Caros amigos EASISTAS, ultimamente não tenho visto muita
movimentação em nosso blog e para fazer uma rápida agitação, surgiu-me a
ideia - enquanto não se fala no VII Encontro - de darmos uma ligeira mexidinha.
Que tal se abrirmos uma aba para recordarmos um pouco de coisas que nos
proporcionaram alguns momentos divertidos, gostosos e por vezes também
constrangedores; no caso agora, as aulas de declamação. Aqui poderemos contar
casos lembrados das declamações feitas por
nós ou por outros companheiros, que nos remetam a casos engraçados para uns e
vexatórios, geralmente, para o declamador, que nos divertiram muito naquela época. Poderemos também enviar para o blog aquelas poesias que gostávamos de
declamar; mandar as poesias mais lindas que achávamos ou as mais declamadas.
Vamos lá, movimentemos este blog, não custa – RECORDAR È VIVER.
Para começar vou transcrever aqui três poesias do meu
repertório, se vocês toparem depois transcreverei outras que tenho contidas no
meu caderno nobre de poesias. Eu peguei a mania do Prof . Ibiapina e para tudo
eu fazia um CADERNO NOBRE.
- Esta deve ter sido a primeira que declamei; derretia-me
de saudades do meu lar.
VISITA À CASA
PATERNA
( Luiz Guimarães Junior )
Como a ave que volta ao ninho antigo,
Depois de um longo e tenebroso inverno,
Eu quis também rever o lar paterno,
O meu primeiro e virginal abrigo.
Entrei. Um gênio carinhoso e amigo,
O fantasma talvez do amor materno,
Tomou-me as mãos - olhou-me grave e terno,
E, passo a passo, caminhou comigo.
Era esta sala... ( Oh! Se ma lembro ! E quanto! )
Em que da luz noturna à claridade,
minhas irmãs e minha mãe...
O pranto
Jorrou-me em ondas.. Resistir quem há-de ?
Uma
ilusão gemia em cada canto,
Chorava em cada canto uma saudade.
Esta outra, além de mim, acredito que a maioria dos colegas
declamou:
S A U D A D E
( Bastos Tigre )
Saudade, palavra doce, Uma palavra
tão breve,
Que traduz tanto amargor ! Mas tão
longa de sentir;
Saudade é como se fosse E há tanta gente que a escreve
Espinho cheirando a flor. Sem a saber traduzir.
Saudade, ventura ausente, ''Gosto
amargo de infelizes''
Um bem que longe se vê, Foi
como a chamou Garrett.
Uma dor que o peito sente, Coração, calado, dizes
Sem saber como e por quê. Num
suspiro o que ela é.
Um desejo de estar perto A
palavra é bem pequena,
De quem está longe de nós; Mas diz
tanto de uma vez;
Um ai, que não sei ao certo Por
ela valeu a pena
Se é um suspiro ou uma voz.
Inventar-se o Português.
Um sorriso de tristeza, Saudade - um suspiro, uma ânsia,
Um soluço de alegria, Uma vontade de ver
O suplício da incerteza, A quem nos vê à distância
Que uma esperança alivia. Com olhos de bem querer.
Nessas três sílabas há-de A saudade é calculada,
Caber toda uma canção: Por
algarismos também :
Bendita a dor da saudade, "Distância'' multiplicada
Que faz bem ao coração. Pelo fator ''querer bem''
Um longo olhar, que se lança A
alma gela-se de tédio,
Numa carta ou numa flor, Enchem-se os olhos de ardor.....
Saudade – irmã da esperança, Saudade – dor que é
remédio,
Saudade – filha do amor. Remédio que aumenta a dor!
E para lembrar as aulas de canto e do coral do Padre Marino,
quem ainda sabe cantar :
A CANÇÃO DO ESTUDANTE
:
Segunda -feira
A sexta-feira
É dia de preguiça É
um dia consagrado
Assim já não se atiça Na cama
sossegado
Vontade de estudar Nem
sonho com estudar
Na terça-feira Sábado pois,
O dia vai depressa Que é dia de vigília,
Mas eu não tenho pressa Seria
maravilha
Pras aulas começar. Eu
por-me a estudar
A quarta-feira Domingo, enfim
É dia de mercado Que é dia de preceito,
Seria baté pacado Eu cristão perfeito
Se houvesse de
estudar. Não devo estudar!...
A quinta-feira
É dia de sossego
Nos livros eu não pego
Não quero estudar.
Aí amigos, quero ver manifestação nesta página, tenho mais.