meu irmão, ao se deparar com aquele interruptor de parede que ficava pendurado, 
Cadeira de engraxate
penso que nem existe mais, ficou por mais de dez minutos, ligando e desligando a lâmpada. Sua admiração nos contagiava, afinal tudo era novidade para nós. Éramos roceiros com R maiúsculo, embora filhos do prefeito da cidade. Meu irmão, Lulu, e eu trabalhamos de engraxate, mas a caixa não era nossa. Havia uma espécie de concessão ou parceria, de maneira que tínhamos de dividir o lucro com o patrão, o dono da caixa.
Rosado, o segundo burro que prestou
 serviços para a prefeitura, mas
 não o último.
Nossos pais eram agricultores. Mais tarde, meu pai ingressou na carreira política, porém sem nenhuma remuneração. O caminhão da prefeitura era uma carroça puxada por um burro chamado Penacho. Como o desenvolvimento não para, anos depois no segundo mandato, ele adquiriu mais uma carroça e outro burro, agora já com mudanças significativas, o nome do burro não era Penacho, mas sim Rosado. Deixando de lado nosso jeito matuto de viver, diga-se de passagem, éramos felizes e não sabíamos.

Edgard. camisa vermelha, e Lulu, camisa branca,  anos 1970
Seguindo em frente com a resposta: aos sete anos me matriculei na escola, idade certa daquele tempo, Lulu já estava bem mais adiantado, portanto nunca tive a satisfação de ser seu colega de sala na escola primária. Aliás, tal não aconteceu em nenhuma escola, a não ser na escola da vida, onde aprendi  muito com seus ensinamentos. Logo ele foi para o Seminário, deixando-me com muita saudade. . Assim que terminei o primário, tratei logo de agir. Quando vi o Padre Marino recrutando crianças por aquelas bandas com o nobre objetivo de levá-las para estudar no Seminário, eu mesmo tomei a iniciativa de falar a minha mãe que queria ir para lá, tão somente para ficar perto do Lulu. Porém aquela direção espiritual do Padre Humberto pouco a pouco me foi envolvendo, no bom sentido, é claro. Cheguei a pensar que queria ser padre a qualquer custo, em caráter irrevogável. Este desejo, na verdade, durou muito pouco, pois a vida, como sempre, apresenta surpresas e mais surpresas.
Lulu resolveu deixar o Seminário e até me avisou antes, porém fiquei numa enrascada terrível: se iria ficar, mesmo sem o Lulu, ou se sairia também. Nós sempre fomos inseparáveis, como vocês podem perceber até hoje. Eu jamais abriria mão dessa amizade literalmente fraterna. E, agora, não falo somente da amizade dele, mas também a da Maria José e a de seus filhos, como a de todos os meus irmãos com seus filhos, pois devoto a todos um especial afeto.

Fui amadurecendo a ideia por alguns meses e acabei por decidir pela saída. Não que o Lulu tenha me influenciado de alguma forma; muito pelo contrário, ele até queria que eu ficasse. Enfim decidi sair.
Edgard em
1962, EASO
ver contexto 


A partir daí, começaram as erratas da vida, acho que desenhei andorinha e saiu morcego... Fui para o Rio de Janeiro morar com minha irmã mais velha, que era como se fosse nossa mãe, para continuar o ginásio.  Porém meu pai, sem mais nem menos, numa das férias em que fui a Senhora de Oliveira, segurou-me por lá querendo que eu completasse o curso  ginasial lá. Mesmo ainda novo, compreendi meu pai. Ele era o fundador do ginásio, quando prefeito, pois antes não havia.
Edgard Alfenas, o pai, e 
Rita Henriques de Miran-
da, a mãe. Foto de 1960
Só que eu não queria ficar lá, insisti muito com ele, com muito respeito, até conseguir voltar para o Rio. Parece que meu pai pensava que, no Rio, eu andava em más companhias. Na cabeça de pai é natural este tipo de preocupação, apesar de na  maioria das vezes estarem enganados. É prova disso que o pai do outro pensa da mesma forma. Neste desencanto atribulado, fiquei envolvido em muitas idas e vindas, o que quase acabou por completo a minha vontade de estudar. A idade não esperava, seguia em frente e com velocidade. Neste interregno fui morar em Belo Horizonte, parei de estudar, trabalhei em uma empresa de transporte - a TRANSFARMA. Fiquei lá durante um ano ou dois. Interessante, esta é uma das coisas de que tenho poucas recordações.


"Fui trabalhar num escri-
tório de contabilidade".
Diante dessas circunstâncias fiquei um bom tempo sem estudar. Se não me falha a memória, até por volta do ano de 1965, pois foi quando saí para trabalhar. Não era minha vontade parar de estudar, difícil seria provar isso. Parecia que o universo conspirava contra mim. Pessoas, até de fora da família, costumavam dizer: “ele não quer estudar”.

Então, fui trabalhar num escritório de contabilidade, nestas alturas já no Rio, mas o emprego não durou muito. Circulei por diversos empregos e por algumas vezes cheguei a voltar para Belo Horizonte. Ah! Isso eu já disse. Acabei por ir tentar trabalho em São Paulo, como vendedor de livros, isso foi entre1969 e 1970. Em um mês vendi  apenas uma coleção, que foi devolvida pelo cliente 15 dias depois. Enfim, rodei muito.  Esta peregrinação durou até 1971, quando voltei para Senhora de Oliveira e por lá acabei me casando. Abri uma farmácia, com a qual só fiquei três anos, até 1974, quando passei a loja para outro. Foi nesta farmácia que o nosso amigo Alfredo apareceu como vendedor e quando ele se identificou: sou Alfredo, o bom de bola do Seminário. Num impulso involuntário olhei seus pés para ver o sapato que ele usava no Seminário, quase dez centímetros maior que seus pés. Piada velha, não é?, depois de doze anos. Mas foi verdade.  A esta altura o Alfredo sabia que a farmácia era de alguém que fora seminarista em Campo Belo. Adivinhar não vale.

Advogado por vocação e esforço
Daí, eu fui morar, de novo, em São João de Meriti, cidade da Baixada Fluminense onde estou até hoje. Continuei casado até 1980, quando por razões diversas me separei. A partir daí, sofri bastante em relação a querer estudar, fui trabalhar, agora não mais em escritório de contabilidade, mas numa empresa que mudava sempre os horários de trabalho. Às vezes, em pleno ano letivo, eu começava estudar à noite, meu horário de trabalho mudava também para a noite e vice-versa, atrapalhando-me a frequência ao colégio. Podia até ser coincidência, mas parecia que algo conspirava para que eu não estudasse. Lutei contra tudo e contra todos, no sentido figurado, é claro, e encarava essas atribulações com naturalidade, a mesma com que hoje encaro  a minha doença, o que talvez não seja tão simples. Diante desta situação determinei: não comunicaria mais quando estivesse estudando, e não é que a estratégia deu certo?... Pouco a pouco consegui trilhar um bom trecho do caminho. Faço parte de uma empresa séria e extremamente solidária em todos os sentidos.
Em 2012, foi candidato a vice-prefeito e por isso sua presença
no Encontro de nova união se fez pela foto na traseira de um

jeep. Na foto, amigos easistas desejando-lhe boa sorte nas elei-

ções. 
Em 1988, ingressei na política e, além de ser um dos fundadores do Partido Social Cristão (PSC) em São João de Meriti, fui candidato a vereador, sendo o mais votado do partido, porém não consegui ser eleito, pois não fizemos legenda. Como outros políticos brasileiros, resolvi mudar de partido, indo para o Partido Liberal (PL) e novamente me candidatando a vereador. Desta vez (1992), pensava que seria eleito, pois o PL já havia conseguido eleger dois vereadores. Outra vez tive votação expressiva, mas de novo não obtivemos a terrível legenda. Em suma: não consegui eleger-me em nenhuma das duas vezes em que fui candidato em São João de Meriti.  Então, resolvi fazer uma mudança maior, em 2012 fui me candidatar a vice-prefeito na cidade de Senhora de Oliveira,  desta vez pelo Partido Progressista (PP). Fui apresentado como candidato pelo presidente do partido, seria condição sine qua non. Para ele continuar no partido, aceitei a candidatura, pois tratava-se de um amigo  confiabilíssimo. O que se sucedeu é de pasmar a qualquer um: este presidente me deixou à deriva e as más línguas diziam até que ele iria votar no candidato adversário, que era, inclusive, adversário dele mesmo. Durma-se com um barulho deste! Isto me fez ver, também com resignação, que a política não é o meu forte.  O pior foi: perdemos a eleição com diferença de 1,5%. Depois disso, desisti de vez. E ainda continuo amigo do presidente do PP, apesar de contrariar muita gente.

Nadja e Nara, filhas
"Em 1982 encontrei o grande
amor de minha vida, a Cátia".
Em 1982, encontrei o grande amor da minha vida, a Cátia, que manda um grande abraço para você, a Judite e seus filhos, que ainda não conhecemos e esperamos fazê-lo brevemente. Temos uma família linda, embora pesarosos por ter perdido o nosso filho Marco Aurélio,
Marco Aurélio, uma
grande perda
restando-nos o prazer de curtir os netos e as cinco filhas, apesar de todas já terem suas vidas independentes. Os netos são: o Chicão, que antes era Chiquinho, hoje com 18 anos e 1,82 m de altura; o Caleb, com dois aninhos
Tatiane, filha
apenas. Ah!  O primeiro casamento que mencionei acima foi com a Maria Stela, com quem tenho lindas filhas, sou amigo dela até hoje e a respeito imensamente. Hoje ela reside na casa da minha primeira filha, onde é bem tratada e bem cuidada. O Chicão é filho desta minha filha. Um lembrete: as três filhas que menciono já estão inseridas no contexto onde disse cinco filhas, ou melhor, três do primeiro casamento e duas do segundo.
Núbia, filha
Francisco Cardoso, neto
Voltando à vaca fria, consegui terminar o segundo grau, depois de muita batalha e muito suor, já com certa idade. Já casado com a Cátia, que muito me incentivou, consegui me formar em Direito e fui advogado até o mês de julho do corrente ano. Fui nomeado para o cargo de Delegado de Prerrogativa da 19ª Subseção do Estado do Rio de Janeiro, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no período de 1º de junho de 2004 a 31 de dezembro de 2006. Também fui membro do Conselho do Meio Ambiente de 2007 a 2009 e participei do II Simpósio sobre Modificações e Consequências no Novo Código Civil, no período de 11 a 14 de março de 2003.
Caleb, neto, e Bianca, filha.
Escrevi dois livros. Um sobre Direito: "Contrato de Adesão"; outro de contos: "Reflexos do que vi", ambos publicados pela Editora Veloso. Como ficcionista participei também da Antologia Veloso de 2011, com o conto A casa do Xaquearão. Na Antologia Veloso de 2012, em companhia de vários autores brasileiros, publiquei "Cantiga Inacabada", tudo pela mesma editora, sob a coordenação de Eliosmar Veloso. Pretendo escrever outro, cujo título, tenho em mente: "O Romance e o Câncer".

Por hora, sou um gira-mundo, sem rumo, sempre em companhia da Cátia, é claro, pois ela é meu anjo da guarda. Quando Deus quiser me chamar, estarei à disposição.

A questão do barbudinho com voz estridente cantando no jantar oferecido pelo Comandante Nonato, em Belém, fica por conta do seu julgamento, sou consciente: não sou cantor, nem de longe. Esta expressão “fogoso” tem vários sentidos, pelo menos aqui no Brasil, cada um tem sua visão. Agora: como suas perguntas são um tanto quanto extensivas, as respostas são consequência delas e eu gosto assim, porém, só quem gosta muito de ler é que terá paciência em apreciá-las.
2.  Seoldo: Com a carga vivencial nas suas costas até agora, adquirindo experiências, conhecimentos, relacionamentos, visões... Como você descreve o mundo atual que vai se desabrochando como deve ao redor de você e diante de seus olhos?
 Edgard: Eu diria que em minhas costas nunca existiu grande carga vivencial, apesar de ter exercido advocacia etc. No meu trabalho, por exemplo, o nível cognitivo nunca foi exigência primordial. Não que deveria ser assim, mas não era da minha alçada. Nunca trabalhamos com nenhum intercâmbio ou coisa do gênero. As transformações do mercado também não me diziam respeito. Afinal, como todos sabem, sou sócio minoritário de uma empresa, no ramo frigorífico. É claro e notório que ocorrem constantes transformações no mundo do trabalho, porém atualmente não passo de um simples analisador de contratos e de um viajante sem rumo.
Em relação aos familiares, num passo, às vezes frenéticos, por se tratar de juventude, não me abstenho de citar o pensador Carl Gustav Jung: “Tenciono agora fazer o jogo da vida, ser receptivo a tudo que me chegar, bom e mau, sol e sombra alternando-se eternamente; e, desta forma, aceitar também minha própria natureza, com seus aspectos positivos e negativos...”. Porém, faço o jogo da vida com resignação, e só me tem chegado o bom, com seus aspectos positivos.
 
"Tenciono... aceitar também minha própria natureza, 
com seus aspectos positivos e negativos"
A ciência não é um complicador. Pelo contrário, ela tem por objetivo fazer descobertas, assim se tornando vulnerável a fatores culturais, sociais e econômicos. Lembre-se da lamparina, da descarga da privada e do interruptor de parede. Dela se espera a resposta, sempre correndo atrás do porquê das coisas, dos fenômenos que ocorrem, etc. Não me agrada muito a linguagem diferente daquela do dia a dia, porém necessário se faz cultivá-la. O conhecimento científico vai muito além de uma visão que se apoia em experiência comprovada ou em coisa vivida, separando-nos em mundos diferentes.
Na minha concepção, sempre afirmo que o homem é perverso por natureza. Justamente aí que o famigerado capitalismo, mesmo com seus altos e baixos, é infelizmente considerado como o melhor sistema econômico para a sociedade como um todo. Esse capitalismo, de certa forma, é o grande vilão, o grande protagonista, gerador de miséria e violência no mundo todo. Uns enriquecendo em detrimento de outros, ou seja, uns se dando bem, outros se dando mal. Homem explorando homem, prevalecendo-se sobre a miséria do outro. Nunca tive dúvidas de que o mundo é mau e não tem a menor piedade.

3.  Seoldo: Voltando para a época do menino Edgard, seminarista da EASO... Conte algumas coisas que lhe marcaram ou mesmo ajudaram sua caminhada.

 Edgard: Na verdade, tudo no Seminário, apesar do pouco tempo em que lá fiquei, ajudou-me demais. Aprendi a disciplina que mal ou bem pratico até hoje, o respeito às pessoas e o mais importante, ser honesto em relação à vida. Lembre-se de que, quando cometíamos uma falta jogando futebol, a gente mesmo tinha que se acusar. Onde se vê isso fora de um ambiente igual àquele? E inúmeros outros fatores me ajudaram e muito em minha caminhada pela vida afora.

4.  Seoldo: Você e a Cátia caminharam bastante a pé em Belém, às vezes, em direção à Basílica de Nazaré. Como você explica e descreve sua religiosidade atual?

"Sou católico apostólico romano".  Na foto, em frente ao altar
da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, Belém do Pará
Edgard: Quanto à caminhada que a Cátia e eu fazíamos em direção à Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, nem sempre era para ir à casa de Deus, mas em muitas delas íamos assistir à Santa Missa. Penso que respondi tudo, mas a minha religiosidade é simples, sou católico apostólico romano. Existem autores afirmando que a religiosidade difere da religião e propõem uma maneira de viver também diferente. Em sua maneira de entender, são dispensáveis inclusive os vários instrumentos usados na liturgia católica, como as oficinas de orações, os folhetos nas missas, os livros doutrinários etc. Para eles, não dependemos de religião para percorrer o caminho do amor, da caridade, da piedade, etc. Porém discordo inteiramente deles, pois precisamos de fé com raízes profundas para não morrer de sede e ter sempre alimento espiritual  para nossas almas, através daquilo que está escrito, daquilo que praticamos em comunidade. Também não concordo muito com o sincretismo religioso, para não misturar a fé católica com algo que não entendemos. Isto me assusta, pois são crenças incongruentes.
Neste momento estou ouvindo, na TV Aparecida, a consagração a Nossa Senhora. É ouvindo mesmo, porque estou voltado para o computador para responder suas embaraçosas perguntas. Porém, gostei muito desta.

5.  Seoldo: Sua corajosa revelação no ônibus sobre seu problema pessoal de saúde abriu muitas portas... Fique à vontade em descrever sua atitude, sobretudo a decisão de não se entregar.
 
"Uma decisão velada emerge e a gente a revela".
Edgard: Entregar é palavra fora do meu vocabulário em se tratando de questões como  essa. Não considero que minha revelação foi corajosa, é algo que a gente só sabe quando o fato acontece; uma decisão velada emerge e a gente a revela. Não sei se é todo mundo assim, creio que não. Quanto às portas se abrirem para mim, foi muito mais do que eu esperava, tanto com meus familiares até com pessoas antes estranhas e hoje conhecidas; a solidariedade tem sido incomensurável.






Parte 2 
Entrevistador: Siovani

Siovani:  seu conto aguçou-me a curiosidade; se não infringir direitos autorais, poderia ser publicado no blog? Ou onde encontrar o livro?

Capa do livro Reflexos Do Que Vi
Edgard: peço desculpas, pois fui ao jantar na intenção de falar sobre o livro e só não o levei, por um único motivo. Li suas indagações quando já estava em Belo Horizonte, entretanto, abordamos outros assuntos, diga-se de passagem, bem agradáveis, o que fez cair o tema do livro no esquecimento.
Vou lhe mandar o livro com maior prazer, mas não vá pensando que seja grande coisa. É um livrinho modesto, falo quase tão somente de Senhora de Oliveira, talvez por bairrismo ou por falta de criatividade. Não domino esta qualidade que você esbanja. Trata-se de um livro de quem ainda é um aprendiz apesar dos 66 anos, publicado numa editora cuja modéstia é sem comentários. Entretanto, não quero transferir a culpa se algo não saiu bem, acredite.  Por outro lado, presentear um escritor de seu quilate com um livro é algo muito sério, mas o farei com carinho. Vale citar Luiz Fernando Veríssimo: "Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é aquela que não tem medo do ridículo".

Siovani: em certo encontro você disse que gostava da comida do Seminário. Por talvez ter sido a única vez em que ouvi tal afirmação, gostaria de que falasse sobre isso, tal como naquela conversa.

Mexido à mineira
Edgard: gostar da comida do Seminário pode ter sido atribuído ao fato de a comida da minha casa ser talvez inferior, o que possivelmente não aconteceu com você, suponho. Naquele tempo o rango lá em casa era bem fraquinho. Penso que o mesmo não aconteceu com o Lulu, pois ele saiu bem mais cedo de casa. Diziam que a sopa do Seminário era quase água pura e o interessante é assim que gosto até hoje, talvez pela força do hábito. Agora neste nosso bate-papo penso também que pode ser uma questão de época. Você foi para o Seminário anos depois de eu ter saído. Baseado no comentário do Padre Agostinho no primeiro encontro, pode ser que a comida sofreu perda em sua qualidade, na ocasião em que você permaneceu lá. Ele disse que atravessaram uma fase crítica. Embora gosto seja uma questão subjetiva: “De gustibus  non est disputandum”. Este provérbio medieval foi o Lulu quem me ensinou. Se estiver incorreto, é com ele. Trata-se de briga de branco.

Lembre-se do primeiro encontro quando, na apresentação, eu disse: “O Seminário de Campo Belo foi um dos lugares em que eu fui mais feliz em toda minha vida”.  

Siovani: sei pelas nossas conversas que o assunto não é tabu: morrer pode ser uma chance de fazermos algo inusitado na vida, algo que nunca antes pôde ter sido experimentado, principalmente para os que sabem sobre a outra vida, como o mestre Jung sabia, jamais por crença. Fale-nos um pouco sobre o que o aguarda.

Edgard: devo salientar que ousei citar, com todo respeito, o mestre Carl Gustav Jung, de forma circunstancial, mas dentro do contexto que o relato mereceu. Naquela fase da minha vida que se transformava, penso que prevalecerá a ideia dentro do ponto de vista da aceitação.
Abordar a morte jamais será tabu, pelo menos para mim. A meu ver, é apenas uma passagem. Quero dar uma pincelada, no que diz respeito ao mestre Jung, com sutileza e com muito respeito. Friso apenas fatos pertinentes à pergunta como, por exemplo, da experiência da quase morte descrita no livro Memórias sonhos e reflexões, no capítulo intitulado Visões.  A abordagem pode impressionar, sim, por ser numa época bem diferente da nossa. Em 1944, o Dr. Jung fala com riquezas de detalhes de suas experiências como, por exemplo, quando se viu flutuando fora do corpo e estando a 1.500 km de altura. Pessoas que vivenciam algo próximo da morte se referem nada mais, nada menos que a experiência de transcender o mundo físico e normalmente isso causa mudanças diversas, principalmente espirituais. A discussão é muito mais abrangente. Alguns clínicos andam preocupados com esta situação, pois são conhecimentos adquiridos não pela via normal de percepção.
Enfim, a maioria destas experiências de quase morte é relatada por pessoas normais e sérias. São verdadeiras, por  isso não modifica minha convicção, pelo contrário, reforça-a.
O que me aguarda pode se afirmar com a verdade impregnada em mim desde o ventre de minha mãe:  DEUS = SANTÍSSIMA TRINDADE, MARIA, MÃE/FILHA, e todos os santos, parentes, amigos e conhecidos... Imploro a DEUS,incansavelmente, que todos tenhamos este privilégio. E teremos! Quanto à beleza é inimaginável.
Quando JESUS disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, Ele não cometia um discurso vazio. Esta é a chance de conhecer algo completamente afastado das normas gerais, algo nunca vivido nem visto antes. Não se trata de crença, porém da verdade que inadmite o contraditório. Vinda de DEUS.  Ela é única. Somos todos pecadores. Mas filhos de DEUS. Ai de nós, não fosse a sua infinita misericórdia. Daí se explica o fato de não ter medo da morte.
Na minha jornada tenho a certeza de que DEUS está presente. Embora tenha uma longa estrada pela frente. Devo melhorar e muito minha vida cotidiana em todos os aspectos. A palavra tem poder de colocar-nos dentro de um contexto, zelo pela salvação da minha vida, porém não confio em mim mesmo, mas sim em DEUS. Pensem o que melhor lhes aprouver, sou valorizado por ELE mais que mereço. Sei que sou um pecador. Vivo num contexto de doação com limites, tento privar o outro de ser contrariado, mas nem sempre o consigo. O outro necessita às vezes de um pouco de aborrecimento...  Não me aventuro a viver uma existência que não é a minha. Sei que estou salvo em JESUS.  Procuro fazer tudo para agradar ao SENHOR em todas as áreas da vida. Vivo em constante exercício de conversão, porque somos cruéis e pecadores.  O mundo é mau, porém nem todos os homens o são.
Sei que estou, como todos, entre a vida e a morte, a salvação a gente escolhe hoje, agora! Sinto-me um privilegiado.
Agradeço a Deus por ter me colocado de novo no caminho regrado, de onde nunca deveria ter saído. Neste sentido, a canção do Padre Zezinho se encaixa como uma luva, ao dizer: “Embora eu me afastasse e andasse desligado, Meu coração cansado resolveu voltar! Eu não me acostumei nas terras onde andei”.
Só para ilustrar: “Ó Pai, Senhor do céu e da terra! Louvo a ti, pois ocultaste estas verdades dos sábios e cultos e as revelaste aos pequeninos” (Lucas 10-21). 

Tenho grandes amigos espíritas, são pessoas despidas de vaidade que me fascinam. São defensores da caridade, enfim praticantes do bem etc. Fui presenteado por um amigo, comum, entre nós, com o livro: O livro dos espíritos(Allan Kardec). Aproveito o ensejo para agradecer-lhe. Há divergência ao dizer: Jesus é apenas um dos muitos filhos de Deus, ou, um espírito iluminado como muitos outros. Para mim Jesus é filho de DEUS sim, mas, é DEUS. Aliás, se o mistério, Santíssima Trindade, fosse simples, não seria mistério. Contudo, adoro ler sobre o espiritismo. Não se trata de sincretismo religioso, não pratico nenhuma outra religião, senão o catolicismo.

O trecho acima parece ter-se desviado do objetivo, mas não: aproveitei meu próprio gancho para agradecer ao amigo pelo livro. Ao mesmo tempo falar da significativa ajuda do Dr. Jung, mesmo sendo filho de pastor protestante, com o objetivo de difundir fenômenos mediúnicos, filho de Emilie, filha também de pastor, mas aberta a questões do gênero, enfim... Não devo me aprofundar, além de não entender o suficiente, seria fugir do foco. Abriríamos um leque interminável.  Tornar-nos-íamos cansativos aos leitores, ficando cada vez mais minguados. Como vem acontecendo.

Evidências bíblicas
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz"  (Isaías 9-6).
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mateus 1-23).
"Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros" (Êxodo 3-14).
"Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU" (João 8-58).
"Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que EU SOU, morrereis nos vossos pecados" (João 8-24).

Não sei se respondi a contento, mas o fiz com carinho e cautela, para não pisar em falso. Um forte abraço a todos os easistas espalhados por este mundo a fora. Deus abençoe a todos e os guarde hoje e sempre, que o Espírito Santo não se afaste de nós e, sobretudo, cumpra sua vontade sobre nossas vidas. Isso é para o mundo inteiro. Perdoe-me se não consegui alcançar todos os objetivos das perguntas.