CAMPO BELO DE ONTEM, DE HOJE E DE AMANHÃ
É nossa principal e primordial finalidade, numa ligeira explanação, transcrever uma simples, mas amorosa saudação a Campo Belo, na quase centenária data de sua emancipação política.
Com sua independência municipal em 1879, há 82 anos, abriu-se-lhe uma porta para o caminho do progresso, para a luta renhida entre a ignorância e as escolas, entre a civilização e o atraso. E tôda a cidade enveredou por êste caminho, disposta a enfrentar e a vencer a nobre missão que lhe foi destinada: implantar nestas antigas plagas despovoadas a civilização, o progresso, que ora se vê, embora em menor escala, nas regiões circunvizinhas.
E essa comodidade, êsse progresso que hoje desfrutamos, não foram adquiridos ex-abrupto, mas decorreram na norma vicissitude dos acontecimentos, ora um período de progresso, ora outro de retrocesso; ora um tempo de agitação, ora outro de estabilidade.
Por isso, não podemos nós dizer que Campo Belo é obra de uns dez anos para cá; seria olvidar aqueles que penosamente lutaram para colocar Campo Belo no lugar de destaque que hoje ocupa.
Que se diga, embora, que Campo Belo progrediu muito nos últimos anos, mas isso jamais poderia ser se não houvêsse aquela base que a geração passada nos legou.
Isto foi Campo Belo no passado, isto é Campo Belo no presente, mas o que será Campo Belo no futuro?
Isto depende única e exclusivamente de nós, jovens de hoje, homens de amanhã. Podemos levar Campo Belo aos píncaros da glória, ou rebaixá-la ao abismo da ignomia.
Por isso, não menos árdua é a obrigação a que estamos sujeitos, de lutar para engrandecer e melhorar Campo Belo, combatendo assim para uma causa nacional que é a salvação do Brasil.
Portanto, à juventude campobelense o nosso angustiado, mas esperançoso grito: acordai, e agi!
Reginaldo Antônio Maia
4ª. série
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