Parte 1
Entrevistador: Seoldo
Entrevistador: Seoldo
O entrevistador ver contexto |
Edgard: Fico muito feliz em ter sido escolhido para ser entrevistado por
você, o membro internacional do nosso Encontro. Além de um baita amigo, é uma
pessoa sincera e joga limpo. Você e a Judite sempre nos emocionaram. A Cátia e
eu nos tornamos grandes amigos de vocês, e o grande fator que permitiu esta
aproximação foi a sinceridade que está constantemente desenhada em seus rostos.
Edgard rodeado de amigos, á direita
o casal Judith e Geraldo Seoldo, à esquerda, Maria José e Cátia. |
Cátia e Bianca, foto dos
anos 1980
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Fazenda da Vargem, onde Edgard
nasceu e viveu até 1954
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Edgard, no canto superior à esquer-
da, no tempo em que mal conhecia
a luz elétrica
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Depois que mudamos para a “cidade”, onde havia na época dois mil habitantes, nossa vida teve um progresso considerável.Tínhamos energia elétrica, privada com descarga, etc. Um fato curioso: minha irmã mais velha puxou a corda da descarga e tomou o maior susto; nunca vira antes aquele aguaceiro. Meu irmão, ao se deparar com aquele interruptor de parede que ficava pendurado,
Cadeira de engraxate |
Rosado, o segundo burro que prestou
serviços para a prefeitura, mas
não o último.
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Edgard. camisa vermelha, e Lulu, camisa branca, anos 1970
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Seguindo em frente com a resposta: aos sete anos me matriculei na
escola, idade certa daquele tempo, Lulu já estava bem mais adiantado, portanto
nunca tive a satisfação de ser seu colega de sala na escola primária. Aliás,
tal não aconteceu em nenhuma escola, a não ser na escola da vida, onde aprendi
muito com seus ensinamentos. Logo ele foi para o Seminário, deixando-me com muita saudade. . Assim que terminei o primário, tratei logo de agir. Quando vi o Padre
Marino recrutando crianças por aquelas bandas com o nobre objetivo de levá-las
para estudar no Seminário, eu mesmo tomei a iniciativa de falar a minha mãe que
queria ir para lá, tão somente para ficar perto do Lulu. Porém aquela direção espiritual
do Padre Humberto pouco a pouco me foi envolvendo, no bom sentido, é claro.
Cheguei a pensar que queria ser padre a qualquer custo, em caráter irrevogável.
Este desejo, na verdade, durou muito pouco, pois a vida, como sempre, apresenta
surpresas e mais surpresas.
Lulu resolveu deixar o Seminário e até me avisou antes, porém fiquei
numa enrascada terrível: se iria ficar, mesmo sem o Lulu, ou se sairia
também. Nós sempre fomos inseparáveis, como vocês podem perceber até hoje. Eu
jamais abriria mão dessa amizade literalmente fraterna. E, agora, não falo somente
da amizade dele, mas também a da Maria José e a de seus filhos, como a de todos
os meus irmãos com seus filhos, pois devoto a todos um especial afeto.
Fui amadurecendo a ideia por alguns meses e acabei por decidir pela
saída. Não que o Lulu tenha me influenciado de alguma forma; muito pelo
contrário, ele até queria que eu ficasse. Enfim decidi sair.
Edgard em
|
A partir daí, começaram as erratas da vida, acho que desenhei andorinha
e saiu morcego... Fui para o Rio de Janeiro morar com minha irmã mais velha,
que era como se fosse nossa mãe, para continuar o ginásio. Porém meu pai,
sem mais nem menos, numa das férias em que fui a Senhora de Oliveira, segurou-me por lá querendo que eu completasse o curso ginasial lá. Mesmo
ainda novo, compreendi meu pai. Ele era o fundador do ginásio, quando prefeito,
pois antes não havia.
Só que eu não queria ficar lá, insisti muito com ele, com
muito respeito, até conseguir voltar para o Rio. Parece que meu pai pensava
que, no Rio, eu andava em más companhias. Na cabeça de pai é natural este tipo
de preocupação, apesar de na maioria das vezes estarem enganados. É prova
disso que o pai do outro pensa da mesma forma. Neste desencanto atribulado,
fiquei envolvido em muitas idas e vindas, o que quase acabou por completo a minha vontade de estudar. A idade não esperava, seguia em frente e com velocidade.
Neste interregno fui morar em Belo Horizonte, parei de estudar, trabalhei em
uma empresa de transporte - a TRANSFARMA. Fiquei lá durante um ano ou dois.
Interessante, esta é uma das coisas de que tenho poucas recordações.
Edgard Alfenas, o pai, e
Rita Henriques de Miran-
da, a mãe. Foto de 1960
|
"Fui trabalhar num escri-
tório de contabilidade".
|
Então, fui trabalhar num escritório de contabilidade, nestas alturas já
no Rio, mas o emprego não durou muito. Circulei por diversos empregos e por
algumas vezes cheguei a voltar para Belo Horizonte. Ah! Isso eu já disse.
Acabei por ir tentar trabalho em São Paulo, como vendedor de livros, isso foi
entre1969 e 1970. Em um mês vendi apenas uma coleção, que foi devolvida pelo
cliente 15 dias depois. Enfim, rodei muito. Esta peregrinação durou até
1971, quando voltei para Senhora de Oliveira e por lá acabei me casando. Abri
uma farmácia, com a qual só fiquei três anos, até 1974, quando passei a loja para outro.
Foi nesta farmácia que o nosso amigo Alfredo apareceu como vendedor e quando
ele se identificou: sou Alfredo, o bom de bola do Seminário. Num impulso
involuntário olhei seus pés para ver o sapato que ele usava no Seminário, quase
dez centímetros maior que seus pés. Piada velha, não é?, depois de doze anos.
Mas foi verdade. A esta altura o Alfredo sabia que a farmácia era de
alguém que fora seminarista em Campo Belo. Adivinhar não vale.
Advogado por vocação e esforço |
Em 2012, foi candidato a vice-prefeito e por isso sua presença
no Encontro de nova união se fez pela foto na traseira de um
jeep. Na foto, amigos easistas desejando-lhe boa sorte nas elei-
ções.
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Nadja e Nara, filhas |
"Em 1982 encontrei o grande
amor de minha vida, a Cátia".
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Marco Aurélio, uma grande perda |
Tatiane, filha |
Núbia, filha |
Francisco Cardoso, neto |
Voltando à vaca fria, consegui terminar o segundo grau, depois de muita
batalha e muito suor, já com certa idade. Já casado com a Cátia, que muito me
incentivou, consegui me formar em Direito e fui advogado até o mês de julho do
corrente ano. Fui nomeado para o cargo de Delegado de Prerrogativa da 19ª
Subseção do Estado do Rio de Janeiro, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
no período de 1º de junho de 2004 a 31 de dezembro de 2006. Também fui membro
do Conselho do Meio Ambiente de 2007 a 2009 e participei do II Simpósio sobre
Modificações e Consequências no Novo Código Civil, no período de 11 a 14 de
março de 2003.
Caleb, neto, e Bianca, filha. |
A questão do barbudinho com voz estridente cantando no jantar oferecido
pelo Comandante Nonato, em Belém, fica por conta do seu julgamento, sou
consciente: não sou cantor, nem de longe. Esta expressão “fogoso” tem vários
sentidos, pelo menos aqui no Brasil, cada um tem sua visão. Agora: como suas
perguntas são um tanto quanto extensivas, as respostas são consequência delas e
eu gosto assim, porém, só quem gosta muito de ler é que terá paciência em
apreciá-las.
2. Seoldo: Com a carga vivencial nas suas costas até agora,
adquirindo experiências, conhecimentos, relacionamentos, visões... Como você
descreve o mundo atual que vai se desabrochando como deve ao redor de você e
diante de seus olhos?
Edgard: Eu diria que em minhas costas nunca existiu grande carga
vivencial, apesar de ter exercido advocacia etc. No meu trabalho, por exemplo,
o nível cognitivo nunca foi exigência primordial. Não que deveria ser assim,
mas não era da minha alçada. Nunca trabalhamos com nenhum intercâmbio ou coisa
do gênero. As transformações do mercado também não me diziam respeito. Afinal,
como todos sabem, sou sócio minoritário de uma empresa, no ramo frigorífico.
É claro e notório que ocorrem constantes transformações no mundo do trabalho,
porém atualmente não passo de um simples analisador de contratos e de um
viajante sem rumo.
Em relação aos familiares, num passo, às vezes frenéticos, por se tratar
de juventude, não me abstenho de citar o pensador Carl Gustav Jung: “Tenciono
agora fazer o jogo da vida, ser receptivo a tudo que me chegar, bom e mau, sol
e sombra alternando-se eternamente; e, desta forma, aceitar também minha
própria natureza, com seus aspectos positivos e negativos...”. Porém, faço o
jogo da vida com resignação, e só me tem chegado o bom, com seus aspectos
positivos.
"Tenciono... aceitar também minha própria natureza,
com seus aspectos positivos e negativos"
|
Na minha concepção, sempre afirmo que o homem é perverso por natureza.
Justamente aí que o famigerado capitalismo, mesmo com seus altos e baixos, é
infelizmente considerado como o melhor sistema econômico para a sociedade como
um todo. Esse capitalismo, de certa forma, é o grande vilão, o grande
protagonista, gerador de miséria e violência no mundo todo. Uns enriquecendo em
detrimento de outros, ou seja, uns se dando bem, outros se dando mal. Homem
explorando homem, prevalecendo-se sobre a miséria do outro. Nunca tive dúvidas
de que o mundo é mau e não tem a menor piedade.
3. Seoldo: Voltando para a época do menino Edgard, seminarista da
EASO... Conte algumas coisas que lhe marcaram ou mesmo ajudaram sua caminhada.
Edgard: Na verdade, tudo no Seminário, apesar do pouco tempo em
que lá fiquei, ajudou-me demais. Aprendi a disciplina que mal ou bem pratico
até hoje, o respeito às pessoas e o mais importante, ser honesto em relação à
vida. Lembre-se de que, quando cometíamos uma falta jogando futebol, a gente
mesmo tinha que se acusar. Onde se vê isso fora de um ambiente igual àquele? E
inúmeros outros fatores me ajudaram e muito em minha caminhada pela vida afora.
4. Seoldo: Você e a Cátia caminharam bastante a pé em Belém, às
vezes, em direção à Basílica de Nazaré. Como você explica e descreve sua
religiosidade atual?
"Sou católico apostólico romano". Na foto, em frente ao altar da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, Belém do Pará |
Neste momento estou ouvindo, na TV Aparecida, a consagração a Nossa
Senhora. É ouvindo mesmo, porque estou voltado para o computador para responder
suas embaraçosas perguntas. Porém, gostei muito desta.
5. Seoldo: Sua corajosa revelação no ônibus sobre seu problema
pessoal de saúde abriu muitas portas... Fique à vontade em descrever sua
atitude, sobretudo a decisão de não se entregar.
"Uma decisão velada emerge e a gente a revela". |
Parte 2
Entrevistador: Siovani
Siovani: seu conto aguçou-me a curiosidade; se não infringir
direitos autorais, poderia ser publicado no blog? Ou onde encontrar o
livro?
Capa do livro Reflexos Do Que Vi |
Edgard: peço desculpas, pois fui ao jantar na intenção de
falar sobre o livro e só não o levei, por um único
motivo. Li suas indagações quando já estava em Belo Horizonte,
entretanto, abordamos outros assuntos, diga-se de passagem, bem
agradáveis, o que fez cair o tema do livro no esquecimento.
Vou lhe mandar o livro com maior prazer, mas não vá pensando que seja
grande coisa. É um livrinho modesto, falo quase tão somente de Senhora de
Oliveira, talvez por bairrismo ou por falta de criatividade. Não domino
esta qualidade que você esbanja. Trata-se de um livro de quem ainda é um
aprendiz apesar dos 66 anos, publicado numa editora cuja modéstia
é sem comentários. Entretanto, não
quero transferir a culpa se algo não saiu bem,
acredite. Por outro lado, presentear um escritor de seu quilate com
um livro é algo muito sério, mas o farei com carinho. Vale citar Luiz
Fernando Veríssimo: "Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente
livre, é aquela que não tem medo do ridículo".
Siovani: em certo encontro você disse que gostava da comida do
Seminário. Por talvez ter sido a única vez em que ouvi tal afirmação, gostaria
de que falasse sobre isso, tal como naquela conversa.
Mexido à mineira |
Edgard: gostar da comida do Seminário pode ter sido atribuído ao
fato de a comida da minha casa ser talvez inferior, o que
possivelmente não aconteceu com você, suponho. Naquele tempo o
rango lá em casa era bem fraquinho. Penso que o mesmo não aconteceu
com o Lulu, pois ele saiu bem mais cedo de
casa. Diziam que a sopa do Seminário era quase água pura e
o interessante é assim que gosto até hoje, talvez pela força do hábito.
Agora neste nosso bate-papo penso também que pode ser uma questão de
época. Você foi para o Seminário anos depois de eu ter saído. Baseado
no comentário do Padre Agostinho no primeiro encontro, pode ser que a comida
sofreu perda em sua qualidade, na ocasião em que você permaneceu lá.
Ele disse que atravessaram uma fase crítica. Embora gosto seja uma questão
subjetiva: “De gustibus non est disputandum”. Este provérbio
medieval foi o Lulu quem me ensinou. Se estiver incorreto, é com
ele. Trata-se de briga de branco.
Lembre-se do primeiro encontro quando, na apresentação, eu
disse: “O Seminário de Campo Belo foi um dos lugares em que eu fui mais
feliz em toda minha vida”.
Siovani: sei pelas nossas conversas que o assunto não é tabu: morrer
pode ser uma chance de fazermos algo inusitado na vida, algo que nunca antes
pôde ter sido experimentado, principalmente para os que sabem sobre a outra
vida, como o mestre Jung sabia, jamais por crença. Fale-nos um pouco sobre o
que o aguarda.
Edgard: devo salientar que ousei citar, com todo respeito, o
mestre Carl Gustav Jung, de forma circunstancial, mas dentro do contexto
que o relato mereceu. Naquela fase da minha vida que se transformava,
penso que prevalecerá a ideia dentro do ponto de vista da aceitação.
Abordar a morte jamais será tabu, pelo menos para mim. A meu ver, é
apenas uma passagem. Quero dar uma pincelada, no que diz respeito
ao mestre Jung, com sutileza e com muito respeito. Friso apenas fatos pertinentes à pergunta como, por exemplo, da experiência
da quase morte descrita no livro Memórias sonhos
e reflexões, no capítulo intitulado Visões.
A abordagem pode impressionar, sim, por ser numa época bem
diferente da nossa. Em 1944, o Dr. Jung fala com riquezas de
detalhes de suas experiências como, por exemplo, quando se viu
flutuando fora do corpo e estando a 1.500 km de altura. Pessoas que
vivenciam algo próximo da morte se referem nada mais, nada menos que a
experiência de transcender o mundo físico e normalmente isso causa mudanças
diversas, principalmente espirituais. A discussão é muito mais abrangente.
Alguns clínicos andam preocupados com esta situação, pois são conhecimentos
adquiridos não pela via normal de percepção.
Enfim, a maioria destas experiências de quase morte é relatada por
pessoas normais e sérias. São verdadeiras, por isso não
modifica minha convicção, pelo contrário, reforça-a.
O que me aguarda pode se afirmar com a verdade impregnada em mim desde o
ventre de minha mãe: DEUS = SANTÍSSIMA TRINDADE,
MARIA, MÃE/FILHA, e todos os santos, parentes, amigos e conhecidos...
Imploro a DEUS,incansavelmente, que todos tenhamos este
privilégio. E teremos! Quanto à beleza é inimaginável.
Quando JESUS disse: “Eu sou o caminho, a verdade
e a vida”, Ele não cometia um discurso vazio. Esta é a chance de
conhecer algo completamente afastado das normas gerais, algo nunca vivido
nem visto antes. Não se trata de crença, porém da verdade que inadmite o
contraditório. Vinda de DEUS. Ela é única. Somos todos
pecadores. Mas filhos de DEUS. Ai de nós, não
fosse a sua infinita misericórdia. Daí se explica o fato
de não ter medo da morte.
Na minha jornada tenho a certeza de que DEUS está
presente. Embora tenha uma longa estrada pela frente. Devo melhorar e muito
minha vida cotidiana em todos os aspectos. A palavra tem poder de colocar-nos
dentro de um contexto, zelo pela salvação da minha vida, porém não confio em
mim mesmo, mas sim em DEUS. Pensem o que melhor lhes
aprouver, sou valorizado por ELE mais que mereço. Sei que sou
um pecador. Vivo num contexto de doação com limites, tento privar o outro de
ser contrariado, mas nem sempre o consigo. O outro
necessita às vezes de um pouco de aborrecimento... Não me
aventuro a viver uma existência que não é a minha. Sei que estou
salvo em JESUS. Procuro fazer tudo para
agradar ao SENHOR em todas as áreas da vida. Vivo em
constante exercício de conversão, porque somos cruéis e pecadores. O
mundo é mau, porém nem todos os homens o são.
Sei que estou, como todos, entre a vida e a morte, a salvação a gente
escolhe hoje, agora! Sinto-me um privilegiado.
Agradeço a Deus por ter me colocado de novo no caminho regrado, de onde
nunca deveria ter saído. Neste sentido, a canção do Padre
Zezinho se encaixa como uma luva, ao dizer: “Embora eu me afastasse e
andasse desligado, Meu coração cansado resolveu voltar! Eu não me acostumei nas
terras onde andei”.
Só para ilustrar: “Ó Pai, Senhor do céu e da terra! Louvo a ti,
pois ocultaste estas verdades dos sábios e cultos e as revelaste aos
pequeninos” (Lucas 10-21).
Tenho grandes amigos espíritas, são pessoas despidas de
vaidade que me fascinam. São defensores da caridade, enfim
praticantes do bem etc. Fui presenteado por um amigo, comum, entre nós, com o
livro: O livro dos espíritos(Allan Kardec).
Aproveito o ensejo para agradecer-lhe. Há divergência ao dizer: Jesus é apenas
um dos muitos filhos de Deus, ou, um espírito iluminado como muitos
outros. Para mim Jesus é filho de DEUS sim, mas, é DEUS.
Aliás, se o mistério, Santíssima Trindade, fosse simples, não seria
mistério. Contudo, adoro ler sobre o espiritismo. Não se trata de sincretismo
religioso, não pratico nenhuma outra religião, senão o catolicismo.
O trecho acima parece ter-se desviado do objetivo, mas
não: aproveitei meu próprio gancho para agradecer ao amigo pelo livro. Ao
mesmo tempo falar da significativa ajuda do Dr. Jung, mesmo sendo filho de
pastor protestante, com o objetivo de difundir fenômenos mediúnicos, filho de
Emilie, filha também de pastor, mas aberta a questões do gênero, enfim... Não devo
me aprofundar, além de não entender o suficiente, seria fugir do foco.
Abriríamos um leque interminável. Tornar-nos-íamos cansativos aos
leitores, ficando cada vez mais minguados. Como vem acontecendo.
Evidências bíblicas
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está
sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte,
Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9-6).
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado
pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mateus 1-23).
"Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos
filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros" (Êxodo
3-14).
"Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes
que Abraão existisse, EU SOU" (João 8-58).
"Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque,
se não crerdes que EU SOU, morrereis nos vossos pecados" (João 8-24).
Não sei se respondi a contento, mas o fiz com carinho e cautela, para
não pisar em falso. Um forte abraço a todos os easistas espalhados
por este mundo a fora. Deus abençoe a todos e os guarde hoje e sempre, que o
Espírito Santo não se afaste de nós e, sobretudo, cumpra sua vontade sobre
nossas vidas. Isso é para o mundo inteiro. Perdoe-me se não consegui alcançar
todos os objetivos das perguntas.