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sábado, 15 de janeiro de 2011

Osvaldo Cruz (Ipsis litteris)

  O REPÓRTER CRÚZIO _________________________________________________________________________________
Escola Apostólica Santa Odília. Campo Belo,
Minas Gerais
Ano I              Agosto de 1958                                                                  No. 4­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­OSVALDO CRUZ
Antes de começar a contar o que nos fêz este grande homem, quero primeiro narrar alguns fatos que se deram antes. Em 1808 chegou a família real ao Brasil e todos os portos foram abertos. Mas um grande flagelo veio para o Brasil: a febre amarela. Desde então nenhum navio se aproximava mais do Brasil e todos passavam de largo.
Em 1872 nasce em São Luiz de Paraitinga, em São Paulo, Osvaldo Cruz. Recebeu, com dezenove anos, o diploma de Medicina, mas, sendo obrigado a continuar mais anos no instituto, não gostou, porque gostava de estudar a microbiologia. Então, fundou para se um laboratório, mas não se desenvolvendo aí os seus conhecimentos, tomou um transatlântico e partiu para Paris, o centro da ciência e se instalou no instituto Pasteur. Pouco tempo depois voltou e começou a trabalhar em São Paulo.
Tendo a febre atacado demais no Brasil, as autoridades pediram um cientista ao Instituto Pasteur. Então, mandaram um. Mas este, chegando aqui, viu Osvaldo Cruz entre todos que o esperavam, e, conhecendo-o, disse que poderia voltar, pois Osvaldo era um grande cientista. As autoridades fundaram o instituto e o entregaram a Osvaldo Cruz.
Pouco a pouco a ciência foi-se desenvolvendo e os trabalhos e soros do laboratório ficaram afamados. Era preciso combater a febre, porque muitos morriam e nenhum estrangeiro vinha ao Rio e dizia-se que ir lá era um suicídio. Então, o Presidente Rodrigues Alves contratou Osvaldo Cruz para o grande trabalho, pois sabia ele que a doença vinha de um mosquito chamado fasciatus.
Osvaldo prometeu que em três anos a febre sairia do Rio, se lhe dessem o de que necessitava. Para começar, Osvaldo mandou aos homens da saúde Pública matar esses mosquitos. Mas muita gente despeitada não queria êsses homens em sua casa, para matar os mosquitos. Também era obrigado vacinar contra a varíola, mas alguns invejosos disseram que os médicos não sabiam vacinar e até matavam e traziam doenças a muitos. Por isso, invadiram o Palácio do Catete para depor Rodrigues Alves, que estava apoiando Osvaldo. Mas aas forças fiéis ao Presidente conseguiram dominar os revoltosos e, com isso pôde Osvaldo continuar seus trabalhos, com grandes resultados.
Depois de muito trabalhar, a média dos que morriam no Rio era a seguinte:
Em 1902 houve 984 óbitos por febre amarela. Em 1903 registraram-se 584, em 1904 apenas 48; em 1906: 39 e em 1908 sòmente 4. Nos anos seguintes nenhum caso se deu de febre amarela.
Vê-se assim que Osvaldo cumpriu sua promessa.
Depois de acabada a febre no Rio, foi chamado a todos os estados que tinham essa moléstia e acabou com ela em todos.
Osvaldo não foi honrado somente no Brasil, mas em toda a América. Morreu no dia 11 de fevereiro de 1917 e todo o Brasil cobriu-se de luto pelo seu grande benfeitor, e o Instituo em que trabalhou, hoje chamado Osvaldo Cruz, é um dos melhores do Brasil.
                                                                                                                                                      Antônio de Ázara Maia
                                                                                                                                            1ª. 1a série.