Entrevistado: Geraldo Hélcio Seoldo Rodrigues (69)
Período no seminário: 1956-1967
Formação acadêmica: Letras/Filosofia/Agronomia
Países onde morou: Brasil, Colômbia, Itália e Estados Unidos.
Países que visitou: Holanda, Bélgica, Alemanha, Áustria, Suiça, Franca, Espanha, Portugal, Ilhas Canárias, Canadá e México.
Apresentação
Nós, os ex-seminaristas da EASO, poderíamos ser classificados segundo algumas características: alguns têm uma excelente memória para recompor a história da época em que estudaram no seminário, outros se destacam pelas saudades daquelas amizades tecidas no convívio inocente e quase ingênuo do internato, e há, ainda, os que têm o dom de relembrar e descrever com humor as atitudes dos padres, as brincadeiras dos colegas mais sapecas e os fatos pitorescos ocorridos naquele tempo. O entrevistado desta postagem reúne todas essas características e a isso soma uma maneira franca e honesta de descrever seus sentimentos. Suas palavras nos colocam frente a um ser concreto, de carne e osso, que habita um planeta real, de chão e céu, e que percorreu, até agora, uma interessante trajetória em busca da felicidade durante a qual não deixou de reconhecer “tu és pó”. Seoldo não habita os extremos, não se gaba nem desvaloriza seus méritos, não esconde que precisou de ajuda, que teve dificuldades, que a luta foi uma constante, mas que admite, quando escolhe as frases que assinaria, que “este mundo é bonito”. E pelas palavras e fotos que nos enviou, nosso entrevistado reconhece a beleza dentro e fora de sua casa: dentro de casa, a família que é a única amarra que os impede de voltar para o Brasil, família, essa, que encontra esteio e suporte em sua grande companheira de jornada, a esposa Judith, juntos “deixaram muita poeira para trás”; fora de sua casa, a amizade que cultivou ao longo de sua trajetória, a visão de um deserto bonito e cheio de vida. “Um deserto ou um jardim?”, perguntamo-nos.
Ao Seoldo, colega que viveu onze anos no seminário e que foi contemporâneo de quase todos nós, goleador de nosso futebol, articulista mirim do Jornalzinho O REPÓRTER CRÚZIO, deixamos o nosso agradecimento por esta entrevista e por nos fazer refletir.
Família: Judith B. Seoldo (Esposa) Casamento: 29/09/1973 André A.B.Seoldo (Filho casado com Tiffany; 2 filhos : Antônio (6 anos); Santino (3 anos); Nathalie R. S. Hinman (Filha casada com Clint, 1 filha : Harper(2 anos)
PERFIL
HOBBY: Colecionar moedas, sobretudo as de 25 centavos do dólar, representados os estados e também suas belezas naturais. Mais tarde passarei para os netos...
PESSOAS QUE ME INSPIRAM: minha família, sobretudo os netos. Há muitas pessoas que admiro como o Tupy, o Marquinhos, o Lulu, o Rafael, o Nonato, todos responsáveis por este Blog que me dá a oportunidade de expressar-me… outros que admiro e respeito, como, Padre Tiago, Ex-Padre Antônio, Richard Barton (Pastor Metodista), Adalgiza de Oliveira (minha afilhada de casamento que vive em Pindorama, AL.), João Batista Lima (colega de trabalho em Pindorama e ex-seminarista de Diamantina) … e dois casais muito amigos nossos: Hank / Marilene/ Atha (Tucson, AZ) e Arnaldo / Ines Machado (Belo Horizonte)... Pessoas que já faleceram, mas que são constantemente lembradas: meus pais, meu irmão Lézio, Padre Agostinho, Carraro, Bessa, Renê Bertholet (Fundador de Pindorama), meus sogros Raymond e Gertrude… entre outros.
Durante os meus estudos aqui na Universidade de Arizona (1979-1988) fiz muitos “biscates”. Quem quiser nos visitar aqui em Tucson, Arizona, só tem que pagar a passagem de vinda e volta… o resto é conosco, ouviram? As portas estão abertas… muitas coisas interessantes para ver aqui, sobretudo quem gosta do Velho Oeste.
Além do que mencionei acima, a importância maior foi me proporcionar a educação básica acadêmica até o segundo científico, a qual viria abrir outras portas adiante.
Os “ruídos suspeitosos” depois de apagar as luzes na hora de dormir. (Perguntem ao Lídio, Picolé, Aureliano, Canhão, e outros).
Blog dos Encontristas da EASO: Como é a região em que você mora hoje?
Perguntas enviadas por Antônio José Ferreira (Santana) que hoje mora em Lavras, MG: que lembranças você tem de Lavras? Você se lembra de alguns amigos ou ex-seminaristas que também moravam na cidade naquela época?
Países que visitou: Holanda, Bélgica, Alemanha, Áustria, Suiça, Franca, Espanha, Portugal, Ilhas Canárias, Canadá e México.
Apresentação
Nós, os ex-seminaristas da EASO, poderíamos ser classificados segundo algumas características: alguns têm uma excelente memória para recompor a história da época em que estudaram no seminário, outros se destacam pelas saudades daquelas amizades tecidas no convívio inocente e quase ingênuo do internato, e há, ainda, os que têm o dom de relembrar e descrever com humor as atitudes dos padres, as brincadeiras dos colegas mais sapecas e os fatos pitorescos ocorridos naquele tempo. O entrevistado desta postagem reúne todas essas características e a isso soma uma maneira franca e honesta de descrever seus sentimentos. Suas palavras nos colocam frente a um ser concreto, de carne e osso, que habita um planeta real, de chão e céu, e que percorreu, até agora, uma interessante trajetória em busca da felicidade durante a qual não deixou de reconhecer “tu és pó”. Seoldo não habita os extremos, não se gaba nem desvaloriza seus méritos, não esconde que precisou de ajuda, que teve dificuldades, que a luta foi uma constante, mas que admite, quando escolhe as frases que assinaria, que “este mundo é bonito”. E pelas palavras e fotos que nos enviou, nosso entrevistado reconhece a beleza dentro e fora de sua casa: dentro de casa, a família que é a única amarra que os impede de voltar para o Brasil, família, essa, que encontra esteio e suporte em sua grande companheira de jornada, a esposa Judith, juntos “deixaram muita poeira para trás”; fora de sua casa, a amizade que cultivou ao longo de sua trajetória, a visão de um deserto bonito e cheio de vida. “Um deserto ou um jardim?”, perguntamo-nos.
Ao Seoldo, colega que viveu onze anos no seminário e que foi contemporâneo de quase todos nós, goleador de nosso futebol, articulista mirim do Jornalzinho O REPÓRTER CRÚZIO, deixamos o nosso agradecimento por esta entrevista e por nos fazer refletir.
Em pé, a partir da esquerda: Judith, Nathalie e sua filha Harper no colo e Tiffany. Primeira fila, a partir da esquerda: Antônio, Seoldo, Clint, André e Santino |
Família: Judith B. Seoldo (Esposa) Casamento: 29/09/1973 André A.B.Seoldo (Filho casado com Tiffany; 2 filhos : Antônio (6 anos); Santino (3 anos); Nathalie R. S. Hinman (Filha casada com Clint, 1 filha : Harper(2 anos)
Nota: Tenho um irmão que mora em Lavras, outro em São Paulo e uma Irmã no Rio. Meus pais já faleceram.
Colagem de fotos da família: da esquerda para a direita: André, Antônio , Tiffany e Santino, Natalhie, Harper e Clint, Seoldo, Harper e Judith . (Clique na foto para ampliá-la).
PERFIL
HOBBY: Colecionar moedas, sobretudo as de 25 centavos do dólar, representados os estados e também suas belezas naturais. Mais tarde passarei para os netos...
MÚSICAS: Quase todas listadas no Blog do Marquinhos e mais a Sinfonia #40 de Mozart e mais alguns forrós nordestinos e umas cumbias colombianas… entre outras…
FILMES: English Patient, Dance with the Wolves, The Godfather, Central Station, Vidas Secas, entre outros…e documentários científicos…
PASSEIOS: Muitos acampamentos nos parques do estados de Nova Iorque e Arizona… Viagens de carro nos Estados Unidos visitando amigos e parentes da esposa, do filho e da filha…
Minha família me inspira, sobretudo os netos: Harper, Antônio e Santino (clique na colagem para ampliá-la). |
LEITURA DE PREFERÊNCIA: Jornal local, resumo das notícias do Brasil, leitura de revistas científicas
CITAÇÕES QUE ASSINARIA EMBAIXO: “Dá a Deus o que é de Deus, e o resto que sobrar divida igualzinho com cada um”; “Nem tudo que reluz é ouro”; “Tu és pó e em pó tu hás de tornar”; “Só há uma solução para um problema: a certa é a minha. E ambas são a mesma.”; “O homem sem dinheiro é o diabo; o homem com dinheiro é o diabo também. Então, é melhor ser o diabo com dinheiro.”; “Quem fala muito, erra muito; quem fala pouco, erra pouco; e o silêncio ajuda a errar menos.”; “Você é filho do Universo; tão importante como as árvores e as estrelas; você tem o direito de estar aqui.”; “Apesar de todas as sem-vergonhices, safadezas e sonhos não realizados, este mundo ainda é muito bonito”.
CITAÇÕES QUE NÃO ASSINARIA: “Cão que ladra não morde.”; “O sol nasce para todos, mas as sombras são para os ricos.” (Tanto mexicano pobre aqui que não sai da sombra!)
VIDA PROFISSIONAL: Embora com o grande título de Pesquisador Agrícola, passei toda minha vida profissional dedicando-me a educação básica, quer trabalhando em Belo Horizonte, quer no Projeto de Reforma Agrária em Pindorama/Alagoas, quer no Departamento de Correções do Estado de Nova Iorque. Muito difícil ser educador, isto é, tentar mudar os hábitos de pensar e agir de um indivíduo. Longa história… Foram muitos os desafios, mas conseguimos educar pelo menos nosso filho e nossa filha que hoje estão bem profissionalmente… Minha esposa e eu deixamos muita poeira para trás… Ela trabalhou como nutricionista em Saúde Publica como voluntária para o Corpo da Paz, para a Ajuda a Merenda Escolar e, para o Projeto Hope no Brasil: uma fundacão americana para promover intercâmbio de profissionais na área de saúde. Naquela época a fundacão tinha um navio hospital todo equipado que ficou ancorado em Maceió por 9 meses em 1973. Judith fazia parte da equipe que veio para Maceió em convênio com a Universidade Federal de Alagoas. Nossa recepcão do casamento foi no navio. (Link: Project HOPE). Judith trabalhou, também, para um programa de nutrição de gestantes e crianças até cinco anos de idade, aqui nos Estados Unidos. Meu filho se formou em Administração de Esportes. E minha filha é farmacêutica. Minha esposa e eu estamos aposentados, tomando conta da netinha Harper (ou melhor, Harpinha). Muito trabalho! Em resumo, trabalhei dois anos em Belo Horizonte, 10 anos em Pindorama, e quase 18 anos para o Departamento de Correções de Nova Iorque.
Seoldo na frente de sua casa (Tucson 18 de Julho de 2011) |
Trabalhei como carregador de cargas de caminhão de bebidas até a 1 hora da manhã; trabalhei em manutenção de quintais e irrigação de plantas ornamentais, além de cuidar do filho e da filha, que eram pequenos, enquanto a esposa estava no trabalho… Sofri mais do que sovaco de aleijado! Financeiramente, sempre estivemos no vermelho… ainda pagamos mensalidade da nossa casa. Aos poucos, os filhos estão pagando de volta
POLÍTICA: Às vezes penso que pertenço ao Partido dos Frustrados. Apesar de pensar como meu pai que todo político é ladrão e safado, sempre voto contente… Aqui votar não é obrigatório… há muita malandragem e safadeza… o dinheiro compra tudo. Moralidade é um conceito esquecido. É cobra engolindo cobra… mas como disse o ditado: “O povo tem o governo que merece”.
RELIGIOSIDADE: Fiz uma limpeza geral na mente e tento analisar a realidade observando os fatos e as coisas objetivamente, com muito menos emoções, ilusões, fantasias, medo, teatro… Acho que tenho coragem de aceitar meu destino dentro da ordem natural de que “Tu és pó e em pó tu hás de tornar”. Mas respeito muito a posição sincera de cada um.
Atualmente não frequento nenhuma igreja. Assim que a netinha crescer mais, vou procurar dar um apoio voluntário a uma organização com uma função social. Quero ajudar um pouco mais…
PERGUNTAS GERAIS
Blog dos Encontristas da EASO: fazendo uma retrospectiva da sua vida e do ser humano que você é atualmente, o que a EASO- Escola Apostólica Santa Odília significou nesse contexto? Qual a importância que ela teve para você?
Seoldo: foi lá que aprendi a disciplina de conviver com vários e diferentes tipos de meninos e jovens e o valor de respeitar um regime com ordem, horário e regras. Trato de ser pontual em tudo (menos para responder esta entrevista); acho que o silêncio, sobretudo pela manhã, é importante para começar o dia… e mesmo pequenas coisas como arrumar sua cama, e como ser educado na mesa durante as refeições…
Para ouvir a primeira música escolhida pelo Padre Marino (foto): clique aqui |
Blog dos Encontristas da EASO: quais as lembranças que você tem da EASO e das pessoas com as quais conviveu lá que são as mais marcantes e significativas para você.
Seoldo: fumaça de cigarros/charutos/cachimbos dos padres… Ouvir música clássica nos Sábados e Domingos escolhidas pelo Padre Marino (discos de 78 rotações), a primeira era sempre a Sinfonia #40 de Mozart.
Os passeios nos sítios e fazendas para chupar laranja e comer goiaba.
Os banhos na piscina na Praça de Esportes.
As aulas de latim do Padre Lucas… ”Alea jacta est”; “Carthago delenda est”; “ Senatus Populusque Romanus”; “Tempus Fugit” ; “O Tempora, O Mores!!!” “Miserere Nobis”. Mamma Mia!!!!
As idas para assistir aos jogos do Comercial e Sparta.
Carraro e Seoldo na aula de ciência sob o olhar atento do Padre Justino. |
Férias em Santana do Jacaré. Os teatros do Padre Antônio. Dar catecismo aos domingos no Morro do Cruzeiro, Jogar peladas e voleibol em frente do Ginásio. Campeonatos de jogos de botão (Muitas brigas. Pergunte, sobretudo, ao Marquinhos e ao Zé Geraldo). O nervosismo do Padre Lucas; as piadas do Padre Humberto; a chatice do Padre Clemente; a irritação do Padre Luís; o esnobismo do Padre Cornélio; as doidices do Padre Justino. Participação dos seminaristas na Semana Santa em Campo Belo. E por último, fumar escondido cigarros dos padres (marca Continental), etc.
Blog dos Encontristas da EASO: Para você, o que é ser bem-sucedido na vida?
Seoldo: entendo por bem-sucedido quando o peso dos positivos é constantemente maior do que dos negativos. Não é uma meta em si, mas um reajuste dinâmico durante toda a caminhada. Para mim é conceito subjetivo. (Curiosidade: bem-sucedido e malsucedido. Êta português!)
PERGUNTAS ESPECÍFICAS
Blog dos Encontristas da EASO: pindorama é um projeto de cooperativismo que deu certo. Você que trabalhou na educação do projeto poderia nos dizer qual foi a chave desse sucesso?
Seoldo: visão e liderança do fundador, o suíço Rene Bertholet juntamente com a aplicação eficaz de uma intensa ajuda estrangeira, tanto técnica como financeira. É uma história em si mesma. Vale a pena fazer uma visita. Fica a meia hora da foz do Rio São Francisco. Comprem sucos de fruta Pindorama! Há um site na Internet, link Cooperativa de Pindorama ´- História.
Blog dos Encontristas da EASO: existe alguma diferença entre o curso de agronomia no Brasil e nos Estados Unidos?
Seoldo: agronomia no Brasil envolve engenharia básica como Construção Rural, e Cursos de Zootecnia, de Sociologia Rural entre outros. Nos Estados Unidos, agronomia é mais concentrada nos cultivos de plantas em si. O CREA no Brasil exige cursos complementares para quem se forma em Agronomia aqui. Os meus cursos de mestrado e doutorado foram concentrados em Melhoramento Genético de Plantas (Forrageiras, especificamente a Alfafa). * vide link: Avaliação de cultivares de alfafa na região de Lavras MG
Blog dos Encontristas da EASO: em que esses cursos, de doutorado e mestrado, o ajudaram como professor no departamento de Correções nos Estados Unidos?
Seoldo: fui contratado pelo Departamento de Correções de Nova Iorque como professor de Ciências Básicas. Os cursos de ciências do mestrado e doutorado ajudaram nas credenciais para minha contratação. Na verdade, o que o Departamento queria era um professor bilíngue - espanhol/inglês. Em suma, foi uma espécie de jogada que fizeram para me contratar. Fui o único candidato para a vaga.
Blog dos Encontristas da EASO: como é (ou foi) sair de um seminário, passar por um projeto rural e depois ir morar nos Estados Unidos, em outras palavras, o que é migrar de um mundo mais espiritual, passando para um mundo laico pobre e rural, e depois ir viver no país mais capitalista, próspero e rico do mundo? Algum choque?
Seoldo: Sem dúvida foram decisões muito difíceis. No seminário havia muita pressão externa. A decisão de ir para o Nordeste talvez tenha sido a saída que vi para começar tudo de novo, longe… livre… uma pessoa nova apesar de toda a bagagem impossível de descartar.
A vinda para os Estados Unidos foi também muito difícil e dolorosa… Mas nestas alturas
eu não estava mais sozinho, tinha uma esposa, um filho e uma filha…foi muito duro!!!
Todavia não me arrependo.
Blog dos Encontristas da EASO: Além da família, o que o segura nos Estados Unidos? Alguma expectativa de voltar a morar no Brasil?
Seoldo: só a família nos amarra por aqui… Quero participar o máximo possível no desenvolvimento dos netos… Acredito que nestas alturas, na casa dos 70, sem maiores problemas de saúde, eu seria um pouco útil no Brasil. Mas é muito remota a possibilidade de eu voltar a morar no Brasil…Talvez, um dia, a metade do meu “pó”.
Outra nota: O retrato das montanhas, tirado daqui da nossa casa, mostra bem a neve no cimo (era inverno) |
Seoldo: Região desértica… muito calor no verão (junho, julho e agosto). Meia hora de carro de onde moramos, podemos estar a quase 3.000 metros de altura… Quando cheguei aqui pela primeira vez, parecia que o avião estava chegando a outro planeta… Mas Arizona tem quatro regiões muito distintas de acordo com a elevação. Na região mais alta onde está o Grand Canyon, cai muita neve no inverno, é bem fria… Aqui onde moramos é região do Velho Oeste, muitas tradições dos índios, dos mexicanos e dos caubóis americanos… Vivemos a 80 km da fronteira com o México… muitos problemas com imigração e tráfico de drogas. Há muitos parques para acampamentos e piqueniques… A cidade de Tucson é muito espalhada e fácil de movimentar… É sede de uma enorme base aérea (muitos da FAB - Forca Aérea Brasileira vêm treinar aqui). Tem um cemitério de aviões usados que perde de vista… Só vindo aqui mesmo para ver de perto… Já estão convidados
Blog dos Encontristas da EASO: você poderia nos enviar algumas fotos que ilustrem o clima que você descreveu acima? Que planta é essa parecida com um mandacaru gigante que a gente pode ver nas fotos do deserto?
Seoldo: fizemos um apanhado corrido de algumas fotos...da netinha, da nossa casa, do bairro, e da região. Todas as montanhas que você vê ficam aqui perto de Tucson... o lago fica a uns 60 Km (LAGO PATAGÔNIA -Uma raridade)... Mas tudo é melhor quando se vê de perto...O "mandacaru" gigante a que você refere, chama-se "Saguaro", muito popular aqui no deserto de Sonora. Os passarinhos fazem ninhos por todos os lados...
As montanhas e o céu de Tucson |
Seoldo ao lado de um pé de Saguaro, a poucos metros de sua casa (Amplie esta foto com um clique). |
Lago Patagônia. Uma raridade! |
No inverno, as vezes, a neve cobre até a metade das montanhas... Agricultura por aqui é mais de frutas, sobretudo citros, castanhas, uvas, alguns grãos, e algodão, e muita alfafa...Tudo irrigado....Há muita importacão de verduras e frutas do México
Outra nota enviadas pelo Seoldo: ai vão outras fotos tiradas no Sabino Canyon, uma area turistica situada nos pés das montanhas Catalinas , no norte de Tucson, mais ou menos 20 minutos daqui...você então terá uma ideia melhor do "Saguaro", que se parece com o seu cacto "mandacaru". Ele floresce uma vez por ano e dá um fruto muito apreciado e usado pelos indios para fazerem uma espécie de geleia e também vinho e melaço. Ele tem uma tradição muito grande ... é protegido e custa caro para colocar um em sua casa... Na foto à esquerda, nota-se uma parte da cidade de Tucson
Outra nota enviadas pelo Seoldo: ai vão outras fotos tiradas no Sabino Canyon, uma area turistica situada nos pés das montanhas Catalinas , no norte de Tucson, mais ou menos 20 minutos daqui...você então terá uma ideia melhor do "Saguaro", que se parece com o seu cacto "mandacaru". Ele floresce uma vez por ano e dá um fruto muito apreciado e usado pelos indios para fazerem uma espécie de geleia e também vinho e melaço. Ele tem uma tradição muito grande ... é protegido e custa caro para colocar um em sua casa... Na foto à esquerda, nota-se uma parte da cidade de Tucson
O Gigantesco cactus Saguaro fornece ninhos às aves do deserto e funciona como "árvore". Éspecie: Carnegiea gigantea. |
Seoldo: Passei quase um ano em Lavras, MG, com uma bolsa da EMBRAPA. Praticamente estagiando/trabalhando como pesquisador testando variedades de alfafa, junto a ESAL (naquela época), no Departamento de Biologia, sobretudo com o Professor Magno e o Professor César, além de outros… também estava em contato com os Professores Júlio César (falecido) e Ricardo da Zootecnia… Fiquei conhecendo Julio César aqui em Tucson, e foi ele que me apadrinhou para receber uma bolsa do CNPq e depois para ir para Lavras…Era um bom amigo! Outro motivo grande de ir para Lavras era que meus pais e meu irmão mais velho já moravam lá… Tudo deu certo… Passei num concurso para ensinar na Universidade Federal de Alagoas… mas a família que estava aqui nos Estados Unidos ganhou a parada. Isso tudo se passou entre 1988-1989. A inflação estava horrível e havia greves por toda a parte… Mas meus pais estão enterrados ai em Lavras, meu irmão ainda vive por ai… tenho duas sobrinhas bonitas e um sobrinho muito popular ai em Lavras (Seu nome é Thallys). Faça uma visita a LOJA MATERNITY ai na Praça que você fica sabendo mais… Também tenho uma sobrinha casada que mora em Varginha… Tenho outro irmão que mora em São Paulo, e uma Irmã, no Rio… Uma vez me encontrei com o Ataliba (veterinário) … foi o único. Andei visitando o Ázara em Campo Belo.
Santana, onde você assinava o ponto lá na ESAL? Sem dúvida devemos ter passado um pelo outro várias vezes… Que passeio bacana você e sua esposa fizeram lá pela Europa! Por que não dar uma subidinha até aqui? (Informação do editor: o entrevistado não foi informado antecipadamente que o Santana ainda não residia em Lavras naquele ano).
Saudações e abraços a todos. Sem dúvida, antes de ficarmos rastejando e falando besteira, minha esposa e eu iremos participar de um Encontro… Enquanto isso, vou acompanhando os acontecimentos através do BLOG, graças aos esforços do grupo organizador. Até um dia!!! QUE CADA UM ESTEJA EM PAZ CONSIGO MESMO!
Artigos do Seoldo publicados no Jornalzinho O REPÓRTER CRÚZIO : LINK TRÊS ARTIGOS DO SEOLDO
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