Foto 190 Antônio José e Fátima em Dublin. Aqui, na frente do Pub mais famoso da cidade. |
Em postagem anterior já relatei a surpresa com que o Patric nos brindou, levando-nos até Liverpool. Muito mais não puderam fazer, porque a nossa passagem pela Irlanda foi muito rápida e, além disso, coincidiu com uma semana de intensa atividade para o casal. Conforme expus anteriormente, o Patric e a Marcela foram para a Irlanda com o principal objetivo de dominar o Inglês. Ficamos sabendo que muitos brasileiros vão para lá com a mesma intenção. Talvez, possa falar disso em outra oportunidade. Mas, o importante, naquele momento, é que o Patric e a Marcela iriam coordenar um encontro de casais, que eles haviam programado para o fim de semana, envolvendo alguns brasileiros.
Este mapa pode ser visto em tamanho grande, clique aqui Percurso a pé: saindo de 'A' da Rua North Portland St, entrando à esquerda na North Circular Road, contornar à direita na Fitzgibbon St. Por esta, seguir em frente até a esquina da igreja na Gardiner Row com Parnell Square East (passando por Mountjoy Square N, Gardiner PI e Great Denmark St), descer pela Parnell Square St até o fim da O’Connell Upper (onde se encontra o Dublin Spire), seguir pela O’Connell Lower e atravessando a ponte O’Connell sobre o Rio Liffey entrar na Westmoreland St e, daí, seguir até o Stephen’s Green, passando pelo calçadão da Grafton St.
Foto 192 Antônio e Fátima na ponte sobre o rio que divide Dublin. |
Foto 193 Santana e Fátima na frente da estátua de Molly Malone |
Molly Malone era uma jovem mulher, muito bonita, que vendia mariscos e mexilhões, empurrando um carrinho e gritando “crockles and mussels alive...alive”, e um dia foi encontrada morta no meio da rua, provavelmente, de febre tifoide, o que, todavia, parece que não foi completamente certificado. Este fato aconteceu há mais de 300 anos e Molly Malone tornou-se uma personagem legendária, celebrada em poemas e canções, sendo que uma delas, intitulada Molly Malone, também conhecida como Crockles and Mussels em referência aos mariscos que ela vendia, tornou-se uma espécie de hino não oficial de Dublin. Nos anos recentes, esta canção tem sido interpretada por vários cantores internacionais, incluindo Bono Vox do You 2, o famoso roqueiro irlandês.
Seguimos pela Grafton St, no segmento da rua transformada em calçadão, ponto de apresentação gratuita de artistas e cantores, onde, de vez em quando, até o próprio Bono costuma dar sua canja para seus conterrâneos e os felizardos turistas que tiverem a ventura de estar ali na hora certa, que, não foi o nosso caso. Indo em frente, passamos por vários cruzamentos, até chegar ao Saint Stephen’s Green Park.
Chegando ao Stephen’s Green, resolvemos liberar o Patric para que ele fosse para seu encontro. Como nossos celulares não estivessem habilitados na Irlanda, no dia anterior a Marcela deixara o seu celular com a Fátima, para facilitar a nossa comunicação, naquele domingo. Combinamos com o Patric que eles ligariam para nós mais tarde e marcaríamos encontro em um lugar qualquer no centro da cidade, para continuarmos o passeio em companhia deles.
Foto 195 Fátima no parque Stephen’s Green (antes do susto) |
Foto 196 Santana no parque (depois do do susto). Indiferentes e despreocupadas, as árvores hibernam. |
Como se diz: “estávamos num mato (ou melhor, na cidade) sem cachorro”.
Foto 197 Fátima curte homenagem a James Joyce |
Enfim, chegamos à conclusão que seria melhor relaxar e curtir o nosso passeio e mais tarde voltar para casa da melhor forma possível. Assim fizemos e, sem mais nos preocuparmos no momento, passamos a desfrutar de todas as belezas daquele inesquecível parque. Levantamos do banco e fomos andando pelas alamedas, observando e fotografando tudo que achávamos interessante como estátuas, árvores floridas, lagos, pássaros, bem como algumas estátuas como a do famoso escritor irlandês James Joyce. Registre-se um dos pensamentos desse autor, que passou parte de sua vida longe da Irlanda e, apesar disso, baseou toda sua ficção em personagens familiares: “sempre escrevi sobre Dublin, porque se eu puder compreender o coração desta cidade, posso compreender o coração de todas as cidades do mundo, pois em uma fração do todo se contém toda a universalidade”.
Foto 198 Santana: "imagine um cisne levantando voo neste cenário" |
No parque, a foto que poderia ter sido nossa melhor foto, nós a perdemos por não estarmos com a câmera preparada. Foi quando sentados embaixo de uma árvore, que com seus galhos secos pendentes lembrava o inverno findo, admirávamos o lago em frente, onde nadavam patos, gaivotas e marrecos. Então, à meia distância, um belo cisne começou a se levantar da água, de início um voo lento e rasante, todavia mostrando toda sua força e formosura ao soerguer-se da água, delineando uma linda imagem digna de estar emoldurada em uma parede de sala.
Findo o nosso passeio pelo parque, saímos pelo mesmo arco que fica em frente ao Stephen’s Green Shopping Center, onde entramos e, depois, passamos a fazer o tradicional passeio por lojas até por volta de três horas da tarde, quando decidimos retornar para casa. Foi o momento de percorrer o caminho de volta, buscando ansiosamente as nossas pegadas de ida, representadas por letreiros, estátuas e pontes, que ficaram marcadas em nossa mente. Como foi bom avistar de longe o “spike” em forma de agulha e as torres da igreja presbiteriana! Chegando à esquina da igreja, viramos à direita e seguimos até próximo do estádio Croke Park, que fica perto da casa do casal, questão de uma esquina. Chegar novamente em casa e encontrar o Patric e a Marcela, que já haviam entendido o acontecido, foi um alívio e mostrou que, apesar de nossos deslizes, conseguimos nos orientar bem no centro de Dublin, mesmo sendo pela primeira vez.
Foto 199 Santana, Fátima, Marcela e Patric - lembranças da região dos Pub's |
Foto 200 Marcela, Patric, Fátima e Antônio José animam-se ao entrarem na região dos Pub's |
Os irlandeses constituem um povo muito parecido com os brasileiros por sua alegria e receptividade, um pouco diferentes dos outros povos anglo-saxões, que geralmente são mais fechados e frios. Suas músicas são alegres, engraçadas e, também sentimentais e amorosas, muito agradáveis ao ouvido sensível a uma boa música. O leitor, querendo apreciar algumas, eis uma boa amostra, no link Canções Irlandesas