terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Fotos cedidas por Rodolfo Rodarte

Recebemos e-mails de Rodolfo Rodarte com fotos muito interessantes do Seminário nos anos 1940 e com fotos mais recentes de estudantes e professores do Colégio Dom Cabral.
Solicitamos-lhe algumas informações que permitissem a sua identificação e a autorização para publicar as fotos, seguem os textos de dois e-mails que ele nos enviou em resposta à nossa solicitação:

Comecei a estudar aos 13 anos no Colegio Dom Cabral de 1969 a 1975, lembro pouco dos seminaristas ,vendo o blog, achei bacana o encontro e, como tenho algumas fotos antigas, resolvi enviar- lhe algumas relacionadas ao seminário; a foto que tem alunos do ginásio tem  o seminarista Muniz que não conheço e o padre Luiz que conheci no encontro de ex alunos.

Esqueci de mencionar, conheço o José Tito de quando eu tinha uma farmácia em Campo Belo e ele era representante do Laboratorio Abbot. As fotos poderão ser divulgadas sim.
Rodolfo


Foto 154 II Encontro de ex-alunos do Colégio Dom Cabral em 1995

Foto 155 Alunos do Colégio Dom Cabral em 1954
Foto 156 Largo da velha Matriz - Década de 1940

Foto 157 Praça Cônego Ulisses - Década 1950

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Egito (Ipsis litteris)

      
       Muito antes de nosso século, antes do nascimento de Jesus Cristo, e também muito antes do maior imperador romano César, floresceu nas belas e ricas margens do Nilo uma nação cujo alto grau de civilização e muito gôsto pela arte, desperta, ainda em nosso dias, grande admiração: foi a nação egípcia.
       Êste país está situado entre dois desertos: um a oeste e outro a leste, e é cortado pelo grande rio Nilo que nasce na região dos grandes lagos e desemboca no Mediterrâneo. Êste rio teve grande influência na nação  egípcia. Após as enchentes, êle deixa na terra um limo preto  que, com calor do sol torna-se úmido e fertiliza a terra.
       Por causa desta fertilidade, as margens do rio começaram a povoar-se de pessoas que formavam grupos de famílias. Estas pessoas, que eram muitas, uniram-se e começaram a fazer canais de irrigação que saíam do rio e que, nos tempos da enchente, transbordavam e deixavam o limo na terra até onde não chegavam as águas do próprio rio.
       O Nilo teve muita influência na navegação e união do país e também facilitou os transportes e as explorações do outro e pedra de granito do baixo Egito. Portanto, pode-se dizer que, sem o Nilo, não haveria o Egito, pois êste é um presente do Nilo.
      O povo, que morava nas margens do Rio, ainda estava sem organização; por isso criou um govêrno cujo chefe recebeu todos os poderes e tornou-se absoluto, tomando o nome de Faraó, isto é: "casa grande".
       Depois que os Faraós começaram a governar, o país começou a progredir; aumentou-se a economia, cultviaram-se as artes, exploraram-se as minas de ouro e granito e inventaram-se os Hieróglifos.
       Podemos dividir o govêrno dos Faraós em duas classes mais importantes: à primeira pertencem os Faraós que cuidaram mais de guerras e conquistas, por isso tinham oficiais bem preparados e, nesse tempo, os soldados gozavam de muitos prestígios. Todavia, o país estava cheio de anarquias com as invasões de outros povos, durante êste tempo.

       À segunda parte pertencem os Faraós que cultivaram a arte e principalmente a arquitetura, como o Faraó Queops que mandou construir seu túmulo com antecedência. Êste túmulo foi feito em forma de pirâmide como o de muitos outros Faraós e é o maior de todos. Por esse tempo o Egito estava no apogeu de sua glória. Mas, logo após esta época em que reinou Ramsés II, veio um período de decadência, seguido novamente por outro período de glória. Depois vieram os persas, que dominaram todo país, e finalmente os romanos, que fizeram do Egito uma provincia romana durante o reinado da rainha egípcia Cleópatra.
       Devemos o conhecimento da história Egípcia ao grande sábio francês, Champolion, que coseguiu, no fim do século passado, decifrar, por meio de uma pedra achada no delta do Nilo, escrita dos egípcios. Essa pedra continha uma inscrição tríplice, uma das quais era egípcia, outra grega e outra demótica. O sábio que conhecia o grego, traduziu-o e fêz a comparação com as outras duas inscrições e tôdas as três apresentavam honras a um Faraó. Assim, comparando os escritos egípcios,  que eram muitos, conseguiu ler a gramática egípcia e traduizr todos os textos dos livros dos egípcios para o francês, que depois foram traduzidos em outras línguas. Traduziram para o português, e assim chegou até nós a história de um povo que viveu há seis milênios atrás.
                                                               Antônio de Ázara Maia
                                                                                      3a. série
$$$$$$$$$$$$$.
Do Talmud
- "Se velhos te aconselham a demolir e jovens pedem que edifiques, não construas; porque o demolir dos velhos é construir e o edificar dos novos é demolir"
- "O que sustenta o mundo é o hálito puro das crianças que frequentam a escola".
Ditado
"Ninguém sabe, exceto eu, onde me aperta o sapato".

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A foto que precede a história, mas não a atropela.

Esta foto está relacionada com uma história que o Jornalista Marcos Rocha ficou de nos
 contar. Aguardemos.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Crônica: o futebol naquele tempo (Ipsis litteris)


CRÔNICAS
(10 de maio até 4 de Julho de 1960)         
         Corre rápido o mês de maio e a temperatura nestes dias é de um frio cortante, de manhã e à noite principalmente. E num tempo dêste o melhor meio de se esquentar é o futebol; e esta é razão por que o dia 21 marcou início de uma série de jogos do nosso infantil controa os dos clubes da cidade.
          Às 15,30 horas, nosso time entrava em campo para lutar contra o Sparta, êste que terminou com 3 X 1 para nós. A partida estava equilibrada e havia ataques perigosos de ambos os times; mas não demorou e furamos o primeiro gol. Pouca depois, um médio esquerdo adversário teve a honra de assinalar o segundo tento para nós, isto é: foi um gol contra.  Mas êles continuaram tentando até que furaram seu primeiro gol, num penal. Na segunda etapa, conseguimos assinalar mais um tento , por intermédio de Antôniio Ázara; com esta quantia acabou a peleja.
         No dia seguinte, domingo, fomos assistir a um jogo em que o Comercial local ganhou do Renascença de Belo Horizonte por 3 X 1, mostrando pela segunda vez sua superioridade àquele time, pois da outra vez fôra 2 X O o placar.
         O dia 26 foi dia santo da Ascenção do Senhor; claro que não houve aula. Na parte da manhã fomos assistir a uma Missa solene na velha Matriz.
         No dia seguinte chegou aqui o Revmo. Padre Martinho, no seu último ano como superior dos Crúzios do Brasil, o qual voltou a 2 de junho.
       Os infantis do Comercial ouvindo dizer que havíamos batido no Sparta, quizeram jogar contra nós no dia 23 para ver se ganhavam, e ser assim o melhor infantil da cidade.Mas, coitados, ainda não havia dois minutos, já estava o placar em 2 X 0, ambos os gols de Raimundo. Mais um pouco e mais outro gol nosso. Passaram alguns minutos em que ficamos  "dando baile", e então assinalaramos mais dois gols por intermédio de Alfredo; e com 5 X 0 terminou a primeira etapa. Na segunda, êles reforçaram o time a ponto de dar mais pressão; marcamo somente um gol, de Luiz, mas os perdidos foram muitos e o baile não vou contar. A partida terminou por 6 X 0.
       Depois de tanto jogar, chegamos a junho, o mês das festas e fogueiras, mas também das perigosas provas parciais.
       Mas ainda não havia acabado nossos jogos: o último foi no dia 4, contra o Sparta que pedira desforra. Logo no ínício erramos um penal. O jôgo  estava difícil para nós, quando num ataque em que a defesa adversária parou, Fidelis aproveitou a ocasião para assinalar o primeiro gol a nosso favor. No segundo tempo os espartanos queriam ganhar a todo custo, recorrendo até a jogadores juvenis, sendo que  combinamos infantis. No início dêste período houve uma paralização, pois não queríamos aceitá-los. Por fim cedemos e jogaram dois.  Os adversários chegaram a ganhar de 2 X 1 numa espectacular reação, mas a nossa foi maior; daí a pouco Max fura o segundo tento, de penal, e não demorou que Antônio Ázara assinalasse mais gols. E assim vencemos por 4 X 2.
        No dia 11, à noite, ficamo sabendo de uma notícia sensacional que nos pôs na maior alegria: dia 4 de julho partiríamos para casa! O amigo leitor deve saber que não temos o costume de passar as férias do meio do ano em casa; portanto é fácil imaginar a nossa surpresa e alegria, ao sabermos disso.
        No dia santo do Corpo de Deus não houve aula. Às 10,30 horas fomos acompanhar uma bela processião que percorreu as principais ruas da cidade, parando em três lugares para haver benção.
       Demorou, mas finalmente chegou o último dia da aula: 18 de junho. Todos estávamos muito alegres pelo término das aulas e animados a fazer boas provas parciais.
       No dia seguinte, 19, assistimos a um ótimo jôgo: Botafogo do Rio X Comercial. O primeiro trazia elementos de grande valor no futebol brasileiro. É claro que não houve possibildade para o nosso Comercial, mas êstes lutram muito para perder do menos possível; o final constou 4 X 0 para os visitantes.
       Dia 20 marcou início das provas parciais que acabaraim sòmente a 30 do corrente. Nestes dias geralmente estuda-se muito, pois todos queremos obter bos notas.
       O dia 23 foi a véspera da partida do Revmo Pe. Lucas, superior desta casa, o qual irira gozar suas merecidas férias no país natal. Não lhe podemos fazer uma boa festa, o que era nosso desejo, pois estávamos em pleno tempo das provas. Mas ainda houve um discurso, lido por Raimundo, no qual lhe agradecíamos pelos esforços e fadigas, e lhe desejávamos boas férias. Em seguida êle nos falou desejando bom aproveitament das provas e nas férias; também nos agradeceu pela nossa colaboração em seus oito anos de seminário. No dia seguinte, às 11,30, Pe Lucas partiu para Belo Horizonte.
       Custaram muito a terminar as provas, já estávmos impacientes; mas finalmente chegou o dia 30, e após uma última prova já estávamos de férias. Agora até dia 4 nossa vida se resumirá em quatro palavrinhas: dormir, rezar, comer e brincar; e naquele dia acima dito partiremos alegres para casa.
                                                         Marcos Antônio Rocha
                                                                       4a. série


                                                          BOAS FÉRIAS

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Novas fotos dos anos 1950/1960


Estas fotos, numeradas sequencialmente, a maioria enviadas pelo Raimundo Nonato Costa para o I Encontro em 2008, mostram aspectos dos passeios e trabalhos de seminaristas junto à comunidade. Muitos locais e pessoas são facilmente reconhecidas, outras não. Os passeios muito bem descritos pelo Bessa e outros em suas crônicas em O REPÓRTER CRÚZIO são aqui retratados. Quem desejar descrever os locais ou pessoas poderá fazê-lo através de postagem de comentários ou enviando um e-mail para o editor fazendo referência ao numero da foto.
Após a rolagem das fotos desta postagem, selecione, na mesma caixa acima, algumas fotos antigas de Campo Belo, vale a pena.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Foto de 1967 enviada por Gabriel Neves de Souza

A foto que o Gabriel enviou a este blog é uma raridade para um período que foi pouco retratado, literalmente. Vamos esperar que outros, que estiveram no seminário neste período (1967 e anos colados) possam contribuir na identificação dos três não identificados inicialmente. 
Foto 153 de 1967 - Em pé, a partir da esquerda: Melchior, Ildeu de Souza,
Antônio Cândido (tartaruga de candeias), Gabriel (Cristais), Romeu, Geraldo Lemos (Curvelo)**.
De cócoras, a partir da esquerda: Mauro Renato Gomes Pimentel (meio corpo)***,
Marco Aurélio Santos (Rato), Francisco (Pelé), Edésio (com a bola)***, José Márcio
de Oliveira (Itaguara), Waldir (Caeté)*

*   O Waldir foi identificado pelo José Tito Gonçalves
** O Geraldo Lemos foi identificado pelo Ildeu de Souza
11 foram  identificados pelo Gabriel Neves de Souza
*** Mauro Renato Gomes Pimentel (vide comentários abaixo) identificou o Edésio (com a bola) e completou seu próprio nome na descrição acima.

domingo, 23 de janeiro de 2011

O concílio Vaticano II (Ipsis litteris)


O CONCÍLIO ECUMÊNICO
VATICANO II

   Impressionou-se com o presságio de um novo Concílio Ecumênico publicado pelo atual Papa, cuja data da realização ainda não está definida, todo o mundo cristão. Alegrou-se porém, sabendo dos méritos, das fôrças e das influências que até agora têm exercido na Igreja. Sua Santidade está esperançoso e ciente de sua decisão, tanto que fala dêle em todas suas palestras.  Aguarda não o esquecermos até  em nossas mais simples preces para alcançar o êxito visado.

    Um Concílio Ecumênico usa o mais alto poder da Igreja, de maneira que lhe permite dar explicações de casos mais graves e instituições de normas que se estendem sôbre todo o orbe, sem que possa errar, falando sôbre matéria de fé. Sendo por isso  Papa a sua suprema potência, cabe-lhe confirmá-la; sem êle ou sem a sua ratificação não há Concílio Ecumênico.
   Êste a realizar-se é alvo de diversos fatôres que concorreram. Visa-se mais a união dos ortodoxos e protestantes com os católicos. O sumo Pontífice como delegado apostólico, permaneceu durante vinte anos no Oriente, e com êsse tempo conquistou a afinidade daquêle povo que ainda vive fora da nossa religião. Diz João XXIII: "Primeiramente uma aproximação do Oriente, depois o contacto e a reunião perfeita de tantos irmãos separados da antiga Mãe comum... Desejamos uma paz e entendimento entre católicos e êles.
   Ao dirigir uma carta ao clero de Veneza expressou-se sôbre o Concílio, que é a causa do aparecimento da submissão do clero, da dilatação da caridade, da fixação dos sacerdotes em seu terreno etc...
   Averigando Sua Santidade os fatos passados, deteve-se no período tridentino; ficou a par dessa era de perplexidade cujas calamidades foi um resistente adversário do Concílio de Trento em 1545. Olha agora também na época presente o perigo do comunismo e do materialismo, e como aquêle dera ótimas conclusões, talvez seja outra causa do próximo.
   Tratar-se-ão também de certas partes do Direito Canônico e alguns casos da doutrina Social da Igreja.
   Para preparar o necessário, há já várias comissões,  agindo, tendo por presidente o Secretário  do Estado  do Vaticano: Cardeal Domênico Tardini.
   Até o presente já houve vinte Concílios Ecumênicos, doze no Ocidente e os outros no Oriente. Oprimeiro teve lugar em 325 na cidade de Nicéia, então em terras orientais. Nele estava presente o Imperador Constantino; o último feito em Roma (Ocidente) com  o nome de Vaticano (I), não foi oficialmente terminado, por causa da invasão dos italianos no Estado do Sumo Pontífice em 1870.
   Tomarão parte dêste agora tôda a Cardinalícia, todos os Bispos, os Prelados, alguns Abades, Superiores Gerais de Or-


dens Religiosas, certos teólogos, além de outros. Segundo parece, será o primeiro que usará os modernos meios de comunicações, como rádio, o cinema, a televisão, etc.
   Os Protestantes, a respeito da união estão reagindo fortemente. Diversos líderes de seitas religiosas em suas revistas maldizem-no, não querem colidir-se de forma alguma, tendo até um Anti-concílio Mundial com o nome : "Concílio Internacional das Igrejas Cristãs". Com referência aos protestantes brasileiros, alguns  o vêem com bons olhos, como um dos bispos da Igreja Metodista do Brasil: Rev. Sucasas: "O Cristianismo uno é possível, porque Jeus Cristo jamais ensinou uma utopia ao homem e jamais exigiu do homem o que fôsse impossível ".
   Outros porém , dizem que o Papa está com receio do comunismo e que, para dar-lhe combate, quer a ajuda dos protestantes; que Roma quer o domínio das consciências, etc. Dizem também que são muitos os obstáculos que lhes impedem a coesão: 1) a infabilidade do Papa: para êles o humano é falho e possível de êrro.
2o. os dogmas da Igreja.
3o. a persuasão íntima da Igreja Católica de que está com a verdade, etc. Mas a obstância maior é de terem de palmilhar o caminho de Roma e ascenderem os degraus do Vaticano onde está o núcleo do Cristianismo.
   O pontífice Romano espera nossa colaboração nos seguintes âmbitos: a) nas orações; b) no lado financeiro; c)ns informações, a fim de que, através dêste Concílio possa se elevar a melhoria do mundo e, de  um modo particular, mostra o exemplo da união da Igreja a tôdas as seitas extraviadas da Santa Mãe comum.
                                                              Geraldo Hélcio Seoldo Rodr.
                                                                            4a. série
                                                       
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Você sabia que:
as formigas têm suas "vacas"?
Estudiosos afirmam que as formigas, ao passar as patas dianteiras nas costas de pulgas, que habitam nos formigueiros, dela retiram um líquido branco e muito doce: o "leite", com  o qual alimentam os filhotes da rainha. Em troca de tão relevante serviço as pulgas podem alimentar-se dos cogumelos que existem nos formigueiros. A êsse gênero de vida dá-se o nome de simbiose (vida em comum)