segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Entrevista com José Nicodemo Costa


Revisão: Siovani



Apresentação: Lulu

José Nicodemo Costa 
Esta apresentação, como muitas, escrita após à entrevista concluída, considera a predileção do entrevistado e os seus valores cristãos, que muitas vezes o levam a ver qualidades noutros que de fato são suas.
Um homem que valoriza tanto a humildade já decerto a tem como virtude e é bem provável que a cultive com esmero. Assim vejo o nosso entrevistado, José Nicodemo Costa, que não se ocupa das vantagens e prazeres que lhe podem trazer a ostentação e a vaidade.Mesmo conhecendo-o de pouco convívio, apenas dos encontros da EASO, confesso que pude observar de perto seu comportamento quando esteve em Senhora de Oliveira durante o VIII Encontro da EASO, e dele formar um juízo positivo. A humildade, que ele tanto aprecia nos outros, nele emerge natural e soma-se a outros atributos que moldam o caráter. O mundo carece do que nele sobeja. Neste sentido, testemunhei um comportamento que mostra o quanto este nosso colega preza a amizade: uma boa parte dos ex-seminaristas deve conhecer e lembrar-se da estória triste de José Cezário, que, por recomendação médica, teve que sair da EASO. Este bom seminarista fora acometido, ainda menino, de uma doença com um prognóstico desfavorável à cura. Como uma exceção à regra, não foi incentivado a ficar em casa nem saiu por vontade própria, seu desligamento se deu por recomendação dos padres que seguiam, por sua vez, a dos médicos. Quis o bom senso dos Crúzios e o destino que fosse ele consolado, na aproximação da derradeira viagem, pelo caloroso amor de mãe e pelo olhar afetuoso de sua família. Foi para casa morrer no conforto do lar, e o previsto se consumou. Nicodemo conhecia esses fatos e, ao saber que a mãe do José Cezário ainda vivia, quis conhecê-la, e pediu-me para acompanhá-lo à casa dela. Sendo aquela senhora minha madrinha, tive muito prazer em levá-lo a essa homenagem póstuma àquele cujos parentes mostraram-se agradavelmente surpreendidos com a inesperada presença do amigo de outrora. Infelizmente a visitada, já em idade quase centenária, não mais podia entender a grandeza do gesto daquele senhor grisalho que ali fora pela memória de um menino que conhecera há mais de cinquenta anos.
É comum ver-se pessoas cheias de atitudes nobres, mas poucas são as que vão além disso, ou seja, que conseguem transformar as boas intenções em comportamentos e gestos de grandeza, seres que mudam o mundo com ações e não apenas com palavras.
Nosso entrevistado é determinado à ação, como se pode colher de suas respostas nesta entrevista. Não é desses em que a bonomia religiosa costuma anular aquelas qualidades que tornam a pessoa competitiva e útil nas atividades laicas. Ao contrário, sua vida é pé no chão. Foi gerente e vendedor de sucesso. De perto nós o vimos agindo na coordenação do X Encontro da EASO, tarefa que realizou com discrição e objetividade. Mas, de longe, o mais importante de sua vida está na construção de uma família bem estruturada. Através de sua luta há de deixar o seu legado para as novas gerações.

A entrevista

Lulu: inicialmente solicito ao Nicodemo que faça um resumo de sua vida. Esse material será a base para nos orientar quanto às perguntas mais pertinentes.

Nicodemo - 
Vamos começar.


Meu nome completo: José Nicodemo Costa.
A partir da direita: Luciano, caçula; Alessandra; Nicodemo;
Julieta, a esposa; Fernanda, sobrinha.
Sou natural de Cristais, MG.
Nicodemo no festival do chopp
em 1973, Campo Belo - MG
Nasci em uma fazenda em 22/07/1949.
Sou o mais velho de 4 irmãos, hoje, apenas 2. Fiquei órfão aos 7 anos; meu pai faleceu com apenas 33 anos em 1956.
Vivi na roça até os meus oito anos; frequentei escola de roça por um ano. Aos oito anos fui para Cristais para estudar, onde fiz o primário. Durante esse período estudava e vendia frutas e verduras, além de cuidar de uma ceva de engorda de porcos, que meu tio tinha em Cristais, e, nos finais de semana, engraxava sapatos na rua.
Em 1963 vim para o Seminário, onde fiquei por dois anos, mas continuei estudando no saudoso Ginásio Dom Cabral, hoje Colégio Dom Cabral, onde fiquei até a 3ª série. Esse período foi terrível, pois além dos estudos, também vivia na boemia.

Em 1974 eu me casei; temos dois filhos, a mais velha é farmacêutica, e o caçula formou-se em educação física, mas não exerce a profissão, agora  está fazendo Agrimensura e vai se formar em 2019, se DEUS quiser.

O mais, vamos deixar para as respostas das perguntas.


*
Pergunta 1:

Quando estudante participando da Charanga do Colégio
Dom Cabral, Campo Belo - MG

Lulu - Como as dificuldades de sua infância, órfão tão novo, e o pouco tempo de seminário contribuíram na formação de seu caráter?

Nicodemo - Graças a DEUS, eu tive uma Mãe que, apesar de ter ficado viúva com apenas 28 anos, soube nos dar uma boa educação; e no seminário, depois no GINÁSIO DOM CABRAL, foi onde aprendi a vencer as barreiras da vida.
Tudo o que aprendi e o que sou, agradeço aos Padres Crúzios, inclusive minha formação religiosa.





**

Pergunta 2:

Fundos da capela de Cristais, onde Nicodemo
foi coroinha.
Lulu - Por que você entrou e por que saiu do seminário?

Nicodemo - Na época eu era coroinha do saudoso Padre Celso Pinheiro e estava sempre participando das festas religiosas, com isso foi-me despertado o desejo de ir para o seminário, onde passei o melhor tempo da minha vida, apesar das dificuldades.
Saí por ignorância do Padre Humberto. Eu tinha ido fazer uma visita para a minha avó, que morava na fazenda; isso foi em um final de semana e foi justamente naquele final de semana que o padre foi a Cristais. Na semana seguinte eu recebi uma carta dele dispensando-me.

Lulu - Na resposta acima ficou a seguinte dúvida: por que o padre Humberto o expulsou?Você foi para a casa da sua avó sem ter autorização?Como isso era possível, se ele, o Padre Humberto, era o diretor?

Nicodemo - Mas era período de férias!

Lulu - Nas férias você não podia sair da zona urbana de Cristais? Afinal o que dizia a carta?

Nicodemo - Dizia que nos finais de semana eu deveria estar na cidade e participar das missas, e que eu não tinha vocação.

***

Pergunta 3

Lulu - Quais são suas melhores recordações daquele tempo?

Nicodemo -  São várias: as aulas de declamação; a sala de recreio; as peladas; as viagens para as cidades vizinhas e as cachoeiras.

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[13/12 05:01] Luiz Alfenas: Seoldo enviou por Skype algumas perguntas para você
:
[13/12 05:01] Luiz Alfenas: 12/12 8:33 PM (Horário de Arizona, EUA)  Geraldo H Seoldo - 


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Pergunta 4: 


A partir da esquerda: Nicodemo (pela metade), Rafael 
e Tião Rocha.

Seoldo - Oi, Nicodemo! Não foi no mesmo tempo, mas ambos, você e eu, passamos pela Escola Apostólica Santa Odília... Também eu fui um simples menino da roça sem muitos recursos... Gostaria de que você desse mais detalhes do tempo em que viveu no Seminário: Você queria ser padre mesmo? Quais seus melhores colegas? Gostava do regime e da comida? Qual seu esporte preferido?

Nicodemo - Sim, eu queria, tanto é que, até hoje, às vezes eu me questiono porque eu não procurei outro seminário logo que saí da EASO. Mas eu queria ser Crúzio, devido ao carisma deles.
Com relação aos amigos daquele tempo, para mim não tinha nenhum melhor que o outro, eu me dava bem com todos. Hoje, porém, eu tiro o meu chapéu para um que não sei se foi do seu tempo, esse eu tenho o prazer de escrever o nome dele com letras maiúsculas, sem desmerecer os demais, LUIZ ALFENAS (LULU), esse cara é de uma humildade e uma simplicidade sem igual. Para ele eu tiro o chapéu.
Regime do Seminário: Era muito rígido, mas foi muito bom para nós, você não concorda? Eu sou muito grato aos Padres Crúzios pelo que sou hoje.
Meu esporte preferido: eu sempre gostei de pescaria, mas tem muito tempo que não pesco, meus amigos de pescaria já morreram todos.
 
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Pergunta 5:

Seoldo
Mais detalhes, depois que saiu do Ginásio Dom Cabral na 3ª série: 
a) foi direto trabalhar em que e onde...
b)como encontrou sua esposa...
c) como conseguiu a educação dos filhos...
d) como vê a situação atual de Cristais, de Minas, do Brasil, e, sobretudo, da Igreja Católica?

Nicodemos -


a) Você perguntou se eu fui direto trabalhar: não, quando eu saí do seminário fui morar na casa de minha prima, e só no ano seguinte foi que viemos definitivamente para Campo Belo. Eu comecei em uma seção de peças durante as férias. Em 1967 fui trabalhar com um meu primo que tinha um bar, estudava de manhã e à tarde ia para o bar. Nesse bar, comecei a beber, parei de estudar, todo serviço que arrumava eu não gostava. Trabalhava durante o dia e à noite ia para a boemia, eu detestava ficar atrás de uma mesa ou balcão; essa vida continuou até 1972, nesse ano eu estava trabalhando no escritório de um laticínio, foi quando conheci um senhor que fazia a manutenção das máquinas;um dia ele me chamou e perguntou-me se eu queria trabalhar de vendedor para ele, aceitei na hora, era uma firma representante das máquinas e calculadoras Olivetti, foi a primeira porta a se abrir para mim, depois fui para  uma firma de montagem comercial, onde fiquei por cinco anos. Fui gerente de filial de uma transportadora por oito anos e, por fim, voltei para as vendas, onde fiquei até me aposentar.


b
O casamento feito pelo Padre
Arthur.
) Como encontrei minha esposa: Foi através de uma minha prima.
Quando eu ia trabalhar, sempre me encontrava com ela vindo do colégio. Um dia, conversando com minha prima, comentei com ela, pois as duas estudavam no mesmo colégio e eram da mesma sala.
Um belo dia, eu estava em casa quando chegaram as duas, e fomos apresentados um ao outro, aí tudo começou. Dia 21 de dezembro de 2018 vamos fazer 44 anos de casados.


Julieta e Nicodemo: casamento em 1974
c) Como conseguimos educar nossos filhos:

Olha Seoldo, foi uma luta. Eu viajava e minha esposa lecionava. Minha filha fazia faculdade em Três Corações e, em uma consulta médica, foi descoberta uma infecção nos intestinos; esta infecção chama-se Crohn, não é grave, mas não tem cura, só controle.
Na época ela fazia uso de um medicamento cujo nome é PENTASO, que custava quase R$500,00 a caixa com 28 comprimidos,suficientes para 7 dias.
Meu filho formou-se na UNIPAC e agora está fazendo Agrimensura à distância, com aulas presenciais três vezes por mês.
Esta foi a minha vida com altos e baixos, mas venci graças ao nosso bom DEUS.


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Pergunta 6

Seoldo - " Sempre haverá gente melhor e pior que você.... gente mais e menos importante que você....  Você é filho do universo.... Você tem o direito de estar aqui e agora.... " 
Poderia fazer um comentário sobre isto? Boa Sorte e Felizes Festas!!!!


Nicodemo - Não, não há ninguém mais importante ou menos importante, como diz aquele velho ditado popular: cada macaco no seu galho. Para mim somos iguais, indiferente à cor, raça, credo e classe social.
Completando esta resposta:
Para os amantes da música caipira, já deve ter ouvido uma música que tem como título O Doutor e o Caipira, se ainda não ouviu, procura ouvir.



Goiano e Paranaense.

Letra:
Eu dou motivo pra me chamar de caipira
Mas continuo lhe tratando de senhor
Eu não me zango, pois não disse uma mentira
Pelo contrário isso até me dá valor
Sua infância foi lições de faculdade
Na realidade hoje é grande doutor
Não tive estudos minha escola foi trabalho
Desbravando meu sertão no interior

Foi importante eu ter feito esta viagem
Pois conheci esta frondosa capital
Estou surpreso vendo tanta aparelhagem
Para o senhor tudo isto é normal
Sou um paciente que o destino lhe oferece
Não me conhece como um profissional
Lá onde eu moro o senhor se sentiria
Como eu me sinto aqui nesse hospital

Lá eu domino aquele incêndio alastrado
Que sempre um raio deixa fogo no espigão
Se der um golpe em um jatobá erado
Eu sei o lado que a árvore cai no chão
Sou especialista em mata-burros e porteiras
Sei a madeira que se usa pro mourão
Vamos comigo ver meu mundo ao céu aberto
Onde o trabalho também é uma operação

Todas as vezes que me chamam de caipira
É um carinho que recebo de alguém
É uma prova que a pessoa me admira
E nem calcula o prazer que a gente tem
Doutor agora nós já somos bons amigos
Vamos comigo conhecer o meu além
Para dizer que sou caipira da cidade
Mas lá no mato eu sou um doutor também


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Pergunta 7
Irmã Eufronésia (85)

Eustáquio - Fale um pouco sobre seu trabalho na pastoral vocacional em Campo Belo.

NicodemoSobre a pastoral vocacional:
Tudo começou em 1996, quando  minha esposa e eu fizemos E.C.C.Durante as reuniões para os encontros, foi despertando-me o desejo de participar de  algum movimento ou pastoral.Reunimos cinco casais e fundamos a pastoral familiar, que funcionou dois anos, mais ou menos. Depois, uns saíram e outros morreram, foi até acabar.  Fiquei novamente pensando no que fazer.
Conversei com o padre Donizete, que era o pároco, isso em 1997. Foi aí que tudo engrenou, eu e a Irmã Eufronésia fomos para Oliveira fazer um curso, começamos com cinco agentes. Promovemos palestras nas escolas, várias reuniões, indo atrás de jovens que manifestassem interesse, e a encontros de jovens vocacionados de fora de Campo Belo.Desses encontros, hoje temos quatro padres: Padre Tiago, da paróquia Nossa Senhora do Carmo; Padre Sebastião Israel, capelão da Vila Vicentina e Padre Robson, de Cristais, e, ainda, Frei Agnaldo, um franciscano que trabalha em São Paulo.
A Irmã Eufronésia trabalhou aqui no antigo Colégio São José, onde foi professora por vários anos. Trabalhou muito para que fosse fundada a paróquia de São Sebastião. Hoje ela mora e trabalha em Belo Horizonte, no bairro Taquaril.
Continuamos à procura de novos vocacionados,fazendo reuniões, rezando pelas vocações e agora vamos rezar o terço vocacional todo dia 5 de cada mês.
Por favor, reze pelas vocações sacerdotais e religiosas. Obrigado.


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Pergunta 8:   

´
Reunião de 2008, em Campo Belo, com Ázara, Nonato,
Nicodemo, Ni e Rafael. 

Nonato - Depois de tantos anos que se passaram daquele convívio no seminário, começamos (alguns ex-seminaristas) a nos encontrarmos. Você acha que tem valido a pena, mudou ou influencia alguma coisa na vida dos que têm participado dos nossos encontros?

NicodemoSim, vale muito ver no rosto de cada um a alegria estampada, lembrar as histórias daquele tempo; pena que é uma só vez por ano.
Cada vez que nos reunimos, eu, particularmente, tiro proveito de alguma coisa.
Você se recorda dessa nossa reunião? (vide foto ao lado)


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Pergunta 9

Padre Humberto (primeiro assentado à direita); Padre 
Marino (primeiro assentado à esquerda); Padre Lucas (com
a cruz colorida)
Nonato - Ainda no seminário, qual padre você acha que melhor nos servia como exemplo para a vida religiosa? 

Nicodemo - Eu penso que cada um tinha as suas qualidades, eu vou enumerar 3:
1 - Pe. Humberto, como catequista;
2 - Pe. Marino, amigo e conselheiro;
3- Pe. Lucas, pela espiritualidade.


Um pequeno comentário:


Na comemoração dos 60 anos de ordenação do Padre Lucas, o bispo, naquela ocasião era Dom Francisco Barroso, em sua homilia falou que se quisesse encontrar com o Padre Lucas no colégio Dom Cabral, era só ir à capela, que lá estaria ele fazendo suas orações.


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Pergunta 10

Lulu -  Nicodemo, que perguntas você mesmo faria para o cidadão Nicodemo, e como as responderia? Fique à vontade e mostre a que veio.

Nicodemo: Lulu, esta foi muito boa.


As perguntas seriam estas:

a) Você já foi humilhado ou discriminado?


b) Você se sente inferior a outras pessoas?


E estas seriam as respostas:     


a) Sim! Algumas vezes por não ter um curso superior ou por não ter uma situação financeira boa.


b) Não! Não existe ninguém melhor que o outro, somos todos iguais, filhos de um mesmo pai, DEUS.



quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Relatório do X Encontro

Campo Belo ao amanhecer, em 7 de setembro de 2018
Siovani.

Quinta-feira, 06 de setembro de 2018.

Nosso encontro começou ainda em Belo Horizonte quando recebemos o Walter (Lua), meu colega da turma de 1964, seu filho Otávio e o amigo deste, Daniel, para iniciarmos nossa viagem a Campo Belo. As apreensões sobre entraves na estrada logo se confirmaram com o trânsito quase parado em Contagem, mas, desviando pela Via Expressa, retomamos nossa viagem sem maiores empecilhos para chegar ao Convento ao cair da noite, onde muitos dos encontristas já nos esperavam para os primeiros abraços.

Durante a viagem recebemos pelo WhatsApp a patética notícia que o candidato à presidência, o deputado Bolsonaro, havia sido atacado com uma faca, porém, sem mais detalhes, até achamos que poderia ser apenas mais um “fake news”; infelizmente, as ameaças de uma conturbada eleição foram confirmadas quando em Campo Belo soubemos da veracidade do atentado. Triste país, onde a vingança e a violência têm sido utilizadas como argumentos em uma eleição. Enquanto dirigia, lembrava minha última partida de Campo Belo, em novembro de 1966: como eu havia cumprido os pontos necessários para ser aprovado, fui liberado das provas finais; o Eustáquio tinha que ir a Belo Horizonte para votar, parece-me que no dia 15, e os padres resolveram que eu poderia ir mais cedo para casa, aproveitando o Eustáquio para acompanhar-me até Belo Horizonte. Opa! ou fui eu a companhia que ele necessitava para passar incólume pelas barreiras que havia nas estradas? Havia um congresso de estudantes programado para acontecer, e os suspeitos de para ele se dirigirem eram simplesmente retirados dos ônibus. Foi nesse clima de apreensão que fizemos a viagem, pois o Eustáquio corria risco de não poder passar. Parece-me que fui um bom escudo para ele. Eram tempos conturbados, as arbitrariedades aconteciam a qualquer momento, atingindo a qualquer um cuja face não o protegesse; as minhas lembranças se recusam a serem varridas para baixo dos tapetes da indiferença. E foi nesse clima que dei meu adeus ao colégio onde permanecera por três anos, pois não tinha mais a intenção de retornar.

Mas mesmo temendo por tempos vindouros de muitas preocupações, apague-se da memória tudo que corre pelos jornais, afaste os ouvidos da TV e entregue-se voluntariamente ao ambiente de paz que o Convento nos oferece junto a tantos amigos que, pelo menos ali, esquecem tais ardores e dissabores para entregarem-se à mais pura amizade. E no pátio do Colégio
A fanfarra continua brilhando
Dom Cabral a fanfarra já estava perfilando-se para nos oferecer uma acolhida prazerosa, enquanto nos entregávamos à dura tarefa de saborear os deliciosos pratos que nos foram oferecidos como boas-vindas pelos padres, acompanhados por um chope de qualidade, sucos e refrigerantes, e conversas interrompidas por um ano.

Foi um grande prazer ouvir o Pe. Tiago, que o Tupy nos permitiu a companhia levando-o ao encontro, discorrer livremente sobre os nomes completos dos padres que o Olímpio queria lembrar, sentindo-me um tanto frustrado pelos meus tropeços na questão de lembrança de nomes, pois quando os procuro, argh! eles somem, e nada disso acontecia com ele, tinha-os pronto sem titubear.

E a fanfarra do Colégio continua a brilhar como nos tempos do Pe. Cornélio: novamente a memória nos invade a fazê-lo desfilar cheio de garbo à frente dos seus alunos em momentos esperados por todos na cidade. O Pe. Wilson tocou num ponto sensível ao perguntar-nos se também nós, seminaristas, participávamos da fanfarra, e a decepção que sentíamos na época por isto não nos ser permitido ainda aflorou. Uma estreita comunicação com os alunos externos não era bem vista pelos antigos padres.

Mas a noite só trouxe festa: fanfarra, comidas, bebidas, conversas, abraços e uma boa noite de descanso para retirar a tensão que as estradas sempre causam.






Sexta-feira. A algazarra das maritacas e dos pássaros acordaram-nos bem cedo, e para esperar o horário do café nada melhor que um filme leve, cheio das caretas e das espertezas de Totò, o grande ator italiano precursor dos nossos trapalhões, arejando o espírito para colocar-me sempre mais longe das angústias que ameaçam nossas vidas.

Fim do filme, Totò não muda, ladrão ou policial é sempre o herói terno da malandragem à italiana, semelhante à nossa, e lá se vai novamente um pensamento sobre este povo ingênuo que se deixa levar por quase nada. Apague-se. Vamos ao café.

Bons dias para todos e para nós. Mesa boa, mesa farta de bolos deliciosos. Queijo e pão de queijo da melhor tradição mineira. Frutas e sucos.  Uma comunhão de boa vontade que os padres nos oferecem, e quando as bocas têm um intervalo de descanso, conversas; ninguém tem pressa de deixar as mesas descansarem, e assim os regimes se despedem sem remorso.

A manhã era livre, poderíamos ir ver o desfile cívico na praça da Matriz, onde o José Geraldo reservava aos seus amigos um lugar de destaque, mas muitos resolveram perambular por ali mesmo nas dependências do
Convento, aproveitando mais da companhia dos amigos debaixo de uma boa sombra.

Para o almoço foi-nos oferecido um churrasco. A barrica de chope, que nos havia recebido na noite anterior, estava a postos, pronta a servir o refresco para nossas gargantas ávidas, com ou sem colarinho. E, como já se tornou costume em nossos encontros, a Germana apresentou-se sob os cuidados do Lua, que nos ensina como deve ser apreciada. Ao lado da tradicional garrafa com palha de banana, uma outra, a Neide, era própria para fazer uma deliciosa caipirinha. Bom, foi só aí que descobrimos o seu rótulo “Unaged”. Perigosa a danada, o álcool se esconde debaixo do gelo e do açúcar fazendo os incautos bambolearem sem aviso, discorria o Lua. Para acompanhar o churrasco, arroz e um delicioso tropeiro, que logo deixou só lembranças; a satisfação se aliou à alegria no cuidado que o Nicodemos e os padres tiveram em escolher um bom churrasqueiro que nos pudesse fazer ainda mais celebrar nossos reencontros. 

A tarde avançando e a turma foi recolhendo-se aos quartos para uma sesta. Como meus olhos recusam-se a fechar enquanto a luz existe, ficamos por ali, eu e o Caio, a trocarmos lembranças daqueles tempos antigos tendo como visão as dependências que as acalentavam.

Foi-se a tarde, um banho para esgotar o pouco suor e era hora do jantar, um estrogonofe delicioso nos preparou para a reunião que haveria após. A tristeza não deixou de nos visitar quando a Nazaré recebeu a notícia que seu pai havia sofrido uma queda e teve que ser hospitalizado; ela sentiu muito e devido a isto foi-nos comunicado que eles partiriam cedo na manhã seguinte, e o Lulu se prontificou a levá-los de volta a Belo Horizonte.

O Tupy preparara um vídeo colecionando muitas fotos dos tempos do seminário e dos nossos encontros, rememorando os muitos padres crúzios que passaram por ali e pelo Brasil. Deixo a lembrança que este, que vos faz este relato, no primeiro encontro foi apenas um participante, não tendo em nada colaborado para organizá-lo, embora o Tupy me tenha apresentado em um quadro dos pioneiros.

E colocou-se em discussão o local do próximo encontro:
O Nicodemos propôs Leopoldina, com o intuito de permitir aos ex-seminaristas dessa cidade a oportunidade de participar dos nossos encontros, porém, pela dificuldade de organização, a proposta foi rejeitada. Propusemos um encontro em Alagoas, na Foz do Rio São Francisco, aproveitando que o Seoldo pretende visitar o local onde trabalhou e conheceu a Judith, mas as dificuldades que o próprio Seoldo colocou e a distância tornaram a proposta inviável. O Lua se prontificou a contatar um seu amigo que tem uma bela pousada em Arraial d’Ajuda, que nos pode oferecer condições especiais; aguardaremos uma proposta efetiva antes de nos decidirmos. O Lulu propôs abrir um grupo (o que já foi feito) para continuarmos a discussão.

E sem a definição do local do próximo encontro, fomos todos dormir.

Sábado. A manhã se levantou na mesma algazarra dos pássaros, e o café da manhã nos alegrou nos mesmos moldes do dia anterior. A gentileza dos padres e irmãos do Convento fazia-se sempre presente, havendo um momento em que alguns ohs! foram ouvidos quando das mãos de um Irmão foi oferecido um pedaço de banana assada com canela. Humm!

Tínhamos o dia programado para passarmos no Náutico Clube, e por volta das nove horas tomamos um ônibus que nos levou até lá, na estrada para Boa Esperança. Tristeza pelos nossos amigos que partiram cedo, alegria do Irmão Marcos e do seminarista Duiany que puderam aproveitar os lugares deixados vagos. Chegamos ao clube, ora chamado AcquaPark Mar de Minas, ambiente muito agradável, com tobogãs, piscinas diversas incluindo uma belíssima com ondas, fazendo a festa do Otávio, filho do Lua, e do Daniel, e também de alguns dos encontristas como o Eustáquio, que desceu
pelo tobogã mais íngreme deixando para trás o dinheiro que ficara no seu bolso.

Embora a água fria tenha espantado a maioria, o dia foi gostoso, almoço idem, e até mesmo um jogo de cartas se fez presente entre as mulheres, que sentadas debaixo de uma ampla sombra debaixo de um grande telhado disputaram uma longa partida de Buraco. Às quatro horas tomamos o ônibus para voltar a Campo Belo.
As ondas do Mar de Minas

 Houve uma missa solene e à noite estávamos livres. O grupo se dispersou à procura do que mais agradasse a cada um. Fizemos uma incursão à pastelaria no centro da cidade onde pudemos apreciar pastéis bem servidos e trabalhados, e boa noite.

Domingo. A rotina das manhãs se fez novamente presente e no refeitório apreciamos o café da manhã acompanhado pelas despedidas que começaram a serem feitas. A maioria se precipitou para pegar a estrada cedo com temor do grande fluxo de carros que à tarde provavelmente causaria problemas de engarrafamentos, principalmente na chegada a Belo Horizonte.

E o X Encontro encerrou-se definitivamente em nossa casa quando nos despedimos do Lua e dos dois meninos que com muita alegria nos acompanharam, e o Otávio levou para casa o novo apelido de Lua Nova.

Foram momentos de descontração e alívio das pressões que o ambiente de apreensão do país está causando-nos. Muitos agradecimentos devemos deixar para o Nicodemos, que coordenou o evento com maestria, para os padres e irmãos do Convento que nos receberam com tanta simpatia e aos funcionários que abrilhantaram a cozinha. Quero ainda deixar registrado que me preocupei com os baixos valores cobrados pela nossa estadia, conversei com o Nicodemos a respeito, e ele me disse que tudo foi calculado para servir-nos com a única intenção de ganhar a nossa alegria: nosso muito obrigado pelo que realizaram.

E obrigado a todos pela companhia tão prazerosa.









sexta-feira, 3 de agosto de 2018

PROGRAMA CONFRATERNIZAÇÃO: 10º EASO






PROGRAMAÇÃO:




01) - 06/09/2018    (quinta-feira)

19,00hs:  Colégio Dom Cabral: recepção -Coquetel - shopp.
             Apresentação da Fanfarra do CDC.


02) - 07/09/2018      (sexta-feira)

Manhã livre: desfile cívico.
12,00hs: almoço com churrasco: colégio dom cabral
19,00hs:Recreação: Convento Santa Cruz :Vídeo - Causos - Fatos - histórias.



03) - 08/09/2018      (sábado)
Café da manhã.
08,30hs: Saída para o Náutico Clube: Tudo incluído, exceto bebidas. Não se esqueça de         levar roupas de banho.
Retorno: 16,00hs.
19,00hs: Missa na Igreja de Santa Cruz.
Noite livre.



04) - 09/09/2018      (domingo)

Café da manhã
8,30hs: Reunião recreativa: Colégio Dom Cabral.
12,00hs: Almoço

Valor: R$235,00 por pessoa das despesas do programa.

INFORMAÇÃO DE CUSTOS DE POUSADA POR PESSOA:

CONVENTO: três quartos para casal - nove quartos com camas duplas e oito quartos individuais (todos os quartos do convento possuem banheiros). Valor por pessoa, incluindo café da manhã e refeição. R$150,00 por pessoa por todo o encontro.

As reservas para o CONVENTO devem ser feitas diretamente com o Nicodemos de preferência por mensagem de Whatsapp. Fique atento às suas mensagens para receber o número de telefone dele. Caso não seja possível, deixe sua mensagem de reserva neste blog.

   HOTEL ALVORADA: Apt. individual: R$65,00 com café da manhã (diária).
                Apt. Duplo: R$120,00 com café da manhã (diária).
                Apt.casal: R$170,00 com café da manhã (diária).

HOTEL PRESIDENTE: Apt. Stand: R$60,00 c/café da manhã (diária).
                 Apt. Stand. Casal R$115,00 c/ café da manhã (diária).
                 Apt. Duplo R$105,00 c/ café da manhã (diária).




sábado, 24 de março de 2018

A Benção do Novo Convento dos Crúzios.


Por Tupy
Revisão Siovani

EASO – SEMPRE PRESENTE NA VIDA DOS PADRES CRÚZIOS


I- RECORDANDO

NÓS, membros da EASO, participantes que fomos da Escola Apostólica Santa Odília, na cidade de Campo Belo, e do Colégio “Dom Cabral”, desde que nos constituímos como entidade, jamais nos esquecemos da Escola, do Colégio, dos Padres da Ordem da Santa Cruz – CRÚZIOS –e dos bons momentos em que lá estivemos e vivemos, tanto é que nossa entidade se encontra formada por pessoas que ali passaram desde a década de cinqüenta até 1968, quando da extinção do Seminário.(inserir as fotos mais antigas tanto Colégio como também da forma como se vivia naqueles tempos – se possível, em ordem cronológica – pode suprimir e/0u recolocar).

Nosso Primeiro Encontro foi lá! Sim, só poderia ser em Campo Belo!



2- AQUI NÓS, OH!
Elas, easistas, em 2008

Nós em 2008


Após uma conversa muito informal entre alguns ex-alunos da Escola Apostólica “Santa Odília” dos Padres Crúzios, radicados em Campo Belo,

(foi uma batalha árdua! Valeu? Ora, se valeu!)o 1º ENCONTRO DOS EASISTAS foi realizado em Campo Belo. Quem compareceu? Fica difícil, nesse momento, mencionar nomes e cognomes de todos, mas foram ......... (?)  (agora é com vocês, podem anexar quantas fotos tiverem deste 1º Encontro).


3- EASISTAS? QUEM SOMOS?

Fato curioso. Foi observado que não somos padres; que a formação obtida nos deu condições de sermos homens firmes na fé, bons filhos, cultos e excelentes profissionais entre muitas e tantas qualidades. A pergunta veio muito timidamente: como estamos vivendo? continuamos celibatários?
Resposta incontinente: NÃO! Cada um passou a lutar por sua vida. Estudamos; profissionalizamos-nos; namoramos, noivamos... casamos. Formamos famílias; temos filhos.
Conclusão: Justiçase fez enossas esposas, filhos, netos e aderentes passaram à parte de nossos Encontros. Foi maravilhoso!!!
ASSIM, EM TODOS OS ENCONTROS NOSSAS FAMÍLIAS
PASSARAM A SE CONHECER MELHOR.(inserir fotos)

4-EASO E PADRES CRÚZIOS




Em todos sempre contamos com a benfazejapresença de um dos Padres Crúzios. Em um desses Encontros,vejam as coincidências do destino,um Padre Crúzio, novinho, fez-se presente. Este fez um breve relato de como chegaram à ordenação Sacerdotal. Recordam? Todos foram recrutados de uma forma diferente da nossa.
Devido a situações internas dentro da OSC, perdemos todas as casas. Os novos obtiveram uma formação diferente. Deixaram de pertencer à Província do Senhor Bom Jesus, que agregava todos os padres no Brasil, e desde então passaram a receber uma formação fora do Brasil. Ficando então sob a orientação do Governo Central. Assim estudaram e receberam a formação filosófica, teológica e religiosa fora do Brasil. Não se esqueceram ao Brasil. VOLTARAM!

5- FOI O“RAIAR DE UMA NOVA AURORA”




Diacono Elione 
Que maravilha! Agora a família Crúzia conta com quatro Padres Crúzios brasileiros: José Carlos e Wilson, de Astolfo Dutra; Júlio, de Juiz de Fora; Elione, de Campo Belo. E mais. Sim, e mais outros postulantes vivendo em quartos apertados, capela e refeitório provisórios.Como disseram, estavam voltando aos valores e índole da vida religiosa.Colégio e Convento não coadunavam em termos ideais e tipo de vida. Tiveram que estabelecer um “layout” para acomodar a todos.
EUREKA! Perceberam que não poderiam viver dessa maneira. Espaço para construir não era problema. Faltava projeto, aquiescência do Governo Central, e acho até que do Bispo. “Nihil Obstat”! liberação total. MÃOS À OBRA. “ARREGAÇAR AS MANGAS”, quer dizer a batina, deixar o sossego do convento e sair à luta em busca de recursos. Recursos de todos os lados e de todas as partes. Tiveram início as obras.


Primeiro a Casa de Deus – Fonte de fé e esperança. Padre Guilherme foi a pessoa que mais lutou para isso, e a construção foi efetivada e concomitantemente foram delineados os passos para construção do novo Convento.



6- Os nossos nove encontros:

I -  2008: Campo Belo; 
II -  2010: Campo Belo; 
III -  2011: Campo Belo;
IV -    2012: Nova União; 
V -      2013: Campo Belo;
VI -      2014: Belém do Pará;
VII -      2015: Campo Belo;
VIII -      2016: Senhora de Oliveira;
XI -          2017: Juiz de Fora.
        

7- UMA SOLICITAÇÃO

Em um desses Encontros - não me relembro qual – o Padre Wilson, OSC, acompanhava-nos. Conversa vai, conversa vem, eis que este, agradecendo pelo convite para estar presente e parabenizando a todos pelo amor que demonstram pelos Padres Crúzios e pela convivência consolidada na Escola Apostólica “Santa Odília”, fez uma breve exposição da nova forma de viver a vida religiosa enfatizando que, diferentemente do que fora feito no passado para recrutar membros, agora deveria ser pelo exemplo de vida que agora vivem.E agora estavam trabalhando muito para dar continuidade à obra iniciada. COMOVENTE!
E aí? Onde entramos nessa? “LÁ VEM FACADA”.
Continuando em sua exposição, Padre Wilson disse que foram criadas comissões em todos os lugares por onde os Crúzios deixaram marcas de missão e evangelização. Aceitação total. Foi criada então a campanha

“AMIGOS DOS CRÚZIOS”
“Eu quero ter um milhão de Amigos”.

Sim!“AMIGOS DOS CRÚZIOS” - “Eu quero ter um milhão de Amigos” – continuou o Pe. Wilson – 


“Vocês fizeram parte da história da Escola Apostólica Santa Odília como seminaristas. Agora estamos chamando cada um de vocês para contribuírem com a continuidade das obras já iniciadas. Os recursos são insuficientes. As contribuições recebidas, infelizmente, não bastam para seguir o cronograma das obras. Estamos caminhando a passos de tartaruga. Ao participarmos desse Encontro,-foi no sítio do Lua- aproveitamos a oportunidade para solicitar a contribuição de todos para agilizar os trabalhos de construção e da inauguração e benção do Novo Convento.
‘O prédio não será apenas uma casa de formação de futuros Crúzios, nativos das terras brasileiras. Igreja e Convento estarão a serviço da cidade de Campo Belo e de toda a região pertencente à Diocese de Oliveira: acomodações para Retiros, Encontros de Jovens, etc, etc, inclusive para futuros Encontros da EASO.
‘Como podem contribuir? Basta que se inscrevam como “Amigos dos Crúzios”, indicando o valor e a forma de como devem ser enviadas as suas contribuições”(Proposta aceita. Comprometimento total).

Proposta apresentada – Proposta acatada


Padre Marino lançamento da primeira pedra - anos 50
8- PASSADO RELEMBRADO –  AÇÃO IMEDIATA – OBRA REALIZADA
Quantas emoções! Quantas lembranças de um passado longínquo!
Levantar – Arrumar cama – Primeiras higienes –Sala de Estudos – Rezar – Café da manhã – Aulas no Colégio Dom Cabral – Hora da merenda – Aulas de novo –
(completar a rotina do dia: estudos – sala de recreio – Futebol – etc.... (fotos...)
Assim vivíamos.
Éramos felizes e não sabíamos!



Saímos. Cada um foi viver a sua própria vida. Um vácuo ficou entre o que vivemos e o que haveria de acontecer. Se na Cruz está a salvação, por essa crença, fé e esperança de uma nova forma de viver a vida, a índole, o Carisma do Crúzios, tal como a Cruz, ficou de pé, e nós colaboramos nesse novo surgir, nessa NOVA AURORA. Do fruto de muitas contribuições, e nossas também, a semente brotou e cresceu e o resultado aí está:




9- VITÓRIA – TU REINARÁS – Ó CRUZ, TU NOS SALVARÁS

Observem e alegrem-se com o que estão vendo. Com a contribuição de muitos, e de muitos de nós da EASO, eles venceram. Nós vencemos juntos com eles.
As cerimônias da inauguração e benção do Novo Convento – como disse o Mestre Geral: do Novo Mosteiroproporcionaram a Campo Belo dias de reflexão, alegrias, festas; recesso no Colégio Dom Cabral, presença de insignes autoridades da OSC, de autoridades civis, militares e religiosas como o Sr. Prefeito, o Secretário de Desenvolvimento Social, da Educação, o Sr. Bispo de Oliveira, padres locais,  a fanfarra, o grupo cultural do Colégio, o Coral da Igreja do Alto do Morro; caravanas de vários locais onde a Campanha atuou e, como representantes dos membros da EASO: Raimundo Nonato e Nazaré, Edmundo e Maria, José Geraldo e Marta, Nicodemos; e o Padre Tiago,OSC, pelo Convento de Santa Tereza.
Esse Registro objetiva fazer com que todos os Easistas sintam o quanto fomos, estivemos e estamos sendo importantes para com os Padres da Ordem da Santa Cruz. Cada um de nós que contribuiu, com o mínimo que pôde, para a realização daquela obra, saiba que seu nome e de sua família, além de estar sob a proteção de Santa Odília, está registrado no painel exposto na entrada do Novo Convento.

10-O DÉCIMO ENCONTRO

Para nós, Campo Belo é o Colégio Dom Cabral, e o Colégio
Dom Cabral é nossa eterna casa: EASO.
Décimo? Sim! Décimo! Puxa vida! Como o tempo passa! Nesses dez aos de Encontros fizemos grandes amizades. Como foram belos. Fomos e estamos sempre elogiados por outras Congregações que tomam conhecimento. “Como é possível manter uma amizade tão antiga? Como é bonito ver fotos de meninos pequenos dentro de uma Escola de Formação Religiosa! Quantos homens de cabelos brancos com caras tão risonhas! E as esposas, belas e elegantes! Filhos, netos maravilhosos! São comentários lidos no nosso “blog”. Houve também quem lamentasse: “Que pena! A Igreja perdeu um bom número de sacerdotes e religiosos!”.
Defesa imediata das belas e maravilhosas esposas: “Que pena que pensem assim, pois esses homens de cabeças brancas são ótimas pessoas: profissionais de primeira linha,cristãos fervorosose autênticos. Esposos e companheiros de todas as horas, pais exemplares. São felizes e tementes a Deus; somos esposas fecundas e nossos filhos, frutos de um amor sacramental, vivem ao redor de nossas mesas e muitas de nós já estamos vendo e amando os filhos de nossos filhos. Formamos, como muitos dos cristãos: uma “Igreja Doméstica”.
Vale ou não vale? Valeu ou não valeu?
Preparem-se todos. Programem-se todos.
CAMPO BELO LHES ESPERA – CAMPO BELO NOS ESPERA

ARRUME AS TROUXAS. PROCURE EM SEUS ALFARRÁBIOS FOTOS, CARTAS RECEBIDAS, CARTAS ESCRITAS E NÃO ENVIADAS.

Obs.: Fique a vontade você, caro leitor,  e acrescentem o que poderá ser acrescido através dos comentários. 



O Décimo Encontro também será em Campo Belo. A Coordenação deste Décimo Encontro já está se movimentando para que sejamos todos bem acolhidos. 

Como dissemos acima, sempre estivemos presentes na vida dos Padres Crúzios de todos os lugares e, principalmente, em Campo Belo. Face a isso, nosso propósito de agora é mostrar como foi a Inauguração e Benção do novo Convento dos Crúzios em Campo Belo.